Cavaco está completamente isolado, a presidência faliu e, por consequência, o regime deixou de existir. Isto segundo Vasco Pulido Valente, ontem no Público, não se precipitem os caros leitores.
Disparando atestados de incompetência a tudo o que mexe em Portugal e deplorando que ninguém tenha ainda percebido a urgência de uma “reforma radical do Estado”, VPV apontou generosamente o meio de salvar a pátria do caos:
um governo francamente presidencial, escolhido pelo povo e que, da administração local à economia, arrume a casa”.
Passo a explicitar o que VPV não detalhou nesta bocarra, certamente por falta de tempo
Cavaco acorda às 3h da manhã no meio de uma visão apocalíptica: está completamente isolado, até a Maria se pirou. Depois de beber uma água das pedras e fazer chichi, Cavaco decide dar de imediato posse a um governo francamente presidencial, sem sequer avisar o Coelho. Convoca de urgência VPV a Belém, nomeia-o chefe da Casa Arrumada e pede-lhe nomes para o elenco messiânico, que Cavaco quer chefiado pela Ferreira Leite. VPV concorda com a escolha francamente presidencial e sugere-lhe dez nomes para subsecretários. Assentam os dois em que não haverá ministros nem secretários de Estado, para impor mais respeito ao executivo. Haverá também dois lugares de subcomissários do povo, a preencher pelo PCP, se estiver nessa. Constança Cunha e Sá não responde a dezoito chamadas do telemóvel, mas Cavaco indigita-a mesmo assim para a propaganda nacional. VPV aceita com a condição de ele próprio ficar com o pelouro da contra-propaganda. O governo toma posse secretamente às 6h 37, depois de plebiscitado pelo pessoal de serviço ao palácio, em pijama, simbolizando o povo soberano a acordar de um profundo sono de décadas. Para comemorar, Cavaco e VPV vão acabar a noitada no bar Good Ol’Days, em Cascais, de onde são evacuados por uma ambulância às 8h45, que os deposita na secção de intoxicados de S. Francisco Xavier.
É das poucas e raras vezes que VPV diz algo acertado, até ele já percebeu que
o actual regime apodreceu e não há remendo que lhe valha!
Pode inferir-se do que foi citado, não li o escrito, que em causa estará uma mu-
dança séria para um regime presidencialista, óbviamente sem Cavaco, acabar com
a exclusividade da partidocracia na A.R. e, uma profunda reforma Administrativa
do País, reduzindo os “castelinhos” onde se abrigam a clientelas sugadoras dos
recursos disponíveis … ao fim ao cabo uma Reforma Estrutural do Estado, por
outras palavras; -dimensionar o Estado ao nível da economia mas, pelas razões
sobejamente conhecidas isto não interessa aos “políticos” !!!
J. Madeira,
só seria acertado se não estivesse bêbedo como quando estava quando disse o contrário. Na próxima crónica diz mais uns dislates contraditórios com este último. So what? Já que se acha uma estrela , podia fazer como as de hollywood: clínica de reabilitação de vez em quando, mais comentário não merece.