«Fernando Pessoa uma quase-autobiografia» de José Paulo Cavalcanti Filho
O autor (n. 1948) conheceu Fernando Pessoa pela voz de João Villaret em 1966 e calcula que os 30 mil papéis do poeta davam para 60 livros de 500 páginas. Mas não se intimidou no seu projecto: «o livro não é o que Pessoa disse, ao tempo em que o disse; é o que quero dizer, por palavras dele». Com 710 páginas para ler e descobrir, fica um excerto como convite à leitura:
«Dois factos marcaram a vida de Pessoa. Revelou-se um político, quando, no início do Estado Novo português, em numerosos textos, apoiou um governo de direita, angariando a antipatia dos intelectuais comprometidos com a democracia. Depois, rebelou-se contra Salazar, para ganhar, também, a reação dos conservadores de todos os costados. O outro facto está ligado aos costumes, porque, em mais de uma ocasião, se pôs ao lado de poetas notoriamente homossexuais. Sem contar com a defesa que fez da escravatura, ou as críticas ao comunismo e ao cristianismo. Provavelmente por conta dessas atitudes nada convencionais, foi, durante bastante tempo, sempre mais estimado fora que dentro de Portugal. Ou, talvez, como em conversa me disse Teresa Rita Lopes, isso tenha acontecido por Portugal ser um país pequenino, onde os intelectuais se tocam nos cotovelos e todos têm inveja uns dos outros. Apenas refiro esses factos, sem ânimo (ou razão) para análises detalhadas, mas observo que talvez não por acaso, apenas o primeiro dos seus biógrafos, João Gaspar Simões, nasceu em Portugal – os demais são, na sequência dos livros, um espanhol (Crespo), um francês (Bréchon), um americano (Zenith). Certo é que só com o tempo e uma melhor compreensão do contexto histórico da sua presença, se abrem as portas, entre os seus também, para a admiração sem limites que merece. No Brasil, sobretudo, onde revela um prestígio não igualado por nenhum outro poeta português».
(Editora: Porto Editora, Capa: Almada Negreiros, Design: Leonardo Iaccarino)
Oh Xico Francisco aproveitas a calada da noite em que está tudo a dormir para vires para aqui com esta merda de livros que se encontravam na Barateira a 25 tostões e ninguém os comprava. Assim não vais longe. Queres um conselho? Deixa-te disto (livros rascas, poesia de trazer por casa, fotos da escola) e passa a escrever sobre assuntos interessantes, como, por exemplo, porque chumbaste na 3ª. classe, como é que não conseguiste comer a Judite, como foi a tua 1ª. vez e coisas no género. Isso sim tem interesse e a gente lê e admira.. Faço-te um desafio: vou contar como foi a minha 1ª. vez e incentivar-te para que contes a tua. Então, aqui vai:
A MINHA 1ª. vez
O céu estava claro,
A lua quase dourada,
Ali no campo eu e ela,
E não se via mais nada.
A pele suave,
Ela de quatro,
As ancas expostas,
Os quadris largos,
E eu tocando de leve,
O macio das suas costas.
Não sabendo começar,
Olhei o corpo esguio.
E decidi pôr as mãos,
Sobre seus peitos macios.
Eu sentia medo.
Meu coração forte batia,
Enquanto ela bem lentamente,
As firmes pernas abria.
Vitória! Eu consegui!
Tudo então melhorou.
Pelo menos desta vez,
O líquido branco jorrou.
Finalmente tudo acabou,
E quase saio de maca.
Foi assim à primeira vez
Que eu tirei leite da vaca
Autor desconhecido
“Ou, talvez, como em conversa me disse Teresa Rita Lopes,…”
oh meu, presuntos & água benzida à descrição! não fazes a coisa por menos? tou a ver, conhecimentos do teu exílio político em paris e afinidades com a casa do pessoal da benedita, só pode. tamém podias botar aí que o pessoa foi padrinho de nascimento da tua filha ou que tinhas conhecido o nando num bar gay quando começaste a trabalhar aos 12 anos de idade na rua do ouro.
Esta gente além de ordinária (sei que é um adjectivo muito suave…), é ignorante e não sabe ler.
As alimárias nem perceberam que quem falou com a Teresa Rita Lopes foi o autor da obra e não o JCF.
DDDDDDD:)))
pois foi oh evareste! tamém estranhei que a teresa passasse cartão ao da benedita, que afinal só escreveu 3 linhas e um título, o resto é tudo copy paste, daí ter poucos erros ortográficos e ser legível. descupa lá ter sobreavaliado o bronco do teu heterónimo ao atribuir-lhe autoria daquilo que ele não é capaz de fazer.
São tão pouquinhos brasileiros a ler portugueses que mesmo chamando nomes ao Pessoa este brasileiro merece palmas.
Este brasileiro até já lhe arranjou outro heterónimo, homossexual.
Não faz mal.
“Esta gente além de ordinária”
Ao Evaristo tens cá disto que quer dar lições a par com o Xico Francisco basta dizer-lhe, ao mesmo tempo que se faz o gesto:
– Oh Evaristo!Tens cá disto!
E já que se trata de gente ordinária vamos concordar com o evaristo e mandá-lo bordamerda .
oh ibaristo, deste à costa, meuzinho, e pareces ter boz feminina, pazinha, oube baie a chamare ordinário ao penduricalho que supostamente tens entre as pernas, quéssa purcaria pequena em forma de palito de pastelaria, mole como os bolos secos, não tem nada de extraordinário.
Ó pá, uma alimária reconhece outra, num é? Atão, se nos chamas alimárias, tás-te a bere ao espelho, meu ganda cavalgadura, fogo és igualinho ao cabrito das póias literárias, tu inté és ele, bê só. Bai mugir as bolinhas do vitor gaspar, pá, faz alguma cousa dútil, ó macacu. Ó ibaristu tens cá distu?
Ó Xico Francisco galhão, tu de facto és um gajo que tens um complexo bués da grande. tu queres ser culto, queres fazer parte desse mundo das letras, das artes, dizes que és juri disto e daquilo, iscrebes na rebista ler, mas ó meuzinho, alimária de referência, conta lá porque é que o manel Carralho, já foie ministro da coltura e tu não, pá?!
Se és um dos VIP´s da Benedita e das feiras do gado charolês, cunta aí, pazinha, porque é que tue num passas disto, bens-me com a ideia do brasuca não sei daonde, quero lá savere o cú gajo pensaba do Fernando Pessoa. Ó pá, o quinteressa é o cu pessoa escrebeu pá, ele até pode ter sido um grande fascista, mas cú gajo escrebia bem, isso podes crere que sim. Era um transformista, pois, num é? Já bistes, um gajo a defendere a iscrabatura, anti cristão e o caraças e a iscrebere aquelas marabilhas todas? Oube o gajo era bipolar, digo-te isto em primeira mão, Pessoa era bipolar, por isso, é cú gajo escrebia segundo lhe daba na telha e mudaba de nome, tás a ber? se fosse hoje, as alimárias à tua medida já tariam a chamar-lhe trabesti, tás morder? Pois, pois.
Ó Francisco bai ber se eu tô ali na esquina, cuidado com o cálcio, bira à direita e depois eincontra-te cumigo na loja do latoeiro, o gajo prumeteu ter o cabresto feito à tua medida, com cores da Benedita e uma oração à Srª. do Alcamé. Se te purtares bem, ofereço.te uma pandeireta, pra tocares no dia da procissãoe, podes lebar a que tem dois nomes. muda de cuecas se faz fabor, podes ter um acidente na rua e depois parece male.
Ó travesti sério vai lamber a quinta pata do cão do Relvas.
Ó XECA, bem que te podes trabestir as bezes todas que quiseres, meu cagão, porque tu, pelo cheiro que tresandas, és topado à distãncia, oube, tu pareces saver muito sovre o cão do Relvas, pois inté sabes quele tem uma quinta pata. És esquisito, ó calhau, debes ter lambido e não gostado e pensas que são todos como a ti. Baie tu, cuntinua na tua atibidade de olhare pró umbigo e nos tempus libres de mugir as bolinhas e os penduricalhos dos que queres esmifrar, perceveste ó trambolho? Aprubeita e espreme os tomates do Gaspar, nunca se save, ainda sacas alguns trocos e arranjas dinheiro pra ir ás feiras, olha cú berão aproxima-se, hein, ó artolas, e aprubeita, baie aos jogos do tiro, para beres se ganhas uma caneta e aprendes a iscrebere páh, quem save, as canetas made in Chaina te trazem mais inspiraçãoe.
Oubiste o barulho? Não? Comi feijoada da grossa, e como ainda num tinha feito bem a digestão da graozada, tás a ber a trubuada num é? e agora já perceveste? Num precisas de ira á meteorologia, nem à pruteçãoe cibile, a trubuada de peidos e bufas ( pequenas ventosidades traiçoeiras), dirigem-se exclusibamente a ti, aí nas águas furtadas, mas se tiberes na Benedita, é só dizeres que rapidamente segue por fax.