O Médio Oriente redesenhado

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O semanário holandês Vrij Nederland (Holanda Livre), órgão da resistência durante a segunda guerra mundial, hoje leitura habitual do intelectual de esquerda, publica dois mapas, concebidos, segundo se informa, pelo exército norte-americano e aparecidos inicialmente no Armed Forces Journal.

Mostra o Médio Oriente na actualidade e, em seguida, como o desejam, ou sonham, no futuro. O clou da coisa: as fronteiras étnicas. Resultado: um Curdistão, uma Jordânia maior, menores Irak, Paquistão e Turquia, e um Israel dentro dos limites de 1967.

Pequeno glossário: groot grande, vrij livre, heilig santo. A oeste da Arábia Saudita, surgiria um Heilige Islamitische Staat, um Santo Estado Islâmico. O Irak seria dividido num Irak Sunita e num Shiitistão Livre. Design your own world.

Actualização: leia-se um comentário abaixo, de Hugo Oliveira, para suplementar informação.

8 thoughts on “O Médio Oriente redesenhado”

  1. A mentira anda muito na moda.

    Nunca li o Vrij Nederland, mas li o artigo da AFJ em que aparecem esses mapas.

    Interessará esclarecer leitores menos informados – e talvez o próprio Fernando Venâncio – que o Armed Fources Journal é uma magazine sobre assuntos militares, e não nenhum orgão oficial (ou oficioso) das forças armadas americanas. Tem sido aliás bastante crítica da actual liderança no pentágono.

    Como disse, li o artigo. Não tenho aqui a revista, mas os mapas referidos ilustram um artigo da autoria do Ralph Peters – um conhecido novelista e ensaista sobre temas militares e comentador da PBS. A autoria dos mapas é, obviamente, também dele. O ensaio é uma especulação sobre o futuro do médio-oriente e nunca tive conhecimento de algum tipo de endorsment de alguém no pentagono a este tipo de solução.

    Portanto, se o Vrij Nederland afirma que os mapas foram concebidos pelo exército americano é uma pura e simples mentira e o Fernando Venâncio deveria corrigir o post em conformidade.

  2. Boa pergunta, Monty. Vou tentar responder-lhe num futuro post.

    [Este comentário esperou desde ontem de manhã para entrar]

  3. “INTELECTUAL”
    Coexistirá realmente com esquerda, direita ou centro?!
    Parafraseando o dicionário, o intelectual será aquele que tem gosto quase exclusivo pelas coisas da inteligência.
    Infelizmente é do que mais necessitados estamos, mas rebuscando em todos os quadrantes ficamos com o sabor amargo de busca inútil.
    Mas veremos, caro Monty, se nos valerá o Fernando Venâncio.
    Quiçá aliando o “esquerda” ao intelectual a ementa nos mostre uma iguaria nunca antes deglutinada. A ver vamos.

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