Estive duas vezes de acordo com Pinto da Costa
Corria o ano de 2002 e a editora Padrões Culturais acabava de publicar o meu «Os guarda-redes morrem ao domingo» que foi apresentado na FNAC Colombo por Manuel Alegre. Como há nesse meu livro um poema para Pavão, contactei o senhor Pinto da Costa e ele deu-me a morada para lhe enviar um exemplar. Ainda recordo essa morada: FCP SAD Avenida Fernão de Magalhães 4350-158 Porto. Estive de acordo com Pinto da Costa. Corria do ano de 2006 quando surgiu um novo jornal desportivo cujo primeiro número incluía uma entrevista com Jorge Nuno Pinto da Costa realizada (salvo erro) por Vasco Resende. Guardei o dito jornal para o oferecer à mãe do Miguel Garcia, Dona Albertina Garcia e fui a Moura de propósito para lho entregar. A razão desse «estar de acordo» é simples: Pinto da Costa nessa entrevista recordava um lance ocorrido no Estádio José Alvalade entre Miguel Garcia e Simão Sabrosa quando, na grande área do Benfica o primeiro foi derrubado pelo segundo. Mas o árbitro não marcou embora estivesse perto. Estive de acordo com Pinto da Costa duas vezes: uma por razões poéticas e sentimentais, outra por razões de arbitragem. Lembrei-me disso hoje ao ver como a União de Leiria foi brutalmente prejudicada com a marcação de uma grande penalidade completamente inventada. O lance é um simples corte, o jogador leiriense joga apenas a bola, nada mais. Lembrei-me porque o árbitro é o mesmo. O que não viu em Alvalade viu em Leiria. Sou do tempo em que os árbitros eram todos do Benfica menos o Décio de Freitas (OS Belenenses) e Joaquim Campos (Sporting). Em Portugal de 2009 voltou a coboiáda em que é tudo do xerife. Não há quase ninguém do lado dos índios.
“Brutalmente” prejudicados ? E o “simples corte” não tem nada de bruto ou brutal ?
Já ouviu falar numa coisa chamada “jogo perigoso”, mesmo que apenas se toque na bola ? Sabe que é costume marcar falta, quando tal acontece ?
E o que acontece quando ocorre uma falta na grande-área ?
Ah, pois …
Para vosso conhecimento,
“O Francisco Clamote do “Terra dos Espantos” teve a simpatia de distinguir este blog com o selo
“Vale a pena ficar com olho neste blog !
Considero estas designações, sempre, como um incentivo, o que agradeço.
De igual modo, é com gosto que me cabe indicar 10 blogues a quem eu atribua o mesmo prémio.
Assim, e tentando não repetir, mas não deixando de indicar quem para mim é de importante leitura:
A Nossa Candeia
A escada de Penrose
Aspirina B
AyapaExpress
Câmara Corporativa
Cronicas do Rochedo
O Jumento
Os tempos que correm
Politeia
Vox Pop”
T. Mike, em nome do Aspirina B, o nosso abraço pela tua simpatia.
Duas vezes ?
Isso não será demais ?!
Jnascimento
Este texto diz a verdade. Quem me conhece sabe que estou do outro lado do Mundo e da Vida mas neste caso do poema para «Pavão» do meu livro «Os guarda-redes morrem ao domingo» foi fácil estar de acordo. No outro caso também foi fácil. Tanto eu (que andei lá 10 anos) como o senhor Jorge Nuno Pinto da Costa (que anda lá desde 1983) sabemos que os árbitros são sempre influentes e muitas vezes decisivos. Como foi este caso.
JCF
Vou oferecer-lhe este post a lembrar como nasce um clube.
http://www.youtube.com/watch?v=ZIg6nVC0qXg
Digamos que sou lampião, mas pouco (por causa da declaração de interesses)
Bem..de futebol, como no resto, nada percebo…
Mas a lógica deste post, parece-me que se baseia num silogismo pífio (o que significa não sei, nem interessa nada..), que é mais ou menos este…qualquer caceteiro que acerte primeiro na bola que noutro jogador, sai ileso da jogada…
Alguém viu o tal de jogo perigoso, pé em riste, entrada a pés juntos ?..e acabou-se aqui a minha tirada filosofica…
Mas certamente que jcfrancisco sabe isto muito melhor que eu. E as paixões futebolísticas são próprias da natureza humana..
Acabo de ver o youtube e gostei de perceber a paixão que existe nas pessoas de Freamunde pelo seu clube. Eu por exemplo não acredito em nada nem em ninguém no chamado «futebol portugues» mas é a minha paixão clubista que me faz ainda ir ao estádio. E me faz ter inscrito o meu neto como sócio do meu clube no próprio dia em que foi registado no registo civil. Estive em Freamunde uma vez com o Manuel Fernandes e o Dr. Menezes Rodrigues e bati-me com um belíssimo capão. Nunca esquecerei…
JCF
Sempre que quiser ou tiver oportunidade apareça que se arranja um capão para ser saboreado. Nessas fotografias está O Pedro Barbosa, criado para o futebol neste clube assim como outros, o velhinho Rola, Osvaldo Cambalacho, Santana, Ronaldo e Amaral e muitos anónimos que foram grandes jogadores, o tempo era outro jogava-se por uma sandes.