Matar, matar, matar!

Já tínhamos o relógio do Portas. Como uma imbecilidade nunca vem só, agora temos o relógio do Adolfo Luxúria Canibal.

O fundador dos Mão Morta falou sobre o seu novo disco, “Pelo meu relógio são horas de matar”, com que festejam 30 anos de existência, boa idade para ter algum juízo. A intenção, disse, não foi fazer um disco de intervenção à moda dos anos 70, mas adoptar uma “intervenção menos directa, mais poética, que exprima o nosso mal-estar”. Então saiu essa cagada escabrosa, inacreditável, como que a pedir que os processem por incitamento ao assassinato. Como se a letra não bastasse, as imagens do clip são de uma fúria homicida explícita e personalizada. “Poesia” de psicopatas.

Adolfo diz que está a leste. Não esperava nem compreende o burburinho que o disco está a provocar. Diz que em 1998 fizeram um disco “muito mais político e radical”, o “Há já muito tempo que nesta latrina o ar se tornou irrespirável “, que terá sido bem recebido e nunca gerou polémicas. Realmente não se compreende agora este “assédio” dos jornalistas, né?

9 thoughts on “Matar, matar, matar!”

  1. cantar não sabe,e como tal recorre a este expediente.quanto à poesia gosto mais da cabritinha do quim barreiros! há gente que gosta do” mão morta” como gosta da inutilidade do pcp e do bloco.que os pariu!

  2. No meu entendimento, o que ele queria , conseguiu: muito alarido e publicidade para que o disco venda mais…

  3. é uma deolindice dos tempos que correm. o próximo êxito musical vai ser do mário malvado e gravado em precária.

  4. O grande perigo desta cruel irracionalidade deste tipo de ideia de exterminar o outro está, sobretudo, na mente desta gente que atingiu um grau doentio de demência tal que já se julgam enviados pelo bem ao mundo do mal para o purificar pela exterminação metódica.
    É um dos sinais do tempo.
    Quando o pinguim saltitão invoca o “vírus socialista” sabendo que está fazendo uma referência comparativa ao “vírus judaico” dos nazis, está fazendo uma sugestão próxima do anímal canibal.
    Quando a senhora Merkel e outros iguais referem que que os sulistas precisam expiar os males e serem curados pela miséria e consequente morte à fome, também estão invocando argumentos que vão no mesmo caminho e sentido do animal canibal.
    Os sinais são tantos que já baralham mentes esclarecidas e o mundo começa a ficar deveras perigoso. Se voltar a haver uma nova gigantesca intempérie de fogo e aço sobre a Europa restarão poucos e não haverá inocentes.

  5. É provocatório, sim, mas…. REVOLUÇÃO precisa-se, temos de chocalhar este povo adormecido e apodrecido! Fomos anestesiados por 48 anos de ditadura bafienta e mais 40 de partidocracia que só trouxe corrupção, empobrecimento e tachos para a casta dominante! Precisamos de uns quantos “Buíças” para isto chocalhar e correr com esta esta corja que deturpou a democracia! Não tenham medo do sangue, tenham medo desta podridão!

  6. Pois se o carteiro de Pablo Neiruda compreendeu, como é que esta gente, que andou a queimar as pestanas de Marcel Proust a Franz Kafka, não compreende!

  7. Quando o nojo do Le Pen invoca o “ébola”para erradicar a emigração em três meses,como diria alguém no “Pai Tirano”,”é poesia e da boa”!e daí a magnífica comunica ção social à ordem da imbecilidade,não tugiu nem mugiu!Por acaso,conheço o Adolfo e também conheço o Otelo que falava em mandar uma data de pulhas para o Campo Grande,nem um nem outro têm estofo moral para tais dislates,a tal do “cão que ladra….”apenas uns grande provocadores,o que já não sucede com o nazi francês.

  8. Nem percebo a polémica. Ou melhor percebo, são os mão morta, iguais a si próprios, a entrarem na realidade mediática de que sempre se afastaram e que nunca os compreenderá. É pena, é das melhores bandas que este país já produziu, mas nada aconselháveis a agitações POP e facebooks.

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