Um herói e um santo

Belmiro o homem livre, Belmiro o independente, Belmiro o rebelde, Belmiro o irreverente, Belmiro o filantropo. Toda a comunicação social tece loas ao falecido engenheiro que “nunca condicionou” o Público, que teve de lutar “contra todos os governos”, que “nunca se encostou ao Estado” nem quis trabalhar nos “sectores protegidos da economia”. Um herói e um santo.

Estarão a falar do mesmo empresário rebelde que se gabava de ter “quatro amigos meus” como ministros de Cavaco, quase meio governo? O mesmo homem que depois teve a lata de chamar “ditador” ao dito Cavaco por ter despachado os tais seus amigos?

Estarão a falar do mesmo empresário de sucesso que exigia que outro governo lhe entregasse a PT, para compensar o enorme fiasco da Optimus?

Estarão a falar do mesmo empresário desinteressado que disse que para alguém “mandar” no seu jornal tinha primeiro de “lá meter o dinheiro”?

Um dos mitos mais hilariantes que se pretendeu criar acerca de Belmiro relaciona-se precisamente com o Público. Ele era um homem tão desinteressado, tão desinteressado, que até criou e manteve, com défices crónicos de milhões alegadamente pagos do seu bolso, um jornal que hoje é “o órgão principal da opinião de esquerda e de extrema-esquerda”. Uma simples googlada permite saber quem escreveu esta bojarda alucinante.

6 thoughts on “Um herói e um santo”

  1. penso que estão a falar de um tipo pobre , que subiu a pulso , e sem grande paciência para gente mole cheia de não me toques.

  2. um agente técnico promovido a engenheiro por decreto. começou a carreira profissional como chefe da comissão de trabalhadores na sonae onde criou conflitos laborais e sociais que lhe renderam 16% de “imprescindibilidade” no capital social da empresa e que serviram para alavancar sucessivas aldrabices financeiras e aumentos de capital que o levaram a dono daquilo tudo. é ler as decisões judiciais que lhe deram posse da herança pinto de magalhães baseadas no interesse dos trabalhadores vítimas de herdeiros mentecaptos e sornas, tudo a bem do povo e contra o capitalismo opressor. convém esclarecer que na altura o agente técnico era da udp.

  3. sim. no princípio batia umas punhetas ao velho magalhães, mas assim que o velho bateu a bota, enrabou trabalhadores e fodeu herdeiros com uma eficácia que que deixou o louçã a babar-se.

  4. Falta acrescentar o Belmiro patriota.
    Para não onerar e sobrecarregar o Estado Português, enviou as sedes de todas as suas empresas para a Holanda.
    Para que o Estado não fosse obrigado a gastar recursos com interior do País ele encarregou-se de ajudar a liquida-lo mais depressa importando 90% dos produtos agrícolas do Continente.

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