Vinte Linhas 557

Carlos Pato fica um pouco mais à esquerda na foto

«O Povo reunido, jamais será» – é o título da exposição de Carla Filipe no Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira. Inaugurada em 13 de Novembro pp. a mostra pode ser vista até 6 de Março de 2011. O ponto de partida é a memória dos passeios culturais pelo Tejo acima do barco varino «Liberdade» cujo arrais era Jerónimo Tarrinca (alcunha). Na entrevista e na reportagem de 18 de Novembro em O MIRANTE, assinadas por Ana Santiago, além das perguntas e das respostas da autora da instalação, descreve-se a visita do filho do arrais do varino (José Anjos Tavares de Matos) à inauguração de exposição e referem-se algumas peças de memória do barco – bandeira, boné, matrícula.

O que me causa espécie é a lista das pessoas que viajaram no «Liberdade». Vejamos: Alves Redol, Dias Lourenço, Álvaro Cunhal, Manuel da Fonseca, Arquimedes da Silva Santos, Bento de Jesus Caraça e Pulido Valente. Nem uma referência a Soeiro Pereira Gomes, a Carlos Pato e António Vitorino.

Nesta foto (que não é a mesma da exposição) verificamos (da esquerda para a direita) as presenças de Carlos Pato, Soeiro Pereira Gomes, Álvaro Cunhal e António Vitorino. Aliás não é preciso ser um especialista em história do Neo-Realismo para saber que há diversas fotos tiradas durante os passeios culturais. Mas a expressão «No mesmo barco chegaram a entrar…» diz tudo sobre os erros e as omissões. Se esta foto não consta desta exposição, então quem prestou informações à jornalista tinha a obrigação de não esconder estes nomes – Soeiro Pereira Gomes, Carlos Pato e António Vitorino.

2 thoughts on “Vinte Linhas 557”

  1. Sabes porquê estas omissóes? Porque os comunas não são bons nem para eles próprios. Se puderem, lixam os kamaradas sem a menor cerimónia. Digo-to eu que percebo da matéria!

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