Com Ana Gomes sobre as declarações de Martin Schulz
Nem sempre subscrevo o que diz Ana Gomes, mas desta vez dou-lhe razão. No Parlamento Europeu, muitos deputados se pronunciam sobre, e criticam, as políticas da Alemanha (no caso dos socialistas portugueses, sobretudo as que nos afetam). Schulz sentiu-se livre para falar de Portugal e dar o exemplo de um país que “pactua” com regimes pouco democráticos e desrespeitadores dos direitos humanos, matéria que dá, deu e sempre dará muito pano para mangas. Por outro lado, Schulz deveria saber as razões das coisas e não enveredar por críticas simplistas. Penso que Ana Gomes faz aqui um bom comentário.
Quando li excertos do que Schulz disse (aqui pode ser visto na íntegra), e sobretudo quando chamou “esclavagista” ao regime chinês, fiquei com a ideia de que a intenção do discurso, em geral, era mais a de alertar para a qualidade dos nossos (da Europa, e de alguns países em particular) interlocutores comerciais/financeiros.
Também acho que a exigência de explicações só lhe fez bem.
o problema dos alemães chama-se mau perder e neste caso é ressabiamento dos negócios falhados por tuta e meia, edp aos xinocas e bcp aos angolanos, nunca se lembraram do esclavagismo e dos direitos humanos quando começaram a vender fábricas–chave-na-mão a estes países e depois aparecem uns papagaios a cacarejar umas merdas desalinhadas para dar a ideia que são espíritos livres e independentes e eventualmente disponíveis para qualquer cargozito.
Este tal de Schulz a chatear a política de Passos e atingindo ainda o Sócrates com o seu internacionalismo comercial, e a Merkael a chatear com os tuneis da Madeira, devia pôr a rapaziada a pensar.
Mas ninguem pensa, porque para isso é preciso ter tomates.
E deixarmo-nos de pieguices e carnavais!
…o que sr. martin schulz disse vai mais longe do refere ana gomes…o que o social democrata queria dizer e muito bem…é que sendo Angola um país paupérrimo com um nível social próximo do zero absoluto onde a esperança de vida de um ser humano não chega a metade da portuguesa e por aí fora…pois o alemão achou que ver um primeiro europeu piegas e mais o seu cabo de esquadra ambos a choramingarem pelo investimento angolano é no mínimo pornográfico…o tal do investimento deveria ser feito lá e não cá… concordo
Interessante como este Schultz anda tão bem informado sobre os direitos civis em Angola e não dá pela ida da sua chefe de governo ao beija-mão chinês!
Talvez por isso, tenham mandado o outro ministro dizer que ía dar uma ajudinha se Portugal precisasse de alguma coisinha antes de morrer à míngua.