A única verdade sobre o Brasil-Portugal de 1966
De vez em quando, sempre que se fala de Mundiais passados, aparecem por aí umas parvoíces escritas e faladas sobre o Brasil-Portugal de 1966 em Inglaterra. Uns não se lembram, outros fingem que não sabem, outros ainda não tinham nascido mas uns por ignorância e outros por má-fé lá repetem que Pelé foi «lesionado» por Morais no dia 19-7-1966. Mas é mentira: Pelé já estava lesionado desde 12-7-1966 por Voutsov no jogo com a Bulgária e, por isso, não jogou em 15-7-1966 com a Hungria.
No livro «O anjo pornográfico» de Ruy Castro sobre vida e obra de Nelson Rodrigues está tudo explicado. «Mário Filho pôs sua fé inabalável dentro da mala e foi para Londres ver o que veteranos como Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Garrincha e Pelé e os novatos como Gerson, Tostão, Jairzinho, Silva e Alcindo iriam fazer durante o tri. No primeiro jogo contra a Bulgária, no dia 12-7-1966, Pelé e Garrincha fizeram 2-0. O jogo seguinte, três dias depois, contra a Hungria, trouxe o escrete à dura realidade. A derrota por 3-1 revelou um time velho, desentrosado e medroso. Restava o terceiro jogo, decisivo, contra Portugal no dia 19. Até Mário Filho esperou pelo pior. Aymoré Moreira, o treinador (apelidado de Biscoito) trocou nove jogadores na véspera da partida e botou-os em campo. Alguns foram apresentados uns aos outros já com a bola rolando. O Brasil perdeu de novo por 3-1, o que significava pegar o boné e voltar para casa. A cada golo português o comentador Hans Henningsen (o marinheiro sueco) sentado ao lado de Mário Filho, via-o desmoronar. Dois meses depois, já de volta ao Rio, Mário Filho estava morto aos 58 anos». Fim de citação por hoje.
J.C.F.
Lembro-me desse jogo. Pelé, entrou em campo lesionado, aliás era o único recurso do Brasil para alcançarem o apuramento, o que eles não contavam era com a classe dos portugueses. Depois refugiaram-se nessa mentira, não quiseram assumir-se como uma selecção de velhos. Tudo tem o seu prazo.
Aproveito também para enviar uns versos do meu S. C. Freamunde que, ontem comemorou setenta e oito anos. O verso é referente ao maior ídolo de sempre do meu clube, João Taipa. Tanto no futebol, como na sociedade, foi e é um senhor. Foi distinguido pela Federação Portuguesa de Futebol, com a medalha de Mérito Desportivo finais do ano sessenta. Hoje, com oitenta e oito anos, contínua a ser um senhor.
Segue uma ilustração versada e musicada do Livro Pedaços de Nós que eu transformei em vídeo.
Obrigado amigo Pacheco, já vi e ouvi o «you tube» respectivo. Parabéns pelo excelente trabalho. Um abraço JCF
Só falta explicar que Mário Filho, jornalista e pessoa cujo nome é o do estádio do Maracanã, foi irmão de Nelson Rodrigues e que o livro que eu cito é a biografia de Nelson escrita por Ruy Castro – o mesmo que ecreveu o magnífico livro sobre Carmen Miranda.
e outros culpam o bom do Vicente…
há de tudo, JCF, é como na farmácia…
«…foi irmão»?! ERA irmão, se fachavor!
Morreu em 1966 e tu também não estás cá a fazer nada, calhamaço!
Não deixou de ser irmão, apesar de ter morrido. Por isso se diz ERA irmão e não FOI irmão, como tu dizes. E ainda tens a lata de contestar. Isto nem precisa das tuas enciclopédias, devias ter aprendido na tua velha escola primária. Ainda por cima, és ordinário ao ponto de agredir verbalmente quem te corrige. Nem ao nosso pior inimigo se deseja a morte. Diz-se de «mulher ou homem pragajadeiro que a praga lhe caia em cima». Tem cautela, pá, que o povo sabe aquilo que diz…
Ó grande calhamaço e tu pensas que me «corriges» mas pensas mesmo? Vai-te embora! Vai apertar o pescoço ao pato!
jcfrancisco
Jan 26th, 2011 at 16:29
Admiro muito o Ruy Castro e conheço o livro – por isso coloquei aqui a capa. Mas escrevo Cármen pois é assim em português e é assim que está na Larousse. Ele no livro também escreve os nomes dos meses com caixa baixa e eu não. Admiro o senhor e o seu trabalho mas não escrevo como ele…
jcfrancisco
Mar 20th, 2011 at 13:40
Só falta explicar que Mário Filho, jornalista e pessoa cujo nome é o do estádio do Maracanã, foi irmão de Nelson Rodrigues e que o livro que eu cito é a biografia de Nelson escrita por Ruy Castro – o mesmo que ecreveu o magnífico livro sobre Carmen Miranda.
Este consegue contradizer-se ainda mais do que o nosso PM.
Isto de na internet ficar tudo gravado devia ser proibido, dá cabo da imagem às pessoas.
Ó Tubarão e o que é que o cu tem a ver com as calças? Não me venhas com tretas, arranja algo de substancial, por favor.
Tem tudo a ver e não te faças de novas. Aceita o teu erro, pá! Se tiveres um irmão e ele morrer, deixa de ser teu irmão? dizes: «ele FOI meu irmão», ou dizes «ele ERA meu irmão»? Afinal, és tu o analfabeto, e não quem te comenta, como costumas dizer. És mesmo uma desgraça de cretinice e de refinada parvoeira. Tem tino, pá, e sê humilde ao ponto de aceitar que erraste; só te ficava bem… O Manuel Alminhas tem razão ao apontar a tua contradição. E o shark também; para tua vergonha, pá!
Qual cu, o que leva assento ou o outro?
É a palavra Carmen, escrita por ti duas vezes e de modo diferente. Ou a palavra não é a mesma?
Há limites, caro JCF, para a arrogância e nessa matéria dificilmente me dão lições pelo que te digo que esse registo indignado já não cola quando, não sendo assim tão perfeitos, nos vemos apanhados em contradição.
Afinal é Cármen ou Carmen, em que ficamos?
vocês são um espanto, conseguem encontrar contradições, até mesmo no nada.
o JCF diz mal do livro no primeiro parágrafo? apenas diz que escreve de maneira diferente de Ruy Castro, tal como a maior parte dos brasileiros escrevem de forma diferente dos portugueses. e utiliza a Carmen com acento e sen acento como exemplo.
Espantosa é a lata necessária para defender o indefensável como se a razão fosse uma espécie de Sporting-Benfica, Luis Eme, inventando argumentos para defender, na prática, o autor e não a razão que, neste caso, nem lhe assiste.
Já pugnei pela razão do JCF e ninguém desautorizou a minha argumentação nessa altura.
Mas ou optamos pelo exercício da inteligência ou nos acomodamos às palmadinhas amigáveis nas costas da malta amiga, sem olhar a razões.
Define tu as regras do jogo, a ver se todos percebemos, no mínimo, o que está em causa nestas controvérsias pontuais que, de resto, têm proporcionado alguns dos melhores momentos deste blogue.
E chamar as coisas pelos nomes é um exercício de sinceridade porreiro, pela raridade.
porque será que alguns comentários foram apagados?
Shark,
apenas me referi aos dois comentários escolhidos pelo “manuel alminhas”.
e não encontro qualquer contradição.
escreveres de maneira diferente de um autor brasileiro, faz com que o respeites menos como autor, ou menorizes a sua obra?
se encontras, explica-me tu.
admito desde já as minhas possíveis “limitações”.
JCF não precisa de palmadinhas nas costas, da mesma forma que não necessita de ser constantemente insultado (mesmo que algumas vezes se meta a jeito…), Shark.
Concordo em absoluto com a tua última frase, mas nem nessa matéria do insulto o JCF fica a perder seja com quem for, só não vê quem não quer.
E quanto ao assunto propriamente dito, repara no facto de o JCF ter feito finca-pé numa determinada forma que é a sua opção (algo em que já colidimos noutra ocasião e eu provei-o errado e nem assim deu a mão à palmatória) e acabar por utilizar a outra.
Tu sabes tão bem como eu o que está em causa. Nada me move contra ele e já exprimi os meus pontos de discórdia e de antes pelo contrário, mas da mesma forma que intervenho contra quem ataca sem nexo sinto-me no direito de o fazer quando os da casa se excedem nas suas intervenções.
Apenas por uma questão de equilíbrio, precisamente aquele que o JCF se recusa abraçar.
Eu deixo a Carmen de fora (na altura lembro-me de intervir), para me situar, mais uma vez, neste post. O jcfrancisco confunde o verbo IR com o verbo SER. É imperdoável! E continuo a apoiar o shark: este tipo nunca «dá a mão à palmatória» – mesmo sabendo que está errado e que só lhe ficava bem admiti-lo. As «palmadinhas nas costas» também já aqui foram focadas. Mas ele prefere, há falta de melhor…
à falta de melhor…
E também há falta de melhor, Edie, mas afirmo já aqui que seguramente isso não passa por ti.
(Este foi um elogio despropositado e montes de rebuscado para digerir a uma segunda-feira à tarde, eu sei, mas estas coisas saem-me assim e eu atinei contigo e olha, prontos, mal não faz…)
:)
Mesmo que haja 99 erros e 1 coisa certa a coisa certa não deixa de o ser. Escrevo Cármen porque assim aprendi e já não tenho idade para aprender de outra maneira. POr acaso vem na Larousse mas não é por isso. No outro dia fui buscar o livro para mostrar quem era o autor e copiei (mal) o nome da brasileira de Marco de Canaveses. Mas copiei do livro. vocês são mesmo maus. O que está em causa no post é a ideia falsa de que Pelé foi lesionado no jogo com Portugal em 19-7-1966 quando ele foi lesionado por um búlgaro em 12-7-1966. Não me tentem lixar.
Eu não estou a tentar lixar-te.
Nem tencionei ser mau, apenas havia uma incongruência que agora ficou explicada e assim é que deve ser, porra…
shark, o elogio da segunda à tarde só me chegou na segunda à noite, mas acredita que estava mesmo a faltar.Foi propositadíssimo :)
Então o meu prazer duplicou. Pela iniciativa e agora também pelo resultado que obteve.
;)
“…O que está em causa no post é a ideia falsa de que Pelé foi lesionado no jogo com Portugal em 19-7-1966 quando ele foi lesionado por um búlgaro em 12-7-1966. Não me tentem lixar…”
E no entanto, a terra é que anda à volta do sol… Isto é, O Morais não deu 2 cacetadas seguidas no Pelé que o arrumou de vez? Ou seja podemos ou não separar os dois momentos: um 1º em que o Pelé estava a jogar, ainda que condicionado por lesão anterior, até à intervenção do Morais e um outro em que o Pelé ficou ao pé coxinho depois dessa jogada?
O Pelé já estava arrumado desde 12 e por isso não jogou com a Hungria em 15. O treinador brasileiro colocou 9 jogadores novos na equipa em 19. Questão de cronologia…