«Último minuete de Lisboa» de Fernando Venâncio
Este livro (subtítulo Nove desencontros literários) é dedicado a Fernão de Magalhães Gonçalves (1943-1988) e ao «Manifesto por uma literatura legível». Mas a sua referência é «O aprendiz de feiticeiro» de Carlos de Oliveira. Nesse livro de 1971 o autor de «Uma abelha na chuva» viaja à volta da obra de Afonso Duarte, Abel Botelho, Fernando Pessoa, Raul Brandão, Camilo, Alves Redol, Abelaira, José Gomes Ferreira, Irene Lisboa, Cesário Verde, Caldwell e Tchekov. Polémico, sábio, informado, Carlos de Oliveira afirma: «Começar outra vez a poesia portuguesa como se ela acabasse de nascer? Desculpem a imagem camponesa mas a enxertia faz-se na árvore que já existe.» Fernando Venâncio inventa cavaqueiras: Jorge de Sena e José Saramago, Camilo Castelo Branco e Almeida Faria, Florbela Espanca e Mário de Carvalho, Castilho e David Mourão-Ferreira, Eça de Queirós e José Cardoso Pires. Sobre «Mau tempo no canal» de Vitorino Nemésio escreve que ele «não é um dos grandes romances portugueses do século» embora a sua linguagem seja «enxuta e sem redundâncias.» Depois afirma: «chega, aqui e além, a ser luminosa.» Outros autores relidos são Pinheiro Chagas, Machado de Assis, Abelaira, José Cutileiro, Nuno Bragança, José Saramago, Alexandre Pinheiro Torres. E surge ficção sobre o Barão (Branquinho da Fonseca), o Grande Prémio APE de 92, o magala (Luiz Pacheco), o livro escrito na Ericeira e perdido porque o jump foi roubado e ao autor não fez o print. Espaço de desencontro, a literatura é o lugar onde a maioria dos prosadores e poetas não anda satisfeita mas isso é positivo: «Não há, sinceramente, melhor espectáculo do que a dor dos que sabem contá-la».
muito bem vinda esta apresentação do último livro do “nosso” fernando.
(tomei a liberdade de fazer plurais as chagas do pinheiro.)
O livro é póstumo? Ou fechou a loja para minuetes?
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O livro não é póstumo no sentido literal mas todos os livros o são no sentido mais geral. Ruy Belo escreveu – «Tenho uma obra publicada e a morte em preparação» – frase que todos podemos subscrever. Só escrevi o texto agora por diversas situações mas o livro foi apresentado há semanas na Casa do Alentejo. O texto é um convite à leitura, nada mais. Um simples registo noticioso. Pessoalmente gosto muito de «miscelâneas» literárias como este livro do Fernando Venâncio.
José do Carmo Francisco,
O livro não se chama «Último Minuete de Lisboa», mas «em» Lisboa. É um título com ‘marca registada’. O primeiro artigo explica porquê.
O subtítulo não é «Nove desencontros literários», que é apenas o título da primeira secção. Exactamente, o livro não tem subtítulo.
A «sua referência» (e referência de quem, ou de quê? e que é isso de «referência»?) nunca seria «Aprendiz de feiticeiro» do Carlos de Oliveira, de que nem se fala no livro, mas «Finisterra» do mesmo autor.
Com isto, mais de um terço do «post» já vai aos ziguezagues.
Salva-se o resto. Que se agradece.
A referência é o parentesco da organização do livro enquanto tal. aquilo a que chamei «miscelânea» pois junta textos de ficção, de reflexão e de história literária. Para mim é fascinante ler as palavras do Carlos de Oliveira fingindo que esteve a falar com E. Caldwell àcerca de um personagem dos seus escritos. Igualmente fascinante a capacidade do Fernando Venâncio em fingir que se intrometeu nas conversas ólímpicas» de alguns dos nosso clássicos. Foi esta a maneira que encontrei para falar do livro: para mim foi um «prazer de ler» igual ao de 1971 com «O aprendiz de feiticeiro». Como só tinha 20 linhas fiquei por ali mas apetecia desenvolver aquela frase do Saramago quando ele diz que muita gente gostaria que ele se transformasse em pó. Ele já fez isso ao pessoal do «Levantado do chão».
«… mais de um terço do «post» já vai aos ziguezagues.», diz o Fernando Venâncio em resposta ao «agachado» do José do Carmo Francisco! Mas as desculpas esfarrapadas dos «enganos» dão vontade de rir. Tudo no livro é «fascinante»!E volta à carga com o Saramago. Transformar em pó o Saramago faria ele se pudesse! Retoma também (já lhe perdi a conta) a defesa do «pessoal do «Levantado do Chão». É mesmo uma figura triste e raivosa este José do Carmo Francisco. A raiva é uma doença, mas mais comum nos cães…
Amigo Godinho, esqueceste de publicar o número do cartão de crédito e, já agora, os códigos de acesso ao teu banco. És maluco, mas só até um certo ponto. A UBS, em todo o caso, já não é uma boa referência. O CEO do banco lixou os accionistas em 30 mil milhões de de dólares.
Folgo saber que o Benáncio está bibo.
Quero propor Zé do Carmo para o Nobel. Alguém subscreve?
Certamente, Nik, nada mais bem pensado! Eu subscrevo já: my name is…
Quem havia de dizer que graças ao Saramago o José do Carmo Francisco ainda vinha a ser galardoado com um Nobel!? Pelo menos, há esperanças disso.
E o curioso é que estes tipos divertidos, estão convencidos que estão muito distraídos… Pior do que isto só «o lápis do Lopes».
Agachado nunca! Por isso é que eu nunca fiquei para trás. Agachado estarás tu e outros pategos. Para o caso (divulgar o livro) não tem importância nenhuma escrever «de Lisboa» ou «em Lisboa». Mesmo quando li a crónica na Rádio isso não tem nem teve qualquer interesse. O que interessa é chamar a atenção do livro: quem for à livraria não se vai preocupar se é «de» ou «em». Vocês que se escondem em pseudónimos pobres e sem imaginação (rabo escondido com gato de fora) nunca vão fazer nada além deste pequenos vómitos pategos.
«Mesmo quando li a crónica na Rádio»!
José do Carmo Francisco, não perde a oportunidade de divulgar a sua arte multifacetada. Desta vez, «informa» que também lê as sua crónicas na Rádio. É tão repetitivo nas suas basófias, que se tornou uma figura ridícula no Aspirina.
Agora, espera aí: dirigindo-se a nós, comentadores; «…nunca vão fazer nada além destes pequenos vómitos pategos.»!!! Nada!? Que sabe você de nós!? Exactamente: NADA! Não será o caso, mas sempre era preferível não fazermos nada a fazer as tristes figuras que você faz, JCF! Grande prosápia e mania a sua. Afinal quem não é ninguém, meu caro, é você. Sempre à roda dos outros, a bajulá-los em troca de umas míseras migalhas. Sem falar nas «sugestões» (pedinchices) a quem pode e manda a ver se lhe calha algum. Ainda assim, não passa de um vulgar, ignorado e péssimo escriba. Não se julgue quem não é, JCF!
Vê lá se percebes de uma vez por todas: eu escrevo em jornais há 30 anos, apareci no «aspirinab» através do Fernando Venâncio e permaneço através da Susana. Com muito gosto. Mas tenho um percurso feito de livros e artigos de jornal e de revista – Colóquio-Letras, Seara Nova, Ler. Não é um comentário patego que belisca uma vida de 30 anos. Mas não falei em pessoas – falei em comentários. As pessoas aqui não contam; era o que faltava. Chegado a esta idade e ia agora ter problemas pessoais que nunca tive até hoje. Chapéus há muitos…
JCF,
Sim, tem realmente importância ser «em Lisboa», e não «de Lisboa». Por mais razões. Mas baste esta: é o título do livro de que tu estavas a falar.
Enquanto mantiveres essa ‘nonchalance’, que tu acharás tremendamente chique, enquanto não perceberes (e, só por simpatia, reconheceres) que essas coisas TÊM importância, farás a figura que My Name Is tão bem retrata.
Não é por ser anónimo que ele não tem razão.
fv
Para o José do Carmo Francisco parece que a maior parte das coisas «não têm importância nem qualquer interesse». Como ele está enganado! E ainda se diz crítico literário!? Limito-me a chamar-lhe a atenção para o seu comportamento, que incomóda e, por vezes, irrita, tal a sua prosápia, como se estivesse a escrever para uma plateia de burros. Peca por querer subir à força, por se impor, por ignorar os conselhos de quem sabe mais do que ele. Por não aceitar ser corrigido. Só quem é gabado pelos outros no que concerne ao seu trabalho, merece admiração. Apenas os medíocres se gabam a si próprios. Repare-se na lista: «Colóquio-Letras, Seara Nova, Ler». E ainda «uma vida de mais de 30 anos…»! Tudo é motivo para se dar a conhecer. Mas será que dá mesmo, ou as tristes figuras continuam, assim como os maus contributos poéticos, como é o caso do seu último post «Balada de Fernanda à Chuva»? O Zé (pseudónimo) que o diga…
F.V. Pois não mas a razão é apenas (e só) a sua razão. Nasce dos seus pressupostos. E o anonimato só por si não é um valor. Para mim é um desvalor. Opiniões…
Não, José do Carmo Francisco. Não é só a minha razão.
Ouve bem. Tu decides falar dum livro. A partir desse momento, é IMPORTANTE que cites direito o título do livro de que decidiste falar. Não dares «importância» a isso desvaloriza-te irremediavelmente.
Depois: ninguém disse aqui que o anominato é um valor. Portanto, é ridículo que lembres que «o anonimato só por si não é um valor»…
Mas fazes pior. Ao escreveres «Para mim [o anonimato] é um desvalor», tu próprio desvalorizas um comentador do blogue em que escreves. Desvalorizas até o próprio blogue, desvalorizas a tua própria actividade nele.
Digamos que há, nisso, at last, um nadinha de coerência. Ou estou a ser demasiado subtil?
Não concordo. Isto é como escrever num jornal e não concordar co muito do que os outros escrevem. o Blog é um jornal electrónico.Para mim que só queria (no momento) divulgar o teu livro aqui e na Rádio não foi importante a troca de «em» por «de». Quanto ao uso do nome tu mesmo assinas tudo o que escreves. Uma coisa é respeitar os outros; outra coisa é fazer dos outros a nossa bitola. Isso não.
jcfrancisco, impõem-se alguns apontamentos:
se estás aqui através do fernando, pois foi ele quem te convidou, não estás aqui através de mim, mas da tua participação e sua continuação. o facto de precisares que alguém te publique os textos por não saberes usar a plataforma de publicação é mero detalhe técnico; qualquer um dos outros faria o mesmo, calhou ser eu.
discordo de ti quando dizes que um blog é um jornal electrónico. um jornal electrónico é o público on-line, por exemplo. um blog é uma página pessoal na internet, continuamente actualizada, com ou sem arquivos e, no caso, interactiva. bastaria não estar sujeito a uma deontologia jornalística para não poder ser um jornal, se mais argumentos faltassem.
depois há o lapso do título, que deveria ser assumido e corrigido. se prestas homenagem a alguém, como podes depois considerar irrelevante o reparo que esse mesmo alguém te faz sobre algo que considera importante na referência que lhe fazes? é tanto mais incoerente quanto dizes que um blog é um jornal electrónico. tu que tantas vezes criticaste, aqui, a imprecisão de artigos de jornal, defendes agora a irrelevância de uma citação incorrecta. e logo uma citação, que tem a responsabilidade acrescida de se reportar às palavras de outrém. mais grave que uma data incorrecta, erro que só fere o seu autor, uma citação incorrecta, seja ela qual for, belisca a parte citada.
finalmente, a questão dos pseudónimos. tem razão o fernando quando te chama a atenção para a ofensa a um comentador. se um pseudónimo não é em si um valor (o que é óbvio), também não é em si um desvalor. o facto de uns optarem por assinar com o seu nome e outros com pseudónimo só diz respeito a cada um e à liberdade disto tudo. mas mais: que dirias então de um josé cutileiro quando assinava uma crónica num jornal como A.B. Kotter…?
não te esqueças, ainda, de que um dos teus colegas de blog assina com pseudónimo. bom, e mesmo eu, sabes lá tu. assim, parece-me uma enorme descortesia insistires nessa temática e nesse despautério.
mas não leves a mal. isto é tudo coisas que apenas pretendem fazer-te parar um pouco para reflectires. vê lá se uma vez ou outra consegues dar o braço a torcer.
JCF, falou eloquentemente a sabedoria. Que é sempre maior do que nós. Corrijo: que é, simplesmente, a melhor parte de nós.
Dou o braço a torcer. Assumo o erro duplo: no nome e no chamado subtítulo. Engoli sapos vivos bem piores. Agora é também uma questão que eu não coloquei bem: quis dizer que o facto de colaborar num jornal seja ele qual fôr não me obriga a estar de acordo com tudo e com todos desse jornal. Só isso. Acho estranho por exemplo o Fernando não pegar na questão «fazer desaparecer Saramago» (veja-se a página 36 do seu livro) «desaparecer num dia destes desfeito em pó» quando ele já fez desaparecer os outros. Isso sim é verdadeiramente importante. Posso discutir por exemplo que o «Levantado do chão» não foi escrito para falar da «lavoura» mas sim para homenagear dois militantes do PCP assassinados pela PIDE em Montemor no posto da GNR local – José Adelino dos Santos e Germano Vidigal.
bravo!, jcfrancisco. fazes muito bem, assim é que é. :)
isso de engolir sapos vivos é que deve fazer impressão no esófago.
Há coisas mais interessantes para falar no livro do F.V. A questão do «Mau tempo no canal» e o «desaparecimento» de Saramago (seu texto de 1994) visto no contexto do desaparecimento dos nomes dos outros: primerio levantados, depois atirados ao chão. Numa dedicatória de 1999 ele cama-me «João» por óbvio acto falhado.
Claro que a palavra é «chama-me» e não cama-me; faltou o «h». O livro em questão chama-lhe «Folhas Políticas» e a dedicatória tem data de 9-12-1999
Uma das fixações do José do Carmo Francisco é ter Saramago retirado a dedicatória – que terá figurado na primeira edição de «Levantados do Chão» – dirigida aos cidadãos do Lavre, terra alentejana onde ele (escorraçado do Diário de Notícias, onde se comportara como um nazi) foi escrever livros. Escreveu um livro fabuloso, escreveu mais dois ou três fabulosos, ficou célebre, vendeu outras porcarias, ganhou com ele e mais um Prémio Nobel.
Com menos pormenores, já o JCF lembrou aqui neste blogue a retirada da dedicatória uma doze vezes. Também poderão ser treze. Excluo as vezes que já o escreveu fora do blogue. Excluo as vezes (centenas?) que já de viva voz o terá dito (por mim, já lhes perdi a conta).
É, pois, absolutamente normal que sinta por toda a parte faltas de referência a tamanha aleivosia saramaguiana. Por exemplo, no que eu escrevi, falando sobre um desaparecer do nobelizado. E já agora, referindo a página do livrinho, poderia ter citado o meu genial título da peça («Receita para eliminar Saramago») e lembrado que a sugestão dessa «eliminação» – em que eu estou inocente – foi do próprio Saramago.
Mas ele não tinha de o dizer. Como não tinha de dizer (mas quem pode segurar o JCF quando tem uma pérola autobiográfica a comunicar?) que Saramago se enganou no seu nome ao escrevinhar-lhe, em certo livro, e em certa data, uma dedicatória. «Por óbvio acto falhado», acrescenta, subtilíssimo.
Salvem-se então os sapos. Sapinhos eram. Não os deixasse ele crescer.
JCF, nas leituras que tenho feito no Aspirina B, tanto dos seus posts como dos comentários que lhe são dirigidos, venho a reparar na sua insistência, quase em todos os seus textos, no que se relaciona com José Saramago, como as linhas acima: «dos nomes dos outros: primeiro levantados, depois atirados ao chão». Refere-se aos nomes retirados, nas reedições seguintes do «Levantado do Chão». Dada a repetição deste assunto vindo da sua parte, só posso chegar à seguinte conclusão: você está doente. A doença chama-se obsessão. É grave. Trate-se enquanto pode. Tanto quanto tive o cuidado de me informar, a «tal família do Lavre» continua a ter uma estreita relação de amizade com José Saramago. Só na sua cabeça, caro amigo, proliferam teias de aranha contrárias à realidade dos factos. Pergunto-me porque será esta sua insistente perseguição ao nosso Nobel sempre versando o mesmo assunto! Não acha que o tema, por si demasiadamente ventilado, começa a ser preocupante? A obsessão parece ser a chave do mistério.
Ah! O burro sou eu? O ruim sou eu?. Cito carta de um «atirado ao chão». Vejamos. «Também eu já me tinha apercebido e estranhado essa eliminação mas confesso que não dei importância a tal desaparecimento no que me diz respeito. Como o amigo sabe a vida vai correndo, a idade avançando e, com bem mais de oitenta anos, o grande escritor que foi e é José Saramago, será natural ir deixando para trás coisas que lhe foram importantes em certos momentos e deixando de pensar e de agir como o fazia há 30 anos. Não sei. Há muito tempo que não tenho o prazer de o ver, de lhe falar para poder emitir um juízo mais ou menos justo e sempre de caráctare pessoal sobre se estará diferente.» Veja se percebe uma coisa, senhor António: eu não estou doente nem a perseguir coisa nenhuma. O título «Receita para eliminar Saramago» é dum livro de Fernando Venâncio chamado «Último minuete em Lisboa». Percebeu? E como sabe não é só «essa» família do Lavre. Há mais pessoas.
Não vejo nesse pedaço de transcrição da carta de um «atirado ao chão» qualquer animosidade contra o Saramago, mas antes admiração, simpatia e compreensão. São palavras cordatas, sensatas e amigas. Mas vê-se que ALGUÉM terá alertado este senhor para o assunto. Repare-se: «Também eu já me tinha apercebido e estranhado essa eliminação mas confesso que não dei importância a tal desaparecimento no que me diz respeito.». Ora, esse «Também eu…», quer dizer que ALGUÉM se deu ao trabalho de o informar. Quem seria, meu amigo? Pela sua obsessão e porque tem em seu poder essa carta, a pessoa só poderia ter sido uma: você, José do Carmo Francisco! Além disso, mais à frente, e a confirmar esta verdade, escreve o referido senhor: «Como o amigo sabe…»
Sim, há mais pessoas envolvidas, mas ninguém parece incomodado com a retirada da dedicatória a não ser você. Resta saber se o José do Carmo Francisco se deu ao inefável trabalho de escrever aos restantes «atirados ao chão». Segundo uma lista por ele publicada aqui no Aspirina B, somam, nada mais, nada menos, do que 16 nomes!
Bem se expressa Fernando Venâncio: os sapinhos acabaram transformados em sapos. Ainda assim, mostram, ainda, que a inveja anda por aí à solta.
E tem José do Carmo Francisco o despudor de criticar os outros por pequenas falhas, para encontrar «inspiração» para elaborar os seus posts. Acontece, de novo, no último: «Montaigne, tinha, por vezes, muita graça».
A dar razão a Fernando Venâncio, trata-se de mais uma »pérola autobiográfica», acrescida das complementares datas.
Como o assunto já se alongou demais para o meu gosto, vou ficar por aqui. Dou por terminado o «romance do Saramago». Há coisas muito mais importantes do que perder tempo com Josés do Carmo Francisco.
António Videira
Pois pois. Agora dá-lhe com a falsa superioridade intelectual e afasta-se. Não chegou a perceber uma coisa: mesmo que «todos» os atirados ao chão aceitassem pacificamente serem rasurados, o desparecimento dos seus nomes e do nome de Isabel da Nóbrega da dedicatória continuaria (e continua) a ser o que é – um gesto de ingratidão absoluta, imjustificada e repugnante. O escritor Mário Ventura concretizou deste modo: «Quase não se acredita. Aquela figura nunca vai parar de nos surpreender.»