“Não vim incomodar a senhora Merkel com o nosso Orçamento. Ela já tem o seu orçamento com que se preocupar”
Talvez seja insegurança ou hesitação, talvez falta de jeito, mas as intervenções públicas de António Costa antes de ser eleito e assumir um cargo executivo deixam sempre muito a desejar, sendo também por isso que não obteve melhor votação nas últimas legislativas (e na Câmara começou por contar apenas com a aura de credibilidade teórica de que gozava, para depois a converter em votos crescentes). Mas cada vez mais se comprova que Costa é melhor executor e negociador do que «campanhante» e «palrador».
A aprovação do orçamento para 2016 por Bruxelas pode parecer um feito maior do que na realidade foi devido às Cassandras e aos abutres que pululam na comunicação social e que dramatizaram muito mais do que o razoável as discussões com a Comissão. Mas que foi um sucesso, foi. É também inegável que tamanho alarido acabou por lhe ser benéfico e transformar uma mera e primeira negociação algo renhida, como seria normal, e bem sucedida numa clamorosa vitória. Admiro a sua postura de «os cães ladram e a caravana passa». E ele sabe bem como também haverá cães a ladrar, mais dia menos dia, do seu lado da trincheira. Por mim, gostarei de ver esta caravana a passar pelas distintas ladraduras.
A frase lá de cima sobre o orçamento da senhora Merkel é inteligente. É uma forma elegante de afirmar a nossa soberania.
A. Costa não é, realmente, um bom orador. A sua dicção não é clara e o populismo e demagogia não é a sua onda.
Mas é 1 excelente negociador, com convicções e muito bom senso,sem dúvida.
Grande frase, o que faz toda a diferença perante aquilo que nunca diriam os colaboracionistas.
A UE está mais preocupada com outros temas. O RU está à beira de sair e os refugiados não param de entrar na Grécia. Veremos se ainda há euro e UE como conhecemos em 2018.
Pois, pois.
Que António Costa é da cepa dos grandes estadistas portugueses, já dificilmente restará qualquer dúvida.
Que abissal diferença para essa raça de bafientos retrógradas, de pin supostamente nacionalista na lapela, tipo cavaco, passos, paulito e demais criadagem….
Que os deuses o protejam, e por muitos bons anos!
:-) é curto e grosso. e também moreninho. :-)
Se eu fosse pianista num bordel chamava-lhe a força tranquila. A menina Angela nem deu para uma dança de colo.
É que a campanha de Setembro de 2015 foi à partida minada em desfavor de Costa pela comunicação social, com o caso Sócrates e a propaganda do medo. Só que a propaganda não bate certo com a realidade. O suposto preferido dos nossos parceiros europeus, Passos Coelho, só pôde governar com o beneplácito de Schauble depois de ter sido forçado a engolir um sapo bem rechonchudo: Vítor Gaspar. É que, verdade seja dita, poucas pessoas na UE confiam em Passos Coelho.
A sorte de Passos foi o Tribunal Constitucional ter chumbado múltiplas vezes os orçamentos de Gaspar e Maria Luís; e foi também o politicamente inepto Gaspar ter sido mais célere a fugir do tumulto social e político que provocara do que fora João Franco, em 1908…
Não vejo insegurança ou hesitação no A. Costa, pelo contrário à sua
maneira, ele me parece bem determinado no alcançar dos objectivos
que se propõe! Acontece, que nas últimas eleições, como ainda se ve-
rifica nos dias de hoje, a comunicação social não foi imparcial tomou
partido pelos interesses da oligarquia estabelecida e, para tal tudo
serviu desde o agitar o “fantasma” do Sócrates … ainda hoje, há gente
a falar na bancarrota e que, já estamos a ir pelo mesmo caminho!!!
O Dr. Costa está de facto, a abrir novos caminhos na Europa dos raivosos duma direita radicalíssima.
Leva jeito e parece brindado com tratamento repelente aos pingos da chuva e lama.
Está rodeado de gente muito boa da sua área política e estreantes de força tranquila.
Vidé : entrevista/manifesto do incrível “especialista de economia” jgf ao Ministro Centeno.
Sinto-me bem (apesar das pacheco pereiradas) por, respondendo à indicação de José Sócrates, votar António Costa .
Um exemplo (e uma adenda), de raspão.
Pois, que bom foi ouvir também o Mário Centeno explicar ao tipo da SIC e similares que o pecado sobre a “devolução de rendimento” (que horror!) não tem que ver obrigatoriamente com «aumentar o consumo» mas acender uma luz aos pais com dificuldades em chegarem ao fim do mês e assim terem uma folga para manter os filhos no ensino superior! E dizer-lhe que é assim porque é isso que se vê nas estatísticas sobre o abandono escolar!! E que essa é uma medida para assegurar a «coesão nacional»!!! Só por isso valeria a pena rever a entrevista do Mário Centeno, por abrir os pulmões dos portugueses quando voltam a ouvir isso da boca de um ministro das Finanças português que era uma coisa que era cena proibida na prática política dos direitolas do burgo…
Mas, se alguém conhecer o José Gomes Ferreira, dê-lhe o conselho amigo de não abandonar abruptamente o seu disco rígido mas que “vá andando”, caminhando em doses suaves, porque estas e outras cenas são todo um mundo desconhecido na sua cabecinha e nas dos seus amigos.
Nota, afinal grande. Mereceria um elogio maior um secretário de estado das Finanças que foi capaz de apontar para aos presentes na mesa (ministro/s e secretários de estado), para os jornalistas na sala e que, ainda, evocou os comentadores habitués nas televisões como um grupo que se diz pertencer a essa coisa chamada “classe média” (o que é verdade mas são os grupos profissionais que mantiveram um rendimento capaz de manter o seu estilo de vida), e lhes diz que não, a nossa opção não são essas pessoas que estarão no primeiro lugar das nossas prioridades, ou que sejam tratadas de forma igual, mas que são os outros 80% de portugueses que serão abrangidos pelas medidas de política social que queremos implementar (dedução no IRS em função do número de filhos, de forma progressiva).
Que lufada de ar fresco gauchiste, caramba!