Proença-a-Nova, o menino Diogo e as concertinas do Natal
O Grupo dos Amigos das Concertinas arrancou, a tocar um vira pelo Pavilhão Gimnodesportivo da Escola de Proença-a-Nova, de uma cabina onde estava escrito – Visitante. E não deixavam de ser visitantes trazendo no bojo do seu som, amplo e sentido, alto e antigo, uma memória que os antropólogos sabem definir e enquadrar mas que eu, simples mortal, me limito, de modo feliz, a usufruir.
Cinco concertinas tocadas por cinco homens feitos, um bombo tocado por um jovem adulto e a sexta concertina tocada por um menino (Diogo de seu nome) que já nasceu no século XXI. Tão menino o menino Diogo que precisou de uma cadeira para se sentar no palco. Estávamos no Domingo dia 19 de Dezembro, em vésperas de Natal de 2010 e o som da concertina do Diogo, misturado no som mais geral e mais amplo das outras cinco, tinha um timbre diferente. E nem era importante que a música fosse do Minho – «Tenho um amor em Viana, oh ai, outro em Ponte de Lima!» O mais importante foi a festa que irrompeu no Pavilhão onde se vendia pão, bolo finto, licores, enchidos, coscorões, filhoses, artesanato variado entre as peças de verga e de crochet, o ponto de Castelo Branco e a pureza da cortiça trabalhada.
Porque vejo nos olhos de Diogo o meu tempo de menino quando nas canções de roda ouvia cantar as meninas da escola primária ali ao lado: «Fui lavar ao rio Lima / Cheguei lá sem o sabão / Lavei a roupa com rosas / Ficou-me o cheiro na mão».
O Natal é, afinal, nada mais, nada menos do que o Diogo com a sua concertina no palco do Pavilhão da Escola em Proença-a-Nova. Sinal de que o Homem se recusa a morrer.
Frankie, pá, para este texto ter um remate mais ou menos, devias ter escrito assim:
« Bom natal a todos os aspirinicos, com votos de excelentes entradas em 2011»
Tás vendo o que tou dizendo, meu? Ora experimenta lá!
Vais ver que vimos cá todos, retribuir-te os votos sentidos.
Só para ti. Um original, feito na hora.
Para o Jotafrancisquinho
Que nos acompanha ao longo do aninho
Desejo-lhe sinceramente
Bom natal e boa entrada com uma grande pipa de vinho
Não sei se ele gosta de passas
Mas passado já ele é
Que faça mais poesias
E escritas do caraças!
Ora amadurece e toma o sabor às estrofes! Condimentadas com acúcar.
Boas festas, Poeta, para si, para Valupi e para nova aquisição.
Não, não é a do Sporting, é Isabel Moreira que infelizmente não conheço, mas vou conhecer.
E para os da minha equipa, os leitores de Aspiriana B.
Jnascimento
Meu Caro Joaquim Costa de África estava eu no caminho algures entre Torres Novas e Santarém debaixo de chuva e no meio do escurto quando vocês estavam a começar o almoço. Azar o meu. Um grande abraço. Abraço não é comentário. Safa!