É verdade que isto se passa apenas na televisão por cabo, mas não deixa de ser escandaloso. Pede-se aos partidos que comentem o discurso de Cavaco e o PSD faz um discurso alternativo, possivelmente mais longo ainda e igualmente “solene”. Tempo de antena puro e duro. Sem perguntas dos jornalistas. Que lata!
Quanto ao discurso do Sr. Silva: estas políticas são insustentáveis, mas assinámos o MEMORANDO (onde ele já vai); entrámos numa espiral recessiva e isso é mau porque agrava a dívida, mas não há nada a fazer. Tem medo da UE, dos mercados, do Relvas e sabe-se lá de que mais, mas acha que Portugal devia pressionar mais lá fora e traduz a coisa para os 90% de deputados que representam partidos que assinaram e negociaram o MEMORANDO, logo, os socialistas devem unir-se aos esforços do Gaspar para sermos bem vistos. Compreenderam?
Foi forçado a pedir a fiscalização sucessiva, mas já devia ter pedido era a fiscalização preventiva.
Coitado do sr.! Foi um frete que lhe encomendaram e a pobreza é tanta, que era bom saber quem votou”naquilo”. Vive-presidente? Porta voz?…
Penélope, não é “que lata!”. É bem pior. Como se ouve cada vez mais, acabou o ciclo da democracia de Abril. Isto, quer dizer, Portugal, agora tem dono. O nosso voto de generosa ignorancia fez deste país uma coutada de “relvas” e quejandos. Acabou-se! E acredite, Penélope, que não vai haver um novo MFA. Os novos heróis são “relvas” e “loureiros”.
Na Grécia ainda partiram umas montras. Depois foram para casa suicidar-se. Aqui talvez nos fiquemos por regressar ao tempo de andar descalços e de calças rotas no cu.
Artigo 3.o
(Soberania e legalidade)
1. A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição. 2. O Estado subordina-se à Constituição e funda-se
na legalidade democrática.
3. A validade das leis e dos demais actos do Estado,
das regiões autónomas, do poder local e de quaisquer outras entidades públicas depende da sua conformidade com a Constituição.
Devia era ter vetado o OGE. mas isto já nao é um estado de direito. E a direcção do PS mantém-se calma.