«Outono» de António Salvado
António Salvado (n. 1936, Castelo Branco) é autor de 40 títulos de poesia e membro honorário da Associação Cultural Takenaka-Basho de Pintores, Poetas e Amigos do Japão.
O seu mais recente livro de 103 páginas integra poemas seus traduzidos por A. P. Alencart (castelhano) e An Oshiro (japonês) sendo cada poema acompanhado em página par por desenhos de Kousei Takenaka (n. 1950, Ishikawa).
O ponto de partida é o Outono («Outono. Como restam / ainda nesta árvore / as verdes ilusões?») e o ponto de chegada é a Morte: «A única ambição / consistiu em doar-se / (lê-se no epitáfio)».
No intervalo entre Outono e Morte fica um princípio para a Vida: «Entrego-te o segredo: / nunca o teu coração / trema perante a dor.»
Todo o percurso dessa Vida se revela oscilando entre Natureza («Há papoilas e espigas nos teus olhos: / o reflexo da breve pequenez / do silêncio da terra quando gera») e a Cultura que tanto pode ser a Escrita («São páginas e páginas / que tu foste escrevendo. / Porém pouco disseste») como pode ser a Música: «Cavos sons: os adufes / repercutem angústias? / meigos aprazimentos?»
(Editorial Verbum e Trilce Ediciones, Fotos: Jesus Formigo e Jacqueline Alencar)
Ao dar destaque a uma frase como “Há papoilas e espigas nos teus olhos”, o senhor (ou será a senhora? ou senhores? ou senhoras?) José do Carmo Francisco (um nome que certamente é falso, pois nem apresenta apelidos) demonstra à saciedade a sua doentia obsessão maníaca pela defesa do Eng.º Sócrates, não hesitando em lançar atoardas e emitir insinuações soezes. Pacheco Pereira tem toda a razão ao denunciar blogues como este.
Acusam JPP de não dar exemplos das denúncias que faz. Este texto basta para demonstrar ponto por ponto tudo quanto foi dito.
Alcides Magala (não sou anónimo)
Tu de Magala não tens nada; não passas de um «básico», um daqueles pobres que não podia ser integrado em nenhuma especialidade por não ter qualquer capacidade. Entre 1972 e 1975 vi muitos básicos na tropa. Agora aparece-me um básico tentando dizer que o meu nome é falso. Grande cavalgadura…
Que falta de sentido de humor, jcfrancisco.
Eu farto-me de rir com este problema dos nomes falsos ou verdadeiros que se usam na Net. Estão mal habituados. O nome que consta no meu BI é guida, em criança ninguém acreditava em mim julgavam que eu desconhecia o meu próprio nome. Mas o mais engraçado é que continuam a não acreditar ainda esta semana numa troca de mails com uma empresa lá apareceu o inevitável ‘margarida’. Rir é o melhor remédio. :)
Caro Zeca Xico,
Nao quero feri-lo, mas achei brilhante o comentario do Alcides. Ri, porque imaginei a tempestade de vento de direccao multivariavel que deve ter rebentado na margem esquerda da sua regiao neuronal com mais falta de acido folico.
A sua apresentacao deste livro peca dos mesmos defeitos das anteriores, e nao sao poucas: ensinar o padre-nosso ao sacristao. ‘O ponto de partida e o Outono’, pontifica voce. Pudera! o aviso vem logo na capa!
Saudacoes academicas e nobelisticas deste seu admirador. E mande algum para tabaco.
Não sejas tão básico como é o outro, o falso magala. Uma nota de leitura não é o mesmo que uma aula do professor Manuel Frias Martins. Sou jornalista; não professor de Teoria da Literatura. Vens mal guiado para este lado, maloio!
eu tenho quase a certeza que o JCF se “escangalha” a rir, quando responde ao Alcides e companhia, embora se finja furioso…
Conheço António Salvado. De vista e pouco mais. Cruzamo-nos às vezes num café ou na rua. Por pudor ou timidez nunca lhe dirigi mais que um “boa-tarde” murmurado, em que o aceno de cabeça mutuo perdoa o baixo volume do cumprimento. Gosto de o ler. Ele não sabe que eu gosto de o ler. Nem sabe que tambem eu me arrepio quando oiço, na romaria da Senhora do Almurtão, os adufes matraqueando uma música que nasce do fundo da terra e que se ouvirmos com atenção contem todas as perguntas necessárias. Ás vezes, na poesia de António Salgado encontram-se respostas. Ou perguntem às oliveiras. Elas sabem todas as respostas, nós é que não sabemos ouvi-las.
Meu Caro Luís Eme – é verdade em parte. Esta palavra «maloio» tem uma força especial e insólita que só os bons dicionários sabem adivinhar. Por exemplo o da Sociedade de Língua Portuguesa. Maloio é mais que saloio, brutamontes, rústico, palerma, lapão. É mais, sempre mais. Mas um dia (talvez um dia) venha a gastar a que está na reserva e que a minha avó só usava em casos especiais…
Prezado Ze,
Mas porque perder tempo a consultar dicionarios especializados ou a meter a sua avo, uma pessoa que nada tem a ver com as traquinices dum neto que ja e avo, neste baile? Sim, diga-me, que sou seu amigo. Sem querer ofender a memoria da senhora, que e capaz de ter usado o mesmo apelido, sugiro-lhe que de uma olhadela a sua certidao de nascimento. La encontrara pano de sobra para mangas, a comecar pelo seu primeiro nome: Ze-cuecas, ze-da-vestia, por sinal ambos muito adequados a ideia do insulto insosso que pretendeu transmitir.
Continue a navegar, argonauta, aqui estarei para soprar-lhe vento de metana nas suas velas.
Fica descansado que quando chegar a hora eu não vou, como dizes, «pretender transmitir», transmito mesmo. Mas tem que ser na hora e na circunstância. És atrevido mas não passas de um lapão…
OK, JCF, admito a derrota humilhante. Por ora. Mas continuo o secreto mouro na costa que podera reaparecer a qualquer hora e em qualquer circunstancia. Portanto, descanse, quebre as grilhetas e arrume esse maldito dicionario de sinonimos na prateleira.
este livro foi escrito a pensar numa mulher trigueira. :-)
É possível Sinhã – ali pela Beira Baixa há cá umas «musas» que não te digo nada. O tom trigueiro tem a ver com o contacto permanente com a Natureza. Além de belas ainda lhes sobeja tempo para fazerem deliciosos queijos.