«A Terceira Atlântida» de Fernanda Durão Ferreira
Este livro começa em 26-7-1880 quando o súbdito britânico Gordon Mason, viajando de Southamptom para o Rio de Janeiro, em escala técnica na Ilha Terceira, assiste a uma tourada na Vila Nova com o imediato do navio «Santa Helena». Depois da tourada o lanche, depois do lanche a conversa e, chegada a noite, o amigo terceirense do imediato do navio emprestou dois cavalos e cedeu um criado para os acompanhar até Angra do Heroísmo. No caminho encontraram dez homens da «Justiça da Noite» que se dedicavam a derrubar um muro e um portão com marretas e cordas. Passado o susto inicial, com a preciosa ajuda do criado, o viajante (e o imediato) seguiram viagem e, já a caminho do Rio de Janeiro, ouviu a bordo um professor de História afirmar: «Esses e outros costumes são quase tão antigos como a própria Ilha. Ilha que há muitos, muitos séculos tinha um outro nome e possuía outra cultura.» As touradas à corda são hoje uma prática igual à que foi descrita por Platão com os dez pastores a serem a memória dos dez reis da Atlântida. A «Justiça da Noite» que funcionou até à segunda metade do século XX é a memória da justiça dos dez reis da Atlântida pois nesse tempo, como escreveu Platão, «o rei não era senhor de condenar à morte sem o assentimento de mais de metade dos dez reis.» O próprio rei D. Afonso V, numa carta de mercê ao cavaleiro Fernão Teles em 10-11-1475, escreve o seguinte: «Faço mercê de quaisquer ilhas que achar, ilhas despovoadas, ilhas povoadas e ilhas povoadas que ao presente não são navegadas nem achadas nem tratadas por meus naturais.» Como se percebe pelas citações, este livro tem muito que se lhe diga sobre as raízes da tradição Atlante nos Açores mas ficamos por aqui lembrando Vitorino Nemésio que escreveu um dia: «A Geografia para nós vale tanto como a História».
(Editora: Zéfiro, Prefácio: José Fonseca e Costa, Grafismo: Sofia Vaz Ribeiro)
Com a notável persistência dos iniciados e um insofismável rigor intelectual Fernanda Durão está muito próximo de demonstrar aos incrédulos o que para si já é óbvio.
Força !
Joaquim
Jnascimento, o que é que já será óbvio para Fernanda Durão?
E a Madeira? Será Alberto João um atlante?
Descobri agora mesmo no Google Earth que da intersecção de três linhas unindo Portugal Continental com as ilhas principais dos arquipélagos da Madeira e dos Açores e estas entre si resulta sem esforço um triângulo rectângulo isósceles! Oh! Maravilha! É o nosso Triângulo Mágico do V Império que nos vai tirar da crise do sub-prime! Aposto que assentando o vértice do ângulo recto sobre o Funchal e o de um dos ângulos agudos sobre Fátima, o vértice do último ângulo poisará sobre o local onde o último basileus atlante escondeu o Graal! Já pensaram o que isto fará pelo turismo açoriano?
o que significa aquele símbolo na capa do livro?
Só a autora pode explicar. Alô Fernanda!