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O Guerra continua

A direita decadente cuspiu-se de excitação com a escolha de Amadeu Guerra para suceder a Lucília Gago. Porquê? Porque Sócrates — portanto, PS. Amadeu reuniu amiúde com Joana Marques Vidal e Rosário Teixeira para o planeamento de todas as grandes opções estratégicas e tácticas da Operação Marquês. Uma operação que começou bem antes de começar oficialmente (não confundir com tornar-se pública, algo que só ocorreu em Julho de 2014, ainda sem se lhe dar nome, quando alguém no Ministério Público cometeu crimes para usar a investigação em curso como factor de influência nas eleições para secretário-geral do PS, entre Seguro e Costa).

Este Amadeu, portanto, é um dos principais responsáveis pela montanha de violações à lei e à decência em que a Operação Marquês se transformou a partir do Verão de 2014, provocando na sociedade portuguesa inaudito choque e violência política ao se montar com jornalistas a detenção de Socrates no aeroporto de Lisboa quando regressava a Portugal precisamente para se colocar ao dispor das autoridades. Nessa mesma noite, e no dia seguinte, a primeira versão da acusação que os procuradores andaram anos a alterar foi publicada com todas as letras. O objectivo de Vidal, Guerra e Teixeira era o de destituir Sócrates de qualquer presunção de inocência no espaço público. Desse modo, as violências que se seguiriam — ficar preso para ser investigado, devassado e linchado — não só não gerariam qualquer contestação como contariam com o apoio delirante e sanguinário da indústria da calúnia e do editorialismo.

Aqui temos um dos mais notáveis e profícuos caçadores de socráticos a dar conta do seu entusiasmo com o regresso aos tempos da outra senhora: Parecido com Joana Marques Vidal

Que tal resolver isto?

«Mas há uma dinâmica particularmente perversa nesta lógica. É que, exemplifica Sara Correia, “se Espanha tiver níveis de precipitação muito altos, vai libertar muito mais água. Se estiverem numa situação de seca, libertam o mínimo possível”. Os países podem, portanto, jogar com as metas dos caudais para libertar menos água em períodos de seca e libertar mais quando têm mais água, mesmo que isso prejudique os ecossistemas ou níveis de águas de barragens do país vizinho. E esse jogo tem impactos na agricultura.»


Exploração partilhada: como a competição luso-espanhola fomentou a seca

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Dominguice

Num artigo que já está esquecido e enterrado há 3 meses, até para o seu autor, o caluniador profissional pago pelo Público (e não só, a calúnia pode gerar belíssimos rendimentos) desenvolveu esta tese: A corrupção não é questão de carácter, mas de oportunidade. Olhando para o seu percurso profissional, onde começou por relatar o que via nos cinemas lisboetas e depois almejou chegar à condição de engraçadista de terceira categoria, é impossível discordar.

É que ele apresenta-se como jornalista, inclusive nos textos de opinião. Um jornalista especializado em corromper o código deontológico da sua alegada profissão, porque, lá está, a oportunidade para tal era, é e será imperdível.

Alegorias do trumpismo

«A Polícia Judiciária (PJ) deteve, fora de flagrante delito, um homem, de 55 anos, suspeito de ter ateado um incêndio florestal na madrugada de domingo em Cacia, Aveiro, informou esta terça-feira aquele órgão de polícia criminal. Em comunicado, a PJ esclareceu que o detido "revela uma propensão para a repetição do comportamento incendiário, tendo inclusive cumprido já pena de prisão pelo mesmo tipo de crime". A PJ refere ainda que o agora detido "é também suspeito de, num passado recente, ter ateado, nas proximidades, pelo menos outros dois fogos, designadamente no Monte do Paço e em Mataduços".

A mesma nota refere que não foi possível determinar qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos em investigação.»


Fonte

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Uma corporação criminosa e chantagista

«Lucília Gago procura afastar dos magistrados a suspeita sobre a violação do segredo de justiça alegando que "o Ministério Público surge como tendo sobre si uma presunção de culpa, o que é uma coisa extraordinária, esse clima interessa aos arguidos e respectivas defesas porque desvia o foco das suspeitas que sobre si recaem sobre crimes de assinalável perigosidade".

Para a procuradora-geral, essa ideia de que as fugas saem do Ministério Público é "fantasioso e destituído de sentido", e argumenta que essa teoria "despreza a multiplicidade de pessoas com acesso aos processos". E avisa: "Se se pretende efectivamente perseguir e punir os responsáveis pela violação do segredo de justiça teremos que aceitar o recurso a meios intrusivos como as escutas". Acrescenta que a lei já prevê que os crimes de injúria, devassa da vida privada, ou seja, de mais fraca gravidade, sejam susceptíveis de serem investigados com recurso a escutas. Isso é uma opção do legislador..."»

Fonte

Lucília Gago imita Joana Marques Vidal, esta que se ria quando lançava a chantagem. A chantagem consiste nisto: não há quadro legal para se investigar, com recurso a escutas, quem comete crimes de violação do segredo de justiça. Daí, tal corresponder a um estado efectivo de anomia pois os agentes da Justiça, seja qual for o seu cargo e estatuto, sabem não existir autoridades com eficácia para descobrir os criminosos — e ainda menos há quando são agentes da Justiça a inquirirem colegas. Solução? Alterar a lei de modo a permitir escutas nesse tipo de crime, o que levaria a permitir escutas aos suspeitos dentro da esfera institucional da Justiça e polícias. Por que razão não se altera a lei? Porque no dia em que um partido vier com essa ideia, os restantes ou ficarão em silêncio a ver o espectáculo, ou saltarão para o lado da corporação e farão campanha alarmista, populista e caluniadora contra o infeliz do partido que se lembrar de tal. É isto que Lucília Gago está a lembrar, sacou do ás de trunfo em ordem a manter intocável o poder dos magistrados para cometerem crimes e permanecerem impunes e anónimos.

A razão pela qual estas declarações são gravíssimas — gravíssimas para o regime, transcendendo a pessoa da PGR e o Ministério Público como um todo – está no facto de ser patente, evidente, óbvio, inegável, incontornável, indelével cometerem-se crimes de violação do segredo de justiça que só se explicam com recurso à suspeita sobre o Ministério Público, posto que nas fases em que ocorrem ainda nem sequer há arguidos. Logo, não há também advogados ou terceiros com acesso aos processos em causa, apenas a responsabilidade dos procuradores está na berlinda.

O facto de se cometerem esses crimes, nessas fases do processo — quando há alvos políticos e, em simultâneo, há exploração cúmplice e directa de órgãos da imprensa dos crimes cometidos pelos magistrados — leva a concluir que temos em Portugal um certo tipo de mercado criminoso cuja viabilidade depende de não se alterar a tal lei que a corporação do MP (pelo menos, mas também juízes) aposta nunca será mudada, dado o risco da penalização política sobre aqueles que quiserem acabar com este crime organizado.