CGD – Bem o Ministério das Finanças. E rápido

O PSD, como já é hábito, tenta pôr a panela a ferver, com o também já habitual descaramento, para que os vapores atordoem alguns e fazer assim politiquice javarda (Diz o Observador: “A revelação parcial desta auditoria à Caixa surge no momento de grande fricção política sobre a recapitalização do banco do Estado. O PSD tem liderado as dúvidas sobre esta operação, que poderá implicar um esforço dos contribuintes até 4.000 milhões de euros que terá de ser negociado com Bruxelas.”).

Ora, em 2012, a CGD recebeu uma injeção de capital no valor de 1.650 milhões de euros. Estava por cá a Troika e governava a coligação. Foi necessariamente feita, na altura, uma avaliação das imparidades existentes. O que é agora esta chicana, veiculada e encabeçada, como é hábito, pelo ?

?

«O Ministério das Finanças recorda que a Caixa recebeu uma capitalização pública de 1.650 milhões de euros decidida pelo anterior governo, “em estreita colaboração com o Banco de Portugal e com a Troika”.

“A injeção de capital realizada em 2012, de acordo com as regras de capitalização no quadro do programa de ajustamento, foram as necessárias para fazer face às imparidades detetadas”. Neste contexto, sublinha o Ministério das Finanças, “todos os créditos existentes terão sido avaliados pela administração, pelo Banco de Portugal, pelos auditores da CGD e pela troika.

Face à avaliação realizada, o Ministério das Finanças conclui que os“prejuízos decorrentes de imparidades de crédito não registadas em 2012 apenas podem decorrer de”:

Por isso, sublinha, “se houve créditos concedidos em período prévio à recapitalização de 2012 sem a devida avaliação de crédito então essa questão deveria ter sido reportada à altura da recapitalização e sujeita às diligências entendidas por convenientes, nomeadamente no campo do apuramento de responsabilidade civil e criminal.”

15 thoughts on “CGD – Bem o Ministério das Finanças. E rápido”

  1. CGD é publica “nossas” e deve ser tratada diferentemente . Uma coutada dos do governo.
    O contribuinte entra na mesma com euros. Devíamos sair do euro!!!

  2. Penélope, vi que uma televisão por cabo (SIC N?) explicou ontem as palavras do comunicado do ministério das Finanças. O que estará em causa será a atribuição de crédito “sem garantias” que, por alturas do empréstimo de 2012, deveria ter sido sinalizado pela CGD ao governo de então (PSD/CDS) e ao próprio BdP. Como isto anda tudo ligado, os administradores da CGD com as mãos largas foram o ex-banqueiro Carlos Santos Ferreira (do BCP seguiu para a CGD) e o ex-bancário e ex-vice e ex-tudo Armando Vara (porra, olha que estes nomes não são estranhos)… Contas feitas e tudo somado estão em risco 2,3 mil milhões de «deficiente análise de risco», coisa pouca.

    Não estranhes, mas é claro que o CM e o Expresso e o Público e e e tutti quanti já andam atrás do assunto (enquanto isso o Valupi assobia mais uma melodia de sempre, fiu-fiu!).

    Parece que tropeçaste na realidade mais uma vez, ou para ti é igual ao litro?

  3. Olinda, como compreenderás depois de postos os pontos nos ii (vide supra) essa seria uma resposta digamos que abertamente complicada para a Penélope (perante o desespero do Valupi, presumo). Assim a solução é postar sobre o Humberto Coelho e o CR7 e o professor Neca e a Nossa Senhora de Caravaggio e continuar sempre a assobiar até que mais este post chegue às caves do Aspirina B, aposto.

  4. o que se passou na banca, saúde e ensino públicos foi o abandalhamento dos serviços e falência das instituições para permitir privatização barata aos amigos e custos de recapitalização elevados aos pagantes de impostos e utentes dos serviços. assim as imparidades da caixa foram varridas para debaixo do tapete, sob vigilância da troika, a adse serviu para tapar buraco da madeira e as escolas públicas eram para fechar a gosto da maltósia das camisolas amarelas. eram estas cenas que o governo do passólas e do panasca chamaram reformas estruturais, saída limpa e não-mexam-não-estraguem. azarito, ganharam as eleições e não foram capazes de aguentar o governo 15 dias, agora faz de conta que não foram governo nos últimos 4 anos.

  5. Conclusão, ao estilo de uma lápide para o Aspirina B.

    «Enquanto a Penélope dissertava e o Valupi assobiava, o alter ego Ignatz-carrascão fazia-se ouvir e ladrava a despropósito (mas não mordia)», e assim se passavam os dias neste país à beira-mar plantado.

  6. Eric: A seguir ao segundo ponto final da sua primeira ladainha, dá um salto sobre o vazio para aterrar no Correio da Manhã. Eis aqui a composição do conselho de administração da CGD em junho 2012, altura da capitalização pública:

    “No período anterior à deliberação unânime por escrito de 8 de julho de 2013, que
    procedeu à eleição dos membros dos órgãos sociais para o mandato em curso, o
    conselho de administração tinha a seguinte composição: Presidente: Fernando Manuel
    Barbosa Faria de Oliveira; Vice-Presidente: José Agostinho Martins de Matos; Vogais:
    António do Pranto Nogueira Leite, Norberto Emílio Sequeira da Rosa, Rodolfo Vasco
    Castro Gomes Mascarenhas Lavrador, Nuno Maria Pinto de Magalhães Fernandes
    Thomaz, João Nuno de Oliveira Jorge Palma, José Pedro Cabral dos Santos, Eduardo
    Manuel Hintze da Paz Ferreira, Pedro Miguel Duarte Rebelo de Sousa e Álvaro José
    Barrigas do Nascimento. ”

    https://www.cgd.pt/Institucional/Governo-Sociedade-CGD/Praticas-de-Bom-Governo/Documents/Relatorio-Governo-Sociedade-CGD-2013.pdf

  7. SÓ QUERO ASSINAR POR BAIXO O COMENTÁRIO AQUI FEITO PELO IGNATZ, porque com os outros “habitués”, nem vale a pena lê-los , são auto-divertimento em circuito fechado…. Mas é lá com eles…. A “Aspirina B” excita-lhes a parvoice em vez de os levar a pensar melhor!

  8. Penélope, vou tentar explicar outra vez. O que citas no teu post é o comunicado do ministério das Finanças sobre a ausência de sinalização de problemas maiores aquando do empréstimo estatal em 2012, comunicado que, por sua vez, surgiu na sequência de uma auditoria efectuada à CGD. E o que é que diz a auditoria? Que o problema maior dos créditos irrecuperáveis são de… 2005 (é a esses «amigos de Sócrates» que a manchete do CM se refere e os outros media portugueses seguiram-lhe os passos e que foi, depois, digamos que amanhado de qualquer maneira pelo PSD/CDS na AR* com algumas repercussões na opinião pública** do dia seguinte). É fácil, não?

    * A título de exemplo veja-se o que disse ontem na SIC N um dos deputados-talibãs do PSD, pela voz do bronco Leitão Amaro perante um despreocupado João Ferreira (PCP). Que isto eram coisas que vinham do assalto socialista ao BCP, do Sócrates e do Armando Vara e que estavam ligadas ao nascimento do empreendimento de Vale de Lobo (!!) e que, portanto, eram uma marca típica da gestão socialista que já conhecíamos (cito de memória, tudo).

    ** Exemplom outro. Hoje de manhã, na SIC N, uma senhora com sotaque alentejano vociferava contra “a esquerda” porque se os socialistas não queriam uma comissão de inquérito à CGD, proposta pelo PSD, é um sinal óbvio de que o PS estava com muito medo de qualquer coisa (ideia repetida várias vezes) e que, se nós formos de novo para a bancarrota, a culpa é “da esquerda” etc. Nota, importante: a senhora estava… desempregada.

    Nota-extra. Mendes, catequisas quem (risos em sinal aberto)?

  9. Ah, à excepção de um gajo que se chama/va Jorge Palma na administração da CGD o resto da nomenclatura dos tipos é de fugir: José Agostinho à moda da Ivone Silva, António do Pranto, Norberto Emílio, Rodolfo Vasco, Nuno Maria, Eduardo Manuel Hintze da Paz Ferreira (andou por aqui também, …?), um Pedro Miguel a quem fizeram a quadratura do círculo dos ramos monárquicos portugueses e até alguém respondia por um… Dr. Barrigas.

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