A Aspirina B é quase gémea de uma invenção do Zé Mário. Esta coincidência no tempo foi completamente fortuita, mas não deixou de produzir alguns intrigantes efeitos secundários. Começaram estes quando eu afinava o nosso template; volta meia volta, dava com o endereço morel.weblog.com.pt na minha barra de endereços. Lembrei-me da obra de Bioy Casares, estranhei a invasão inopinada, mas não dei mais importância ao caso. Só quando soube que tal blogue de inspirado nome era obra do ZM é que reparei na bizarria do acontecido.
Agora, a assombração persiste. Alguns posts recusam-se teimosamente a aceitar comentários, emitindo os seus queixumes em nome de um tal Apache/2.0.53 (Fedora) Server at morel.weblog.com.pt Port 80.
Anda por aqui um mecanismo oculto a operar ínfimas maravilhas. A novela que cedeu o nome ao blogue do Zé Mário falava-nos também da aparente sobreposição de dois mundos, de dois tempos. Será que a Aspirina é um mero fantasma electrónico, um glitch de HTML, da Invenção? Ou será que este blogue faz mesmo jus ao seu nome e não passa de uma excelente e bem urdida ilusão?
Estou confuso. Mas, afinal, o que seria de esperar quando um gajo se mete com borgesianos?
Agora, já pedi ajuda ao Paulo Querido, o vero Morel da nossa ilha blogosférica. Esta avaria pode ter o seu quê de inquietante e poético, mas é também muito irritante.
Aspirina B, indicada e prescrita no blog da Babilônia.
Abraços ao Zé Mario, Luis, etc…
Como diria o Bioy Casares: os espelhos, a cópula e os blogues são malditos porque reproduzem o ser humano.
João, tivemos aqui, em idos tempos da Belle Epoque, pelo Rio de Janeiro, um cronista chamado João do Rio, que perambulava pelos guetos, pelo submundo, pela alta sociedade e colocava essas imperfeições, essas relações sociais que o home constrói, aperfeiçoa ou degenera.
Ele dizia que adorava a calçada, porque é na calçada que está solidificado o sangue e o suor do homem.
João do Rio era um reprodutor dessa natureza maldita que vc se refere.
É isso!
Um comentador do Brasil, eia! eia! Olha, sem querer abusar muito da minha sorte, haveria a hipótese do meu querido amigo me enviar pelo correio um exemplar da edição brasileira do BUDAPESTE do Chico Buarque (Companhia das Letras)? Meu e-mail é joaopedrodacosta arroba gmail ponto com. A gente combina o pagamento. Ficar-lhe-ia eternamente grato.
Se bem entendo a coisa, JP, tu queres que o Renato te envie um livro, daqueles com papel, cola e tinta… por e-mail?
:-)
E depois? Não vejo qualquer problema nisso… (LOL)
Perfeito, estarei escrevendo!