Luísa Dacosta ou o sal das lágrimas (com um pastel de Maria Mendes)
Na solidão de uma tarde feia e triste salvou-me o livro de Luísa Dacosta (n. 1927) intitulado «Na água do tempo» (Quimera Editores). O que me fascina na escrita de Luísa Dacosta não é apenas a fusão feliz da Natureza e da Cultura. Neste diário de 1948 a 1987 pode ler-se a ideia de um compositor como Beethoven («Não há regra que não possa ser quebrada por amor do mais belo») ao lado de um registo da presença da chuva: «Chove. Chove. Chove. Acabou-se para sempre a esperança do sol. Tudo tem um ar desesperançado, de braços caídos ao longo do corpo». A escrita desta ilustre transmontana (Vila Real) faz lembrar Maria Lamas, Irene Lisboa, Raul Brandão ou António Nobre porque mesmo a sua prosa é sempre poesia. Vejamos:
«Somos ânsia e memória – é o que em nós fica e nos estremece. Memória somos, até de pedras. Memória de cidades, perdidas, que nos habitam, como rostos. Esfumadas numa névoa leitosa que os crepúsculos ou os néons tornam rosa e mel, permanecem no perfil das suas torres, tocadas de luz ou no recorte dos telhados, lavados pela chuva. Nos cunhais, ressumam as nossas próprias dores que se perspectivam em linhas entrecruzadas a perderem-se fundo, íntimas: a estrutura das janelas, cega pelo sal das lágrimas». Mas isto sem esquecer que a escrita não se fecha no seu «eu» porque se abre ao seu mundo e ao seu tempo colectivo:
«Estive a ler as fichas que fizeram para mim, para que mais se criem entre nós malhas de relação. Quem são os meus alunos? Os filhos de professores, engenheiros, arquitectos, médicos, são raridade. Vão para as secções liceais. Ainda há destes racismos que encontram apoio onde ele é mais condenável. Muitos, a maioria, são de bairros pobres e operários da cidade. Muitas das mães não sabem ler. Outros são de longe.» Obrigado, Luísa Dacosta!
Curioso, este “post”. Tenho o livro da Luísa Dacosta, oferecido pela Maria Mendes, uma grande amiga de Amsterdão. Duas grandes mulheres, uma escritora e outra pintora, esta falecida em 2009, em Vila Praia de Âncora.
olha que numa tarde feia e triste ler o fim da esperança do sol deve ser de cortar os pulsos. sem retirar, obviamente, o mérito à Luísa Dacosta. mas se resultou, melhor, talvez pela parte em que o amor quebra regras.:-)
(o pastel é muito feio, sem sal, não leves a mal, ou se levares tem paciência, um mamarracho.)
Obrigado aos dois pelas leituras mas já agora uma palavra só para dizer que escolhi a reprodução do «pastel» porque não fazia sentido a capa do livro. É antigo e não pode fazer lote nos «livros da semana»
e já agora agradece-me tamém que tive uma paciência do escafandro para ler até ao fim mais este exercício de vitimização dum parolo da benedita desprovido dos mínimos de bom senso e inteligência, que não perde pitada para abanar complexos de inferioridade e traumas de infância. foda-se! não lembrava ao caralho mais velho ir buscar estas duas respeitosas senhoras para avalizares as tuas teorias pananóicas de racismos liceais, mete mazé na cornadura que se tivesses andado num colégio de freiras suísso o resultado era o mesmo porque o teu problema é mental. pede desculpa às senhoras antes que uma te processe e os herdeiros da outra te mandem à merda.
oh bécula! só dizes asneira, põe canela no olho do cu que passas a ver a gioconda.
ah! pois… temos mais um a armar ao pingarelho
só para dizer que escolhi a reprodução do «pastel» porque não fazia sentido a capa do livro
Ó pazinho, se não fazia sentido a capa do livro, pá, punhaze ali uma poesia tua, meu, atão, não és tue que dizes que a poesia dá sentido ao que não tem sentido? Claro está que nos empaturrabas com mais uma nonsense da tua parte, não ponhaze canela no olho do cú kés capaze de gustare e ainda pensas que há quem vá lá exprimentarte, pá. respeita lá a canela, quela foi feita pró arroz dosse, mas podes por pó de talcu, pra o abono de família pá, não xeirare male.
Eça mania que tenze pá de te armares em intelectuale, pá, ó pá se keres ir pur aí, tens de fazer uma plástica, fogo, até o gajo da mériline mónroi, cagora num malembra o nome, era feio como a segunda feira, mas não impurtava, puqre o gajo escrevia bem, agora tu.
tou-te aber, lá nas águas furtadas, com um lápis na mão pra num gastares caneta, borraxa ao lado, a tentar escrever sobre a última mija da nuvem, cumpletamente desconcentrado a pensare se a infiltração te istraga a hoover e com um olho a ber se te cagam o citrohein.
ó rui, pazinho, atão fostes lá ao bairru bermelho, lá em amsterdao, olha parece que tenze muitas afinidades com o D. caralhete joaquino. ele tamém cunhesse bué da malta lá, deve sere atrabés do feicebuque. Eu já tibe em schipole, pá, e tu?
Olinda e Rui vejam que por outras palavras lá está o célebre «os filhos dos motoristas não vão para o Liceu»
Ibu,
Gosto da tua escrita, pois lembra-me um portuga ganzado que conheci em Amsterdão. Não serias tu? Para além do “bairro vermelho” e de Schipol, o que é que sabes mais?
burro vermelho és tu. bota guronsan no depósito da mota que baixa o nível de ruído e previne a caganeira cerebral estimulada pelos metasulfitos que andas a chutar prá veia cómica.
oh xico! parece que os teus fans se estão cagando para filhos de motorista, a bécula tá mais virada prós salgadinhos e cortes de pulsos e o lambrettas pró glamour cultural de amesterdão, só te safas no sindicato da carris.
ó lambretas pá, só agora dei pela tua vespa pá, veiculo de maricons, meu, ó pa ganzado andas tu, mas compras aos chineses e essa merda não te dá para mais pa. os buracos da minha pena foram feitos pela obra de Santa Ingráciam pazinho, e não preciso do teu desintupidor de pó barato prabrir cavernas. ó pa, eu tamém conhesso aquele aeroporto lá em Londres, fogo, o icerou, tás a bere e cunheço o charles da gole, ó meu, mas não boue a ber as gajas da montra, carago, prefiro ir aos muzeus, garaças ao bom deus ainda não encontrei por lá uma estátua de cera do caralhete, mas acho que já te bi a ti. tabas borrado de medo duma gaja com salto alto, nesse dia esqueceste.te do iscadote.Ó lambreta, poe o brasso direito por baixo do isquerdo e e faz um manguito, depois corre para o espelho e olha pra ti. se puseres o po de arroz bermelho da tua bizinha na trombinha, aí pareces o clone do zé da taberna, o gajo dos fiados. manda aí uma expusizaoe, pá, tÔ mesmo com bontade de te afifare pazinho. bê la se atinas e não pegas pelo ladu erradu, pázinho.