O presidente do BCP, Nuno Amado, deu ontem o mote para a próxima campanha eleitoral. Explicou que, em resultado das eleições legislativas a realizar no segundo semestre de 2015, “poderá suceder a descontinuação do processo de implementação de políticas económicas com vista à restauração da sustentabilidade da dívida pública e ao necessário ajustamento orçamental que vigorou durante o período de vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal”. Mais explicou que, caso se verifiquem essas alterações de política económica, isso poderá “ter um impacto nas condições de acesso aos mercados de financiamento internacionais, quer para a República Portuguesa, quer para o BCP, o que poderá resultar num segundo resgate”.
Ou seja, o presidente do maior banco privado português diz que, se a direita perder as eleições, vem aí segundo resgate e o BCP vai deixar de poder financiar-se no mercado internacional. Este slogan eleitoral soprado a Passos Coelho é também um curioso aviso subliminar aos clientes, accionistas e parceiros do BCP para se porem a salvo antes que o banco estoure de vez, caso as sondagens continuem a indicar uma derrota da direita. E o aviso é feito quando o banco se prepara para fazer em Julho um aumento de capital de 2,25 mil milhões de euros. Grande banqueiro, este político…
Este senhor banqueiro não deve acompanhar o que se passa lá pelas bandas do FMI. Quando o próprio FMI acaba de afirmar que nem o primeiro resgate devia ter sido feito, vem agora o senhor Amado falar num segundo. O povinho pode nunca vir a ser informado do que disse e o que quis dizer o FMI, mas a comunicação social dos senhores amados vai bombardeá-lo, até às eleições, com estas preciosas informações dos amados. Diga-me lá, Júlio, se o Costa pode alguma coisa contra isto! Não estou a apelar à rendição; estou só a dizer que a democracia foi capturada pelo poder financeiro (comprou a comunicação social (e seus agentes) e agora pode e manda e decide o que bem lhe apetece. A força efectiva da democracia foi-se! Quem ainda não percebeu que vivemos numa mera democracia formal, continue a investir, quixotescamente, contra moinhos de vento. Os socialistas, e são muitos, que estão com Seguro, já perceberam isso e desistiram de lutar: quem não pode com o inimigo junta-se a ele. Possivelmente aconteceu ainda pior, que foi a descrença total no socialismo democrático e na social democracia como forma de resolver os actuais problemas das sociedades. Numa coisa estarão certos: o socialismo democrático cavou, ingenuamente (será?) a sua própria sepultura. Lembra-se, Júlio, como o “presidente da ética republicana”, Soares, viveu dois mandatos como um nababo, a montar tartarugas e tudo, enquanto à volta de Lisboa enxameavam barracas de miséria? O povo desiludiu-se e depois foi muito fácil manipulá-lo. Como se diz aqui pelo meu norte, “está tudo fodido”.
as mjnhas poucas açoes na segunda-feira vão de vela! antonio costa devia denunciar ” sem papas na lingua”,esta filha da putice de presidente do bcp.!este senhor é um canalha sem o minimo respeito pela sensibilidade politica de uma boa parte dos seus clientes!