Fernando Venâncio – «A luz e o sombreado» em José Saramago
Julgo ser oportuno recordar este livro de Fernando Venâncio (n. 1944) pois as suas 129 páginas abordam alguns aspectos importantes na obra do Prémio Nobel 1998. Por exemplo, em «Ensaio sobre a Cegueira» F.V. detecta inúmeros castelhanismos:
«Não insistamos nos muitos giros do tipo «não há outro remédio que arriscar», nos abundantes «deve de ser», nos inumeráveis «uns quantos», nos monótonos conjuntivos onde nós poríamos um infinito pessoal, nas frequentes inversões verbo-sujeito, hipérbato que conhecemos mas em que o castelhano refine e que, por vezes, nos obscurece a frase. Grave, grave, é a construção estrangeira, o léxico poluente. Sem castelhano fica-se sem saber o que é «chamar o ministério» ou «um leve roce» ou «tomar terra» ou «os urgidos. E depois um português não diz «a estas alturas» mas «nesta altura». Não diz «a gente do comum» mas «a gente comum». Não diz «pronto» querendo dizer «logo». Não diz «logo» se quer dizer «em seguida». Não diz «distintos» se quer dizer «diferentes» ou «vários». Não diz «em algum caso» querendo dizer «num dos casos». Não diz «à vista» querendo dizer «à primeira vista». Não diz repetidamente «os demais» quando também pode dizer «os outros».
Terá o seu charme dizer «o gracejo levava muitos anos de uso» ou «a saber quem é que manda aqui». Mas convinha não escrever «estão fabricados de materiais combustíveis» ou «a porta buscada estava fechada» ou «não seja que haja por aqui mais vidros» ou «o último que vi foi nas minhas mãos».
Conclui F.V. com razão: «Hoje temos um língua que dispensa o ouro alheio».
então? não se sabia já ser Saramago iberista?
O Venâncio é charmoso, o melho que conheço nestas coisas de meter faca entre duas costelas do adversário e terminar em beleza com uma ferroada untada de mel na cova do cachaço. Morte rápida, sem estrebuchamento. Abençoado.
Mas, se o FV ainda andar por aí, o que é que ele acha disto:
“hipérbato que conhecemos mas em que o castelhano refine”.
Gralha ou destilação?
O alarve que escreve este texto começa por dizer que um livro de 129 páginas aborda ‘alguns aspectos importantes’ de determinado assunto, mas depois disparata a citar referências a aspectos que não são, de todo, importantes. Antes pelo contrário: o próprio autor do estudo os remete para segundo plano. O que o escrevinhador desta bosta lambuzada no espaço virtual fez foi confiar numa suposta ignorância dos seus leitores (vítimas!!) em relação ao livro objecto da sua escarreta em forma de texto, aproveitando para catar miudezas e as descontextualizar. Lido assim, até parece que Fernando Venâncio despreza ou subalterniza Saramago, quando na verdade apresenta, na globalidade dessas 129 páginas, a genialidade de um dos maiores escritores do século XX português.
Alarve era a tua avó torta, parvalhão. Vai vomitar para outro prédio.
jcfrancisco dá uma resposta originalíssima e à altura
jcfrancisco rebateu ponto por ponto os argumentos de Frederico Venceslau
a avó torta de Frederico Venceslau é uma senhora séria e não é para aqui chamada
provavelmente Frederico Venceslau só veio aqui argumentar porque num outro qualquer blog ao lado o mandaram ir vomitar para outro prédio
Incapaz de atacar Fernando Venancio o pobre tentou atacar-me não percebendo que eu fiz uma transcrição. Não pode ficar a rir-se o maloio. Leva para tabaco…
E pergunto com toda a delicadeza e boa educação: Foi uma transcrição inocente, não intencional, não foi?
Grandes velhacos, grandessíssimos invejosos, mesquinhos e fraldiqueiros! O josé do carmo francisco ainda não satisfeito com a bosta que escrevinhou sobre o Saramago, onde revela, como sempre, o ódio viperino ao nosso Nobel, vem agora com mais esta merda que farejou no caixote do lixo e que lhe deu imenso jeito para denegrir quem nunca lhe ligou a mínima importância. Foi isso que lhe deu tamanha raiva, a total indiferença de Saramago perante o seu nome, a sua mediocridade e a sua pequenez. Do livro, não conheço a obra e o nome do autor nada me diz. Mas que ambos tentam denegrir a escrita e a memória de um grande escritor, não há a mínima dúvida. Nem as cinzas do Nobel lhes merecem respeito. Quanto tempo vai este figurão ridículo que dá pelo nome de josé do carmo francisco arrastar neste blog esta sua doença chamada Saramago, a precisar de internamento urgente num hospício para alienados mentais?! Maloio, lapão, parvalhão, és tu, desgraçado, que não tens onde cair morto. Tu é que devias vomitar à tua porta todo esse teu veneno de serpente e tornar a engoli-lo novamente, a ver se de uma vez por todas calas nos cagalhões que cagas nos passeios do teu Príncipe Real a tua «importância», a tua estúpida vaidade, a vontade que tens de vir a ser alguém. Nada és, a não ser um fulano frustrado, um nome que assina maus textos aqui no aspirina. A mais, por muito que te esforces, não chegas. Agora o que chega, é a tua maldade e a tua falta de argumentação perante os comentáros. Tão reles, tão básica, tão vergonhosa para quem se diz ser um «intelectual»! Cala essa bocarra que tresanda a mau-hálito e tem um pouco de decência se é que sabes o significado desta palavra!
FC, Fernando Venâncio, ao contrário do que afirma, não tenta denegrir a obra de Saramago. Antes pelo contrário, este estudo de 129 páginas, na sua globalidade, afirma Saramago como um dos maiores autores do século XX português. Neste escarro de josé do carmo francisco (concordo que só com minúsculas se pode fazer referência à minusculidade) Venâncio também sai denegrido, pois, através de uma transcrição (sim, percebi que é uma transcrição e é ela mesmo o centro da questão, que a cobardia do transcritor transforma em alibi, parvo e mesquinho) dá a ideia às suas vítimas/leitores de que o Autor que transcreve está a atacar o objecto do seu estudo.
É óbvio que Saramago não está isento de reparos do foro linguístico, estilístico ou outros. E isso não lhe retira um milímetro da sua genialidade literária. O que Fernando Venâncio faz neste trecho (descontextualizado) é semelhante ao que havia já feito com Camilo, com Eça e com outros nomes de primeira linha da nossa literatura: analisar a contaminação de estrangeirismos na obra desses autores e o seu impacto nas respectivas obras e na sua recepção. É uma questão que Venâncio tem sido dos poucos a analisar e que faz sentido enquanto abordagem académica (que é o que FV faz) e que pouco implica com a leitura do comum dos leitores. De qualquer modo, trata-se de um pormenor, sem qualquer especial impacto nas tais 129 páginas que constituem esta obra.
O alarve josé do carmo francisco fazer um 2 em 1 da mesquinhice: Saramago e Venâncio saem denegridos.
Frederico Vesceslau, agradeço as suas informações quanto ao livro em causa, que desconheço, mas que me parece interessante, principalmente, como diz, por serem poucos os autores, como F. Venâncio, a fazerem tal abordagem, que se justifica, afinal.
A minha linguagem, quando se trata dessa personagem que dá pelo nome de josé do carmo francisco, acredite que se transforma. Quase me desconheço nas palavras que emprego, mas a minha indignação é de tal ordem ao ler as suas vaidades domésticas e doentias, a sua perseguição a Saramago (agora muito mais grave, numa atitude abusiva, ardilosa e de má-fé, arrastando na sua mesquinhez nomes que estão fora de qualquer suspeita), que não consigo mudar a minha «prosa». Só uma pessoa recalcada, frustrada, sempre em bicos de pés, a fazer alarde por tudo e por nada da sua insignificante pessoa como se de alguém realmente importante e com valor se tratasse, tiram-me do sério!
As notas de leitura que faz aqui no aspirina, raramente comentadas, ao contrário do que parecem, não divulgam cultura, mas sim uma atitude de subserviência. Os outros textos deixam transparecer nos leitores deste blog a náusea que nos deixa indignados. Será que esta figurinha tenebrosa, sem dignidade, não consegue seguir um conselho construtivo (que os tem tido) de modo a mudar o rumo dos seus posts para paz de todos nós e de quem lhe serve para atingir os seus fins inqualificáveis?
O silêncio do sujeito à minha pergunta, delicada e educada, deixou-me perfeitamente elucidado. Caiu uma nódoa no Aspirina B.