Os fotógrafos de Estaline não desistem
Por fotógrafo de Estaline tomo eu todos os que, de maneira mais hábil ou mais canhestra, procuram reescrever a História, apagando, tal como fizeram os fotógrafos de Estaline, os rostos dos que estiveram ao lado dele a saudar o povo na varanda do palácio do Governo dos Sovietes. Ainda agora nos funerais de José Saramago apareceram locutores a dizer «à janela da Câmara Municipal de Lisboa a mulher e a filha do Nobel» quando a mulher (terceira) nada tem a ver com a filha (da primeira), isto para além de terem rasurado por completo a segunda – Isabel da Nóbrega.
Um processo parecido aconteceu com José Afonso cuja fotobiografia publicada pelo Círculo de Leitores (trabalho de Irene Pimentel e coordenação de Joaquim Vieira) revela o que para muitos leitores é uma história escondida. Ou seja – José Afonso viveu em Coimbra, lá casou com uma jovem de nome Amália e lá foi pai de dois filhos no mesmo ano, um em Janeiro outro em Dezembro. Um vive em França, outra na Caldas da Rainha. Joaquim Vieira está a preparar um trabalho para a RTP e de novo se defrontou com essa tentativa de apagamento de um tempo de vida na vida do inesquecível Zeca Afonso. Outro dia revoltei-me com uma coisa parecida em Vila Franca de Xira. No largo Carlos Pato, militante anti-fascista morto pela PIDE em 26-6-1950, membro do PCP e irmão de Octávio Pato, alguém colocou uma indicação de estradas (Arruda dos Vinhos, Torres Vedras) tapando ostensivamente a placa de toponímia com o seu nome. Cada um à sua maneira todos estes pobres aprendizes não desistem e lá vão teimando na senda dos fotógrafos de Estaline.
É triste vê-lo embrulhar História com óperas de registo civil, paternidades esquecidas e vesguices de empregados da Câmara responsáveis por sinalizações “toponímicas” . A verdadeira falsificação da História, a que interessa e não é nem de colete verde nem de barreto encarnado, e muito menos de coreto, note bem, já ia lançada velhíssimos anos antes de qualquer desses camaradas terem nascido e nenhum deles se interessou por isso -quer devido a extrema ignorância, ou porque os catecismos que os orientavam não lhes permitiam.
Mas, enfim, quem é que tem apetite para se educar – consigo aqui neste tasco a arrotar à boa maneira daquela percentagem enorme do nosso povo que sabe a verdadinha toda sobre a pulga e o piolho.
Primeira parte do texto: à janela estavam, realmente, a mulher e a filha de Saramago. Era a mulher actual e legítima. É isso que conta. E se estivessem as três? Diriam os tais locutores «à janela estão as três mulheres de Saramago?!» E a filha, por ser da primeira mulher, deixa, por acaso, de ser filha de Saramago?! És, realmente, um picuinhas, uma criatura enjoativa que se dá ao trabalho chineleiro de esmiuçar e criticar, ou pôr a nu, aquilo que te interessa. O que não te interessa calas tu. A tua insistência doentia/maníaca em atacares o Saramago e de repisares o nome de Isabel da Nóbrega, necessita de hospício urgente! Que nos interessa a nós se o Zeca «…viveu em Coimbra e lá foi casado com uma jovem de nome Amália e lá foi pai de dois filhos (só pelo «estilo» devias ser proibido de escrever!) e que um vive em França e outro nas Caldas da Rainha»?! Tudo isto revela que não tens vida própria. Só a vida pessoal e íntima dos outros, a que chamas «histórias escondidas», te preenche os dias. Não passas de um infeliz. Larga o aspirina e começa a escrevinhar nas revistas cor de rosa. Aí, sim, podes coscuvilhar à vontade a vida de cada um.
Quanto ao resto, tu, um comuna assumido, vires em defesa do Zeca e do Carlos Pato, este último recentemente defendido num outro post teu…Deves estar à espera de benesses do Partido! Por acaso ainda te lembras da urna do Zeca ir apenas tapada com um pano vermelho, sem qualquer símbolo político? Dessas e de outras coisas é que devias falar. Ou achas, na tua cretinice, que nos interessa ou é importante o facto do Zeca ter tido (???), como dizes, «dois filhos no mesmo ano, um em Janeiro, outro em Dezembro»?! Esse género de «histórias escondidas» só interessa a velhas linguareiras como tu!
Eu percebo o jcf. O locutor devia ter dito: à janela está a última mulher do Saramago que sucedeu à segunda de nome (…) que por sua vez sucedeu à primeira que se chamava Isabel da Nóbrega, que por sua vez é a mãe da outra que ali está também, que não é filha, portanto, da terceira, nem sequer da segunda, embora seja filha do Saramago.
José do Carmo, o teu odiozinho parvo leva-te a escreveres parvalheiras a que ninguém liga. Estás longe de chegar à planta do pé de um Saramago. É difícil entender, não é, seu ressabiado? O José Saramago deve-te ter calcado a ponta do sapato envernizado para andares sempre com esse fel nas tripas.
JCF, deixa-me dizer que és podre. Tenho todo o gosto em mandar-te essa bosta à cara, que pela idade já deve andar toda estragada, aliás como a alma.