Os Tilly And The Wall são um dos segredos mais bem guardados da música do novo continente. Entre as inúmeras virtudes destes meninos, conta-se a curiosidade de a percussionista da banda, Jamie Williams, ser uma bailarina, isto é, ela substitui a bateria pelo som amplificado do seus sapateados e palminhas (o que, convenhamos, faz todo o sentido e apenas fico surpreso por ninguém se ter lembrado disto antes). Mas o que realmente faz dos Tilly And The Wall uma das minhas bandas favoritas é o facto de produzirem a música mais boa-onda e bem-disposta do planeta. Agora, quando um rapaz chamado Kinga Burza (Ungashaka! Ungashaka!) se junta a esta malta para realizar o vídeo de «Sing Songs Along», o resultado não é apenas uma desbunda de som, imagens e euforia, mas um dos objectos mais belos e rejuvenescedores que já vi na minha vida (e vocês sabem que não sou gajo para exagerar nestas merdas). A sério: da próxima vez que se sentirem em baixo ou tristitos, esqueçam lá o Red Bull (que é um beneno) e afinem os sentidos para esta pequena maravilha.
Uma versão do vídeo com maior resolução (Quick Time) pode ser vista aqui.
«beneno» é lindo. falta por aí um T, mas não vou dizer onde.
Tens a cereza?
assim não vale. não podes subsituir os tês com os de outras palavras.
Já me puseste bem-disposto, menino, são giros.
Sininho eskulpa lá ter atravancado a Ota mas andava com enxaqueca a esse propósito.
Adorei. E o sapateado como percussão é uma bela inovação.
A música não me leva ao altar, a bonita alegria sim.
Primito, eu posso estar enganado, claro, mas volta a ouvir isto dentro de alguns dias. It’s a grower.
Sim, não duvido. Mas não há uma segunda oportunidade para uma primeira impressão. De resto, a música é muito agradável, é “feliz”, apenas não estando perfeitamente sintonizada com o meu gosto. Como vês, sou um burro a olhar para um palheiro.
Era a Duras que dizia isso, não? Olhos azuis, cabelo negro, écharpe de seda negra, catrapum! Mas eu voltei a gostar de ver… ou será que gostei de voltar a ver?
Py, a Duras também dizia “Moderato Cantabile”.
ein kpk! Não havia como a Duras para me deixar triste, mas era tão belo que não resistia, aquele ‘não há uma segunda oportunidade para um primeira impressão’, pareceu-me lembrar que tinha lido nela, e também na Agustina. Ando curioso a pensar que se calhar: ‘não há primeira impressão para uma segunda oportunidade’ :)(?)
É uma das minhas escritoras preferidas. Escrita límpida ou como se como se pode fazer muito bom com o aparentemente muito simples.
‘não há uma segunda oportunidade para um primeira impressão’ / ‘não há primeira impressão para uma segunda oportunidade’
Isto dava uma dissertação filosófica sem fim.
A Duras atirou-me contra uma parede, e depois um abismo, que eu nem sabia que existia: a tristeza irreparável dos desencontros irreversíveis, fatais. Mas agora não é tempo de Duras, tenho que voltar a ler a ‘obra ao negro’, depois de recomprá-la, porque dei já nem sei a quem. E entretanto leio o Átila.
LOL. Eu ando metida nas tragédias gregas.
Essa agora! Claro que há 1ª impressão da segunda oportunidade…
A minha 1ª impressão sobre este assunto é que tu tens razão, Valupi.
Então, se me permites uma segunda oportunidade, claudia, também eu te dou razão.
mas as oportunidades vêm numeradas? pensava que eram apenas isso: oportunidades…
Tá de chuva! Numa segunda impressão para uma primeira oportunidade, ao menos o carro ficou lavado.
Viva a alegria.
E viva a alegria três vezes!