Há uma semana, a senhora Bonifácio deu à estampa uma arenga odiosa, eivada de preconceitos, generalizações abusivas, estereótipos, asneiras, patacoadas e imbecilidades. Isso a pretexto de se opor a uma proposta de quotas para minorias étnicas, ideia certamente saída, segundo ela, de uma desprezível “cabeça de esquerda”.
Não é um texto directa e abertamente racista, porque a Bonifácio não sustenta ideias de superioridade/inferioridade propriamente racial, isto é, fundada em argumentos biológicos ou sociobiológicos relacionados com a raça. Sustenta, em compensação, ideias de suposta superioridade/inferioridade moral, cultural, religiosa ou civilizacional e faz isso de um modo infamante para várias minorias étnicas e (ou) religiosas portuguesas, o que equivale a fazer considerações racistas, pois aplica estereótipos ofensivos a etnias. É, portanto, um texto rotulável de discurso de ódio, não porque incite directamente à violência ou à discriminação contra as ditas minorias, mas porque se esforça por dar delas uma imagem globalmente detestável. Retrata-as por atacado como violentas, racialmente preconceituosas e religiosamente intolerantes, o que não fica muito longe dum incitamento à retaliação contra tais comportamentos. Naturalmente, a senhora Bonifácio terá de prestar contas à justiça pelo discurso de ódio que publicou.
Uma das maiores imbecilidades sustentadas pela Bonifácio tem a ver com a sua defesa do que chama Cristandade e que arvora em critério superior da civilização, da qual exclui africanos, ciganos e as “tribos muçulmanas”. Todos estes possuiriam, segundo ela, “códigos de honra, crenças, cultos e liturgias próprios”, opostos não só aos da tal Cristandade como também aos direitos universais proclamados pela “Grande Revolução Francesa”. Lembrei-me logo da numerosa tropa de ultra-conservadores e reaccionários que nos últimos séculos condenaram a dita revolução, opondo-lhe precisamente a “civilização cristã” – uma expressão que também tinha lugar cativo no discurso de Salazar e outros fascistóides. Mas isto são minudências.
A verdade é que o cristianismo, mesmo quando não se importava com o esclavagismo e até nos piores dias da católica Inquisição, nunca professou a exclusão de qualquer raça ou etnia do seu objectivo de proselitismo e universal salvação das almas, antes tentou sempre assimilá-las (a bem ou a mal, não vem agora ao caso) à sua fé e aos seus valores. A assimilabilidade de todo o ser humano à fé (cristã) e a igualdade das almas perante Deus (este um postulado que não é só cristão) são mesmo dois princípios básicos da religião cristã. Mas a Bonifácio prefere ao conceito de cristianismo o arcaizante conceito de Cristandade, a evocar os tempos em que não se admitia outra crença, muito menos a descrença. A evocar também os tempos da “Igreja imperial”, bem como as cruzadas, a jihad cristã. Nos tempos do Concílio do Vaticano II tinha-se proclamado, por esse motivo, o fim da era da “Igreja de Cristandade”. Julgo que não foi por acaso que a Bonifácio recorreu ao preciso termo Cristandade – ainda que o possa ter feito de modo pouco consciente, dada a multiforme ignorância que patenteia na sua arenga.
Suspeito que a senhora nem cristã é. Aparentemente ela engloba ateus e agnósticos (pelo menos 15% da actual população portuguesa) no seu movediço conceito de Cristandade. Quem ela de certeza inclui nesse conceito é a numerosa canalha de racistas que por aí pululam, hoje como ontem, muitos dos quais se dizem “cristãos”.
Um dia destes, a Bonifácia dá uma entrevista a desfazer o equívoco e tudo voltará ao normal. Mas se assim não for e chegar a prestar contas na Justiça, quem achas que ela poderá convocar como testemunhas para a defender em tribunal? O VPV já deu o primeiro passo…
O pai de todos os problemas, com a Bonifácia, não é o de ser racista, é o de ser burra. Burra ao quadrado ou ao cubo, burra da quinta casa, burra até dizer chega, burra como o caralho! Tão burra que, tentando marcar pontos numa agenda objectivamente racista, não conseguiu sequer prever que a maneira burra como o fez daria de mão beijada às agendas que se lhe opõem (as sinceras e as plastificadas) um autêntico euromilhões.
Quase tão burras como ela, em coro de inteligências assassinadas, são as indignações plastificadas, e abaixo-assinadas, que pretendem criminalizar a madama. Burrice não é crime, e se criminalizá-la também crime não é, burrice equivalente não deixa infelizmente de ser.
Nem mais, Senhor Joaquim Camacho.
… o capacho é o inteligente do curral.
ser burra não desculpa ser racista, podes ir para o caralho com as tuas pseudo-indignações asnáticas.
A indigência mental e moral desta desventurada Bonifácia é abaixo de cadela.
Enxote-se.
Escrevi, há mais de trezentos anos;
«(…) a Humanidade negra, assim como a índia, é pois mais pura do que a branca; por isso, está mais próxima de Deus (…)».
Leiam-me, porra!
O parvalhatz continua burro todos os dias, sem folgas nem dias santos.
Silvia, se ela chegar a ir a tribunal, terá VPV e outros compinchas dela a defendê-la, quanto mais não seja pela oportunidade de sacudirem a água do capote, dizendo que a conhecem há 50 anos e nunca repararam que fosse racista. Mas deveriam saber que há racistas que só saem do armário na idade senil.
Independentemente de os juízes (e temos cá bons…) acharem ou não que o escrito dela configura crimes de ofensas, difamação, injúrias, ultrajes, discriminação e racismo como vêm no código penal, acho que seria bom que a Bonifácio tivesse de responder pelo que publicou, dado o interesse pedagógico que um processo judicial desses teria. Numa entrevista, ela pode negar o racismo de que tem sido acusada e dizer que foi deturpada, mas em tribunal seria desejavelmente obrigada a provar o que afirmou sobre as etnias e comunidades que ofendeu. O seu texto seria analisado à lupa, não lhe deixando grande margem para fugir com o rabo à seringa. E se o tribunal concluísse que a lei penal portuguesa não contempla claramente as malvadezes que ela escreveu, talvez se devesse concluir que é preciso melhorar a legislação.
Júlio,
Se não se puder contar com os “bons” juízes da casa, o Francisco Teixeira da Mota já veio dizer o que os juízes do TEDH poderiam fazer.
Insisto: a Bonifácia não passa de uma racista burra e pretensiosa, que deve a imerecida ribalta a que foi catapultada apenas à indigência intelectual da maioria da direita tuga em que se insere. Em terra de cegos… Antes do recente vómito racista, já provara à saciedade, em dois ou três debates televisivos a que assisti, que é ignorante e estúpida como uma porta. A qualidade de “historiadora” com que nos é impingida não passará provavelmente, no seu caso, da eventual capacidade que terá tido para armazenar no cocuruto umas dezenas ou centenas de datas, o que, como currículo, não é grande coisa. Ameaçá-la com procedimento criminal é promovê-la a mártir das liberdades de opinião e de expressão, oferecendo de mão beijada à direita uma bandeira e um balão de oxigénio de que desesperadamente precisa. E não me refiro à extrema-direita troglodita, mas à direita tida como democrática, que, demarcando-se ‘civilizadamente’ das pestilentas opiniões da senhora, se perfilará sob a bandeira das ditas liberdades e aproveitará oportunisticamente o caso para acusar a esquerda de as judicializar e violar.
URGE TRABALHAR PARA O SEPARATISMO-50-50:
– O PLANETA CONTINUA A SER UM LUGAR PERIGOSO PARA POVOS AUTÓCTONES QUE PROCURAM SOBREVIVER PACATAMENTE NO PLANETA!
{ urge mobilizar aqueles nativos que se interessam pelo sobrevivência da sua Identidade para o separatismo-50-50 }
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–»» Interesses Económicos (economic-nazis) destilam ódio/intolerância para com intenções Identitárias…
–»» Migrantes de elevada demografia destilam ódio/intolerância para com intenções Identitárias… pois… Intenções Identitárias prejudicam a sua ambição de serem «donos disto tudo».
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1. No passado povos autóctones da América do Norte, da América do Sul, da Austrália foram alvo de holocaustos massivos…
2. Em pleno século XXI tribos da Amazónia têm estado a ser massacradas por madeireiros, garimpeiros, fazendeiros com o intuito de lhes roubarem as terras…
3. etc,etc,etc…
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MOVIMENTO-50-50:
– por um planeta aonde sejam Todos Diferentes, Todos Iguais… isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o seu espaço no planeta –»» INCLUSIVE as de rendimento demográfico mais baixo, INCLUSIVE as economicamente menos rentáveis.
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Nota 1: Os ‘globalization-lovers’, UE-lovers. smartphone-lovers (i.e., os indiferentes para com as questões políticas), etc, que fiquem na sua… desde que respeitem os Direitos dos outros… e vice-versa.
-»»» blog http://separatismo–50–50.blogspot.com/
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Nota 2: Os Separatistas-50-50 não são fundamentalistas: leia-se, para os separatistas-50-50 devem ser considerados nativos todas as pessoas que valorizam mais a sua condição ‘nativo’, do que a sua condição ‘globalization-lover’.
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Nota 3: É preciso dizer NÃO à democracia-nazi! Isto é, ou seja, é preciso dizer não àqueles… que pretendem democraticamente determinar o Direito (ou não) à Sobrevivência de outros! [obs: não foi por acaso que a elite do sistema adulterou a lei das naturalizações]
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P.S.
Já faltou mais para os maiores criminosos de ódio da História (os economic-nazis) serem alvo duma condenação pública.
{ os economic-nazis destilam ódio/intolerância para com intenções Identitárias… pois, porque… Intenções Identitárias prejudicam investimentos }