Depois da ridícula farsa representada na televisão pelos “vencedores”, basta dar uma rápida volta pelas alfurjas internéticas do costume para nos apercebermos do clima de tremenda irritação e desalento perante esta pseudo-vitória da coligação que colocou, de facto, a esquerda com uma confortável maioria no parlamento.
Pela primeira vez na história da democracia, o PS não foi o partido mais votado, mas a direita ficou em minoria na Assembleia da República. Nunca tinha acontecido.
A direita perdeu perto de 750.000 votos e cerca de 25 deputados (12 para o PS, 11 para o Bloco, 1 para o PCP e 1 para o PAN).
A direita não tem maioria para aprovar o Orçamento. A oposição, com 122 ou 123 deputados, pode chumbar as leis da coligação e fazer aprovar outras. A coligação, mesmo levada ao colo pelo Bruxo de Boliqueime, pode ser enxotada do poder por simples moções de desconfiança.
A direita apostou tudo numa nova maioria absoluta, acreditou, achou que estava quase lá e… PERDEU.
A única maneira de a direita se livrar desta derrota é a esquerda preferir continuar comodamente no contra. É uma opção merdosa e cobarde, mas é uma opção.
Apesar do bom discurso de António Costa, esta noite, precisaria de ser muito optimista para acreditar na possibilidade de um entendimento à esquerda. O PCP não ajuda, e o PS ainda ajuda menos: afastados do poder, vão dar cabo uns dos outros, coisa em que são bastante versados e aptos, como se pode ver pela candidatura idiota de Maria de Belém. A ser assim, Passos, que não anda a dormir, mete-os a todos no bolso, e se calhar ainda consegue outra maioria absoluta. A inépcia da esquerda dá-nos essa garantia.
bom discurso do costa ????? vocês vivem mesmo no planeta das fadas e dos paraisos xuxialistas.
Tão fraco e medroso e BALOFO … até meteu dó ouvir aquela piegada .
PATÉTICO
Vai levar um grande pontapé no traseiro, não tarda nada. E MERECE que seja com uma bota cardada.
INCOMPETENTE
Just Out of curiosity, porque motivo a candididatura de Maria de Belém é idiota ?
Idiota, in my humble opinion, foi irem ao lar da terceira idade buscar e apresentarem o então já caquético vovô Soares, que impediu a vitória de Manuel Alegre.
Cavaco, nunca por nunca chegaria a PR, mas com o caminho assim aberto pela divisão socialista, ganhou . O resultado está à vista . A eleição de Cavaco, no dizer de Vasco Pulido Valente, foi a pior desgraça que poderia ter sucedido a Portugal. Subscrevo.
serå feita uma revisao constitucional por forma a tornar o sistema mais bipartidário e menos depdente de maiorias absolutas, deixando assim apeada e sem força uma certa e unconsequente esquerda.
Ou então, ao partido vencedor serão atribuídos mais X deputados virtuais de bónus .
Quanto à eleição para PR, poderá ser feita no intervalo do Prós e Contras, seja entre os presentes no estúdio, seja por chamada telefónica ( de valor acrescentado ), revertendo a receita para o Instituto Assistencialista da Sopa dos Mais Desfavorecidos – instituição a criar por Paulo Portas e Mota Soares .
“A coligação, mesmo levada ao colo pelo Bruxo de Boliqueime, pode ser enxotada do poder por simples moções de desconfiança.”
então experimenta fazer isso daqui a um ano e vais o rombo que levas. é nisso que a direita aposta para voltar a consolidar o poder absoluto, branquear os últimos 4 anos e justificar toda a merda que entretanto vai aparecer. estas eleições foram a vitória da incompetência e provaram que a mentira compensa, já tinha sido assim em 2011 e vai continuar a ser com a colaboração do voto inútil nos pindéricos de esquerda que a direita promove.
Tens razão Júlio, a esquerda é merdosa e cobarde. Não temos dúvida que tudo fará para prejudicar o País e beneficiar as suas clientelas.
Júlio. Por esta forma de pensar foi assim que o PS perdeu as eleições. Não soube aproveitar os erros do adversário. Esqueceu-se que afinal a maioria dos Portugueses não se converteu no pseudo- socialismo.
Se já está a pensar naquilo que de mal vai acontecer na AR, pode crer que a cologação fica duradoura.
A governação de Portugal está nas mãos do PSD-CDS e PS e em mais ninguém até a cacete partir.
AMADOS,
EStão a distribuír chá no RATO e cobertores e botas de borracha, por causa da água. Alguns ratos já se afogaram, outros estão em estado de choque e há outros desnorteados que continuam a falar e não sabem o que dizem. A BURRA foi vista ao fundo de umas escadas, completamente desgrenhada e com um copo de zurrapa na mão.
Outros – ratinhos – já invocam a necessidade de brainstorming…precisam de novas ideias de combate.
Bom…nunca pensei que dissesse isto mas bá….se quiserem posso financiar uma encomenda de XUXAS de chocolate….debem tar com falta de açúcar no sangue…
Porreiro foi os 2 minutos de João Soares que tinha saltado do sofá e foi ver rapidinho o ambiente triste: “Estive numa homenagem a José Vilhena e vêm agora com perguntas destas”! Nem sei do que se trata!
Seguro vem aí com uma encomenda de ovos de Abeiro….aguentem, bá, tenham fé. Tenham esperança. Tenham confiança no mundo. Agora é o tempo de rescaldarmos os resultados, este é um outro tempo – o tempo de socrash. Este agora vai ter que pensar em outras respostas…..
Ó Ribas, apenas por curiosidade, será que querias dizer cassete e o tablet pregou-te uma partida ?
Incidentalmente, na minha opinião, a coligação vai fazer tremenda pressão e campanha de intoxicação política no sentido de o PS avalizar a agenda governativa .
Passos já deu o mote ao dizer que seria inconcebível que um partido ganhasse as eleições e não pudesse governar.
Ora, dentro das regras democráticas, um partido que ganhe as eleições, pode governar, todavia, e caso não tenha maioria absoluta, pode mas com as limitações e constrangimentos decorrentes do resultado eleitoral .
Se assim não se entender, estamos perante uma preversão do sistema e das regras .
Aliás, e no meu ponto de vista, mesmo que tenha maioria absoluta, para questões magnas, como por exemplo, reformas estruturais profundas, – caso da reforma do sistema de pensões, e da chamada privatização da água, que temo seja o próximo objectivo do PAF, – deve reunir o máximo consenso possível. E se não conseguir esse consenso, deve abster-se de tais radicais mudanças.
O facto de existir uma maioria, não significa que os detentores conjunturais do poder, se tenham tornado os donos do País ( dos recursos e da definição das linhas mestras político-sociais em que assenta a vida da comunidade ) .
consola-me um grosso isso de a direita ter perdido as eleições e ter ganho mais um mandato para nos fazer mal.
Júlio, está criada a tempestade perfeita. Se até agora a direita mentia e inventava atirando para cima do governo anterior ou da troika a culpa da sua má governação, o pessoal cá da terra resolveu dar-lhe este belíssimo presente.
Uma pseudo-maioria que tem tudo a seu favor.
Se governarem mal a culpa é da esquerda, que não os deixa governar. Se os deitarem abaixo o Zé pagode vai dizer que foram lixados e dá-lhes outra maioria. Entretanto, os Belezas, Beléns, Seguros, Brilhantes, Silvas, Gamas e muitos outros afiam as facas para o assalto ao poder e destruição final do que continua a ser o maior partido português.
Olá Olinda, como tem passado ?
Realmente, essa coisa dos ganhadores perdedores e dos perdedores ganhadores está a causar-me irritação .
Na verdade, quem ganhou, não tem maioria no Parlamento, e quem perdeu, tem-na mas não chega a acordo para governar em conjunto .
Uma solução – que implicava um PR com peso e talento, coisa que não temos – seria um governo de iniciativa presidencial, que acolhesse vários partidos e um consenso amplo.
Ora, a experiência do passado, ensina-nos que tal coisa é quase impossível.
Basta ver os vários governos de iniciativa presidencial do general Eanes, que foram inviabilizados pela cegueira e ambição político partidária de Mário Soares, Sá Carneiro, e Freitas do Amaral, os chamados ” founding fathers ” ou pais fundadores da democracia portuguesa – eu chamar-lhes-ia antes, atento o facto, e com melhor propriedade, os pais fodedores, desculpe-me a grosseria .
Cercado por fora e traído por dentro o PS não conseguiu o milagre de superar a coligação, mas se se olhar bem para os números, e ainda não se disse quantos os deputados do PSD e quantos os do CDS, vê-se que o PS não está derrotado e não estará se António Costa não se furtar à luta como penso não se furtará.
em politica raramente há milagres.com uma estrategia errada,por tambem renegar o passado,aceitando a narrativa da direita. só podia dar nisto. futuro não vai ser fácil,com a extrema esquerda com pressa de ir ao pote novamente.o ps tem que ser muto assertivo nas posiçoes que toma.costa tem tres meses para mostrar no parlamento o que vale.a sua liderança tem que ser monotorizada por um grupo competente.uma só cabeça a pensar só pode dar merda. aquele ultimo debate (sic noticias) em que participou ,louça silva pereira e mais dois cujo nome não recordo, foi fatal parao ps,quando louça termina falando dos despedimentos perguntando a silva pereira se havia necessidade de na lei dos despedimentos o ps meter aquelas palavrinhas que ele citou. um momento televisivo simplesmente arrasador.
nota. se o ps entrar a matar com uma oposição tipo “terra queimada” a direita depois de dar os respectivos rebuçados,demite-se e ganha por maioria absoluta.julgo que isto já aconteceu.
Mas vamos lá a saber ó pessoal da direita arrogante, trauliteira:
1ªP – Afinal quem é quer perdeu 25 deputados na AR?
– R: O PàF.
2ª P – Afinal quem é que aumentou em 24 o número de deputados na AR?
– R: O PS 12), o BE (11), o PCP(1).
3ª P – Afinal quem é que passou de 3º para 4º partido com representação parlamentar?
– R: O CDS da Coligação PàF
É um bocado indigesto não é? mas é assim.
Ó Corvo Negro, como consegues contabilizar os votos do CDS ?
Cá para mim, tenho que o CDS, caso se tivesse apresentado sozinho a votos, teria para aí uns quatro deputados eleitos.
Ó fífi, a extrema esquerda com vontade de ir novamente ao pote ?
Mas quando é que a extrema esquerda foi governo ?
Quando é que foi ao pote ?
Nem ao penico quanto mais ao pote .
E acrescento ao meu comentário das 10:33:
Se não for a muleta do PS na AR os PàF nem orçamento retificativo para 2015 vão conseguir aprovar.
Espero que a Direção do PS tenha o bom senso de não o “chumbar”, e que saiba tirar desse ato os respetivos dividendos políticos demonstrando sentido de responsabilidade, sim, mas demonstrando também ao eleitorado que não confunde sentido de estado com a propaganda barata e mentirosa da direita, que agora vai ter que piar mais fino e demonstrar com atos e consequências a sua propagada.
Fífi, isso aconteceu aquando do governo minoritário do Cavaco Silva.
A iniciativa de derrubar o governo foi do PRD.
O mais irónico de tudo, é que no seguimento do derrube, o Cavaco ganhou a primeira maioria absoluta, com fundamento no bom desempenho governativa, sucedendo que tal êxito governativa, se deveu principalmente, a iniciativas legislativas do então PRD .
Ó Pimpampum. Não és novato, nem por aqui, nem em análise politica. Essa pergunta vinda de ti até parece irreal.
Então não sabes que as coligações se dissolvem após o ato eleitoral?
Então não sabes que os deputados são eleitos pelos lugares que ocupam nas listas?
Então vai ver os dados finais (na emigração o CDS nunca elegeu deputados) e vais ver quantos tinha e quantos elegeu agora. Cumprimentos.
Eu tenho que, para mim, um dos vencedores da noite foi a Comunicação Social.
E parece que já lá vem um outro canal. Pareceu-me ver a imagem de José Manuel Fernandes ligado a este canal. Mas pode ser impressão minha….
Sim, mas isso sucedeu porque se apresentou coligado com o PPD. Beneficiou da boleia. Caso tivesse concorrido sózinho, provavelmente estaria agora atrás do PC.
Eis que estamos de volta a 2011.
Tem agora o PS a oportunidade de espremer o PaF até onde quiser.
Se calhar até é melhor do que ter ganho as eleições.
Mas, claro, não pode ser com a estratégia com que foi conduzida a campanha eleitoral.
Se é que se vai aprender com os erros.
Bem, eu cá no meu microcosmos, que é até onde a vista alcança só vejo cada vez mais estabelecimentos comerciais a fecharem, donde, cadê a recuperação económica ?
Sucesso no sector das exportações ?
Com a hotelaria a entrar nas estatísticas do sector como exportações, talvez, agora no sentido tradicional do termo, isto é, com mais indústrias a aparecerem e mais postos de trabalho associados criados, não estou a ver .
Noto algum retorno no sector da construção civil mas é na área do restauro e recuperação de imóveis antigos – não tenho a certeza mas parece que as autarquias contribuem até 90 % .
Assim sendo, é uma muito discutível discutível recuperação económica, no mínimo, está sujeita a factores conjunturais e exógenos, que é o caso do turismo, e limitados no tempo, caso da recuperação de imóveis .
Se o PS tivesse ganho uma maioria relativa nestas eleições, a situação seria quase a mesma do que com este resultado. O PS seria encarregado de formar governo, mas teria que negociar com a direita ou com a esquerda, exactamente como agora também vai ter que negociar. Em ambos os casos a dificuldade da negociação seria muito grande. O que faria grande diferença para o PS, seria uma maioria absoluta, mas há muitos meses que se via que não a iria conquistar.
O que é inteiramente novo na sequência deste resultado eleitoral é que a coligação de direita diz que vai governar… com um parlamento de esquerda, o que é impossível e absurdo. Nunca aconteceu em parte nenhuma do mundo!
Os idiotas que foram ontem à TV regozijar-se da “vitória” da direita estavam em flagrante negação da realidade. Não se deram conta que a campanha eleitoral já tinha acabado. Não quiseram aceitar o resultado das eleições que tinham escarrapachado à frente do focinho, porque dão como garantido que o PS nunca fará qualquer espécie de acordos com os partidos à sua esquerda. Ora isso não depende da coligação de direita, depende sim do PS, do BE e do PCP. E não há nenhum papão inventado pela direita ou pela comunicação social de direita que possa impedir o PS, o BE e o PCP de concluírem entre si acordos que viabilizem um governo que não seja de direita.
Ao contrário do que sucedeu no passado, desta vez o PS, o BE e o PCP vão ser confrontados diariamente na Assembleia da República com a sua tradicional desunião diante da direita. Todos os dias vão ter que fazer essa escolha diante do povo português: apoiar o governo de direita e permitir que ele se mantenha no poder ou, pelo contrário, recusar o governo de direita e apresentar uma alternativa de governo ao país. Agora não vão poder escapar, como no passado foi possível, a essa escolha. Se a direita continuar a governar nos próximos anos em Portugal, será exclusivamente por vontade da maioria de esquerda que a partir de agora existe no parlamento.
O PS pode também negociar à sua direita, especialmente se não conseguir chegar a lado nenhum com a sua esquerda. Pode deixar passar na AR o programa de governo da coligação, pode deixar passar na AR o Orçamento da coligação, etc, mas impondo à coligação uma série de condições prévias. Se a coligação não aceitar, que se demita!
Malta e agora para acabar com o resto do PS, vem aí o combate : Nóvoa vs Belém , em quem apostam ???
«A direita perdeu as eleições», caro Júlio ?!
Sabe, eu penso sinceramente que este tipo de raciocínios enviesados que vc aqui ensaia, só serve para uma coisa: para que a esquerda continue a perder eleições!
Esta minha conclusão assenta numa constatação óbvia: enquanto a direita procura o menor denominador comum que os possa unir, a esquerda só se guia por “grandes ideais”. O resultado está à vista: enquanto os primeiros conseguem implementar as suas politicas, os segundos efabulam em redor “vitórias morais”, como vc faz neste seu texto.
Graças à capacidade de três indivíduos ( Cavaco, Passos e Portas )deixarem de lado os ódios de estimação que nutrem uns pelos outros e tudo o mais que os divide para se unirem em torno de um projecto de poder, a esquerda vai ficar mais uma temporada a cantar oposições, mas sem conseguir implementar uma só das suas politicas. Mais: no dia em que resolverem coligar-se negativamente para puxar o tapete ao governo minoritário da direita e precipitarem eleições, estarão a estender o tapete por onde a direita irá alcançar nova maioria absoluta, pois o povo não é parvo e não gosta de desgovernos.
Portanto, para sermos sérios, caro Julio, a única coisa que hoje devíamos fazer seria esbofetear a esquerda até que nos doessem as mãos. Não o Costa, a Catarina, o Jerónimo, ou nem sei mais quem. Mas todos e cada um dos ditos de esquerda, transformados em idiotas úteis aos desígnios de poder da direita.
Ó CORBO, Ó CORBO,
não te esmifres em contas, pá…atãoe, quem ganhou foi o PS pá…E se o candidato tibesse sido o Scolari, o gajo ia dizer que ganhou com maioria absoluta, pá.
Caramba, estes gajos em vez de PENSAREM como governar para TODOS os portugueses, investem no número de deputados. ESQUERDALHA!
E a BURRA dizia que ia dar com o pau nos costados de alguém…que foleira de personagem. São gajas como tu que ENVERGONHAM o touni pá. O homem é educado, não é de alardes sociais, e VOCÊS seus marrecos, preferem denegri-lo e idolatrar o gajo que está a ser investigado pela Justiça.
Ó Rocha, porque é que você chama “coligação negativa” a uma possível coligação entre os partidos que ontem ganharam a maioria absoluta do parlamento?
Nós estamos agora é perante um governo “negativo”, que julga que pode governar à direita contra um parlamento de esquerda.
E não me venha com conversas sobre o povo, porque o povo não lhe passou a si credenciais para falar em nome dele. O povo votou ontem!
MRocha, quem consegue emitir esse comentário, demonstra bom senso, o que está a fazer nesse lado ???
«Nóvoa vs Belém»??
O Nóvoa – é nódoa, mas reúne os requisitos de PETER.
A Belém é falsa. Come com Cavaco, só que este deixa cair as migalhas à frente da TV, aquela joga por trás.
( Conheci e não gostei. )
Caro Julio,
Não tenho credenciais para falar em nome do povo, mas tenho olhos na cara: ontem, quase metade do povo teve mais que fazer que ir a votos! Cerca de 4 milhões de tugas estão-se nas tintas para a politica e vc acha mesmo que isso nada tem a ver com a falta da credibilidade da esquerda para criar soluções republicanas de governança ?!Claro que tem toda a liberdade de cultivar os equívocos que quiser, mas gostava muito que me esclarecesse o que ganha a esquerda com isso….
Campus,
O bom senso não é propriedade da direita, se bem que não me custa nada admitir, lamentando-o, que o tem sabido usar muito melhor que a esquerda.
Caro MRocha, essa conversa sobre a abstenção aparece sempre em quem fica chateado com os resultados.
No seu caso, muito chateado e muito confuso…
Disse um
«ontem, quase metade do povo teve mais que fazer que ir a votos! Cerca de 4 milhões de tugas estão-se nas tintas para a politica »
Ora…ora…eu NÃO VOTEI e não me estou nas tintas para a política! Contudo, espero VER os abstencionistas num futuro próximo fazer o DESENHO – « NÃO QUEREMOS MAIS AS MESMAS MOSCAS» – à cambada de MEDIOCRES que ocupa o parlamento, e que CONVENCE outros tantos mediocres a votar neles, ao ponto de regatearem quem ganhou, não ganhou, teve mais deputados, etce, etc.
Mas mal por mal, ainda bem que a ESQUERDA não vingou….
Resta a Passos Coelho continuar a mentir sobre a “retoma” e a reposição dos cortes e da sobretaxa, pois não conseguirá ver o orçamento viabilizado de outra forma. Entretanto o seu maior aliado, Wolfgang Schaüble, irá querer algum retorno do seu investimento — ruinoso, a prazo — na desgraça da Grécia. De um rápido retorno ele precisará, pois a Grécia está em contagem decrescente para o incumprimento e quem sabe que mais.
Certo é que a chantagem aos gregos, bem como o folhetim mediático em torno da prisão de Sócrates, salvaram o PSD de uma derrota humilhante. Por outro lado, a Alemanha necessita de continuar a iludir o seu próprio eleitorado, pois as elites alemãs irão para a ribalta, e pelos piores motivos, a partir do momento em que o cidadão alemão compreenda a irresponsabilidade que foi a construção desta Zona Euro.
Deverá agora temer o PSD que a “solução” encontrada para o problema grego consiste em empurrar com a barriga para a frente, o que mereceu de Alexis Tsipras o mesmo comentário que Galileu emitiu, quando o tribunal da inquisição o obrigou a retratar-se:
— Porém, a verdade não é aquilo em que vocês acreditam.
O problema do PSD é mesmo esse: a verdade, sobre a economia, as finanças do país e a sua adesão ao euro não é o quadro que o PSD pintou e irá continuar a pintar, durante e após a campanha eleitoral.
Caro Julio,
“Muito chateado” com os resultados é dizer pouco. A expressão certa é “todo fodido”. Fodido com todos os que, reivindicando-se de esquerda, não se conseguem unir em torno dos valores fundamentais da esquerda como projecto de poder.
“Muito confuso” tb não é a expressão certa. A expressão certa é “completamente baralhado dos cornos”, pois não me entra como é que há esquerdista como vc que têm a lata de vir cantar vitória apenas porque marcamos um golito em mais esta derrota que acabamos de sofrer.
@Júlio
Deixa-os, por ora, ficar no governo, embora devidamente fiscalizados pela AR. Uma coligação de esquerda seria alvo do mesmo tipo de chantagem com que os gregos foram contemplados. Nesta situação, de juros baixos e de capital a fugir das economias emergentes para o Ocidente, os alemães — dispondo de enorme abundância de capital — sentem-se fortes para coagir os países periféricos. No entanto, não há nada de estável nesta situação. Temos hoje dívida subprime — como a do Estado português — a ser avaliada, pelos mercados, com uma taxa de juro de 2%. Ora 2% é um prémio que não cobre de todo o risco, neste caso. Isto significa que a Europa está no centro de uma bolha especulativa, e que a presente situação favorável não se irá manter para sempre.
Até lá, a hora do PS ou da coligação de esquerda irem para o governo não chegou. Se olharmos para exemplos de reestruturação de dívidas, verificamos que é muito mais fácil negociar com os credores quando os mesmos estão debaixo de uma crise de liquidez. Há então que esperar pela próxima crise financeira.
Até lá, há que insistir com o governo para que se financie nos mercados e pague a dívida institucional (em especial, a dívida ao FMI) o mais rápido que puder, pois assim o nosso poder negocial aumentará.
joaopft
fiscalizar o governo, insistir com o governo que pague a dívida ao FMI e poupar-se a queimaduras no governo…
Muito bonito, mas irrealizável. Não estou a ver como é que o governo da direita se vai deixar conduzir pelo nariz, abandonando os seus planos de extinção do sector público, de roubo das pensões e ordenados, de privatização da segurança social, etc. etc. Por isso, se for essa opção do PS, vamos ter em breve uma crise aberta, em que regressa à mesa a alternativa de um entendimento à esquerda. O parlamento vai estar aberto de segunda a sexta e até podem fazer horas extraordinárias se for preciso… Todos os dias os deputados de esquerda se vão perguntar porque não mandam o governo de direita às urtigas.
O gajo de Boliqueime daqui a pouco tempo perde a faculdade de dissolver o parlamento. O PS deveria apoiar um bom candidato a PR, que ainda não vi. Vai ser preciso um PR com os tomates no sítio e que tenha os votos de toda a esquerda. Não vamos lá com pastéis de Belém. Eu apoiaria o Carlos César.
A direita espera desforrar-se desta derrota com a eleição do Marcelo. É a sua grande esperança neste momento.
ehehehe o Carlos César….LOL. Eh pa desde que não o mandem prós Açores. a mulher apoia-o ( na verdade, até parecia ser uma senhora)… Ela prefere avida lisboeta…e gosta de viajar…