Deixem-se de tretas. Qual reforma do Estado?

Tivemos uma reunião do Conselho de Ministros anunciada sem pompa mas num local com circunstância. Tudo indiciava uma longa maratona até à refundação do Estado. Três horinhas apenas depois, qual o resultado? Uma pose conjunta para a fotografia, umas declarações totalmente ocas do novo Ministro da Propaganda e Paulo Portas a meditar se o pé que tem dentro do governo é suficiente para ser responsabilizado pela próxima hecatombe.

Ninguém assumiu que o dia era ontem de aprovação do guião de Paulo Portas para a reforma do Estado, mas o Conselho de Ministros informal, em Alcobaça, nem fechou o esboço da reforma, até porque, sabe o Correio da Manhã, o texto não tinha ainda os contributos do ministro dos Negócios Estrangeiros. Algo que surpreendeu alguns dos seus pares.

Mais, o documento distribuído continha, apenas, as orientações dadas por cada ministério há alguns meses, e nos casos da Saúde e da Justiça, foram redesenhadas versões minimalistas. Sem desvendar o seu guião de reforma do Estado, Portas ter-
-se-á comprometido a apresentar a versão na próxima reunião. A meta para fechar o documento é 15 de julho, data do início da oitava avaliação da troika
.

E note-se que estou a citar o Correio da Manhã.

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