«Autismo» de Valério Romão
Valério Romão (n. 1974) é tradutor (Beckett e Virgínia Woolf), dramaturgo (autor de Posse e A mala) e contista (revistas Magma e Construções Portuárias) estreando-se no romance com esta obra de 353 páginas na qual o autismo é o protagonista. Rogério, Marta e Henrique (pai, mãe e filho) vivem todos esta doença: «E não consigo sair disto, a desordem, as mãos na boca, os saltos no mesmo sítio, o olhar vazio, a confusão, o silêncio, os guinchos, toda a parafernália que é o fogo-de-artifício pelo qual o autismo se anuncia e esconde a criança.»
Henrique é uma criança diferente («O miúdo era especial, essa malfadada palavra que não quer dizer nada até ser trocada pelos cêntimos da realidade a que corresponde») ou, dito de outra maneira, «deixara de ser uma criança normal com peculiaridades para passar a ser uma criança especial com aspectos comuns a todas as crianças.»
Comum aos três está a dor: «A dor tudo muda, mesmo as convicções mais enquistadas na consciência. A dor é o grande revolucionário pelo qual são feitas as revoluções mais sangrentas do interior de cada um e é pela dor que se conhecem presencialmente as várias personagens que ocupam o palco do teatro contínuo do eu.» Mas o autismo envolve também os avós maternos (Abílio e Amélia) e os paternos cujo nome não aparece – ele está detido numa prisão e ela numa aldeia do Norte. Num misto de bruxedo africano e de misantropia, Abílio afirma: «Às vezes dava por mim a abrir os olhos, no lusco-fusco de uma irradiação de candeeiro de rua que parasitava as paredes do quarto e via a sombra da minha mulher estendida , enorme colina adiposa a suar encosta abaixo o desconforto do Verão lisboeta, misto de sol, de poluição e de um ar que carrega no dorso o cheiro a sardinha assada e a mijo».
Numa escrita que lembra Nuno Bragança, um dia a criança sofre um atropelamento e vai para o Hospital («Ele está mal, ele está muito mal, ele vai morrer») e ninguém comunica com os pais dentro da urgência. Às vezes, no desespero, procuram aldrabões: um que veio do Brasil, uma que veio da Alemanha e um tal Dr. Miguel Relvas. Apenas uma coincidência…
(Editora: Abysmo, Ilustrações: Alex Gozblau, Revisão: Raul Henriques)
Oh Xico: tens mais olhos que barriga. Grandes olhos que tu tens!
Não vou na tua cantiga,
nem que peças mil perdões,
tens mais olhos que barriga,
mas que olhos, mas c’olhões!
Sabes quem tem a culpa disto, oh Xico? Pois se não sabes vou-te dizer. O culpado de tudo isto foi Deus. Porque o que Ele fez não é justo!
Além de tudo o mais
Deus foi um egoista,
fez-nos uns simples mortais,
Ele? Eterno, o sacrista!
Rima, a quanto obrigas! Desculpem, mas para rimar teve que ser assim:
Na Grécia antiga havia
gente boa, gente reles,
um ás em filosofia,
era o Aristoteles!!!
Já li o livro. Recomendo. É um livro denso, muito bem escrito. VR é um escritor de mão cheia e dou-lhe os parabéns pelo post.
OK, os parabéns são para o autor – eu apenas fiz uma nota de leitura a recomendar o livro.
Acabei mesmo agora de ler o livro. Muito bem escrito e muito bonito sem ser bonito e muito triste sem ser demasiado pesado… Parabéns Vale adorei.
ó pá, a dor ati não mudou, chamas nomes a toda a gente, até aos mortes, ó meu falso e bens pra aqui carpir à crocudilo, morcaoe, hein? Mas tu brincas, pà? Que transmites ty, hien, é claro que tu não escrebes, e ninguém precisa das tuas recumendações, tu é que debias ler as recimendações dos outros pá.
Chiça! Há cada besta a comentar por aqui. Porra, vão lá morder a lingua. Talvez morram envenenados.
Desamparem a loja energumenos. Cretinos ressabiados consigo próprios.
atão fechaste os comentários e vens para aqui lamentar-te travestido de jorze.
Lamento desiludi-lo, ignatz, mas Jorge existe mesmo e com este nome. Pode ler mais atrás o comentário que fiz ao livro e se lhe restar alguma réstia de inteligência verificará que não fazia sentido o autor do post comentar o que já tinha comentado no conteudo do referido post. Não conheço o jcf, não sei se é velho, se é novo, se é gordo, se é magro. Mas a si, ignatz, nem preciso de o conhecer para saber que é parvo.
O que lamento é que a coberto do anonimato, certas pessoas, certamente irritadas consigo próprias, venham para aqui insultar o autor do post e alguns comentadores de forma soez e sem qualquer sentido. Temos a liberdade de visitar os blogs que queremos, de ler os autores que queremos. Não temos é a liberdade do insulto cobarde. E os ignatz e os voltaren fazem parte de uma raça cobarde que se colocados numa luta cara a cara, fugiriam a sete pés.
oh jorze! tás enganado, o ignatz existe e é mais conhecido que o jorze, a menos que sejas o jezus. quanto a anonimatos estamos tratados e com vantagem para o rato que é sempre o mesmo, enquanto que os jorzes, as insónias & os ebaristos afirmam existir e serem todos diferentes com o mesmo sotaque e bués de coragem para enfrentar opiniões alheias, escusas de pôr mais na carta que as análises grafológicas feitas aos hieróglifos que debitam aqui nas caixas acusam o mesmo adn e pensamento primário. bardamerda & bon appetit.
Ó MEU GARNDE FDP, JORGE, TU PÁ VAI CHMARA COBARDE Á PATA QUE TE PÔS.
Besta és tu que não discerne so bem do mal, seu ordinário, meu garnada cabrão, figir a sete pés, foges tu se me vires pá, puta que te pariu, ó ranhoso. morre tu com o teu veneno, ressabiado és tu que tomas defesa de quem não conheces. Pois se queres julgar ouve sempre a outra parte e olha que há mais veneno num ordinário como este francisco da merda do que nos palavrões que acabas de ler. Compra um par de colhões novos pá, pode ser que penses melhor.
Ó Travesti dos broches, passate todos os limites da filha da putice.
És do mais asqueiroso que se encontra na blogosfera, pensas que és o único que pode dizer o que quer, mesmo que não tenha nexo. E ainda ofendes quem se sente indignado (com toda a razão) com a tua falsa e ofensiva graçola.
O mais grave é que sabes bem que JCF, Jorge, Olinda, Nascimento ou Evaristo, são pessoas diferentes, não andam por aqui a fazer números de travesti.
Sei que é difícil a quem gosta de andar de saias travadas, ser homenzinho, mas tu vives mesmo no esgoto.
Não sei como é que alguém pode ser tão invejoso, resabiado e odiento.
oh bronco da benedita! é só coincidências, fala-se travecas e começam a saltar ebaristos, jorzes e insónias. a bécula e o cimento ainda devem tar a dormir ou não receberam o sms para a flashmob de apoio à poesia contemporânea da traveca* de s. pedro.
* o acordo já está no bairro alto
Podem continuar a falar sozinhos. Mas cuidado. Não se deixem asfixiar com o vómito fétido que destila das vossas bocarras
By,by.