(sobre Fotografia de Álvaro Carvalheiro)
Vejo o monte quando olho para ti.
Tu não sabes mas o teu olhar é uma porta aberta, um convite, uma sugestão de caminho. Olho-te na cidade e penso logo no campo, penso logo na brancura das casas, no azul das barras, no castanho das telhas.
Cheguei aqui cansado, vinha a transpirar, os pés pesavam toneladas e, morto de sede, só descansei quando me deste um copo de água tirada de uma bilha no louceiro. A única música que aqui chega é a do vento, capaz de secar a roupa estendida e as tuas lágrimas.
Vejo o monte quando olho para ti.
Vejo nos teus passos o prenúncio do movimento. És tu que seguras o alguidar da roupa que vais estender entre a última casa e a primeira árvore. Tal como foste tu a sacudir o sono e a trazer à vida do monte a sua velocidade.
Há uma ordem, uma perfeita sintonia de aromas que mistura de modo sábio o odor das flores silvestres aqui à volta e o lento cozinhado por ti decidido no espaço da cozinha onde muitas vezes preparar a refeição é mais do que arte; é uma ciência.
Vejo o monte quando olho para ti.
Habito o espaço sentimental desta imagem por ti povoada. É um dia luminoso, o monte repousa e apenas o esvoaçar da roupa que tu estendeste lembra que vive aqui alguém. As tarefas quotidianas ocupam os seus locatários. Uma humidade difícil de medir percorre e liga a ternura dos teus olhos à respiração da terra.
Vejo o monte quando olho para ti.
acho que este monte de mierda foi êxito na rodoviária em cáceres há 2 anos, fónix! passas a vida a repetir piroseiras ininteligíveis “habito o espaço sentimental desta imagem por ti povoada.” misturadas com os mais primários instintos do caçador de sopeiras fazendo poemas de rima duvidosa à cama, mesa e roupa lavada. ganha juízo pá, se estás cansado, não te pusessses ao caminho, que ninguém te chamou. sempre a armar ao tadinho com dores e cheio de sede, até a merda de um caneco d’água tem de ser servido a sexa, sim malandro que se preze tem gaja para lhe apertar os atacadores. és uma vergonha, escreves mal, pensas pior e repetes-te bués. já agora, cadê a tradução espanhola que apergoaste desta xaropada? se em tuga é ridículo em castelhano deve ser hilário.
resumindo: um boi com visão palaciana do monte
Oh Xico “Vejo o monte quando olho para ti.”
Eu quando olho para ti vejo o cume do monte.
No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
A rosa no cume cheira.
Quando cai a chuva fina
Salpicos no cume caem
Formigas no cume entram
Abelhas do cume saem.
Quanto cai a chuva grossa
A água do cume desce
O barro do cume escorre
O mato no cume cresce.
Quando cessa a chuva
No cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no cume ardia!
Caríssimo poeta,
Conhecidas que são as minhas limitações, tenho a maior dificuldade em compreender este seu texto (que não duvido seja de grande qualidade).
Por exemplo, quando escreve: “Vejo o monte quando olho para ti.”
Não seria mais lógico vê-la quando olha para o monte? Ou quando fala de “monte”, refere-se ao monte de Vénus?
E aqui: “Tal como foste tu a sacudir o sono e a trazer à vida do monte a sua velocidade.”
A “sua velocidade”? “Sua”, de quem? Será correcto dizer-se que “vida do monte” é veloz? Ou estava a gozar com a apregoada lentidão dos alentejanos?
“Uma humidade difícil de medir percorre e liga a ternura dos teus olhos à respiração da terra.”
Não haverá uma confusão (pelo menos) nesta frase? O quer dizer aos seus fiéis leitores com a humidade que vai do(s) olho(s) para a terra, terra que ainda por cima respira? Que humidade? Lágrimas? Ou estará a fazer uma alegoria, dizendo-nos que a humidade tem origem no ânus dela e faz ligação à sua (do poeta) respiração ofegante, enquanto se esforça no meio das cochas da protagonista, a fazer o que em Português corrente se chama uma lambissoca?
Ó PAH ESTA MERDA JÀ FOI PUBLICADA UMA VEZ; ó meu badalhoco, sexista, tu só mandas em sopeiras, pah, vês o monte, vês, vês, o monte de merda, pah, é o que tu ves.Eslareço, MERDA stricto sensu, ok?! Binhas a transpirar, grabda badalhoco, pois usa desodorizante páh, lava-te, ou será que na altura num tinhas citrohein, hein?
Fogo, andas acoçar a micosa, pah, atão a pazinha laba a ropa na riveira, inda por cima segura no alguidar? Estende a ropa e tu que fazes, hein? Labrego! cagas as cuecas, e poes pra pazinha labare num é? ! É claro que é!
«As tarefas quotidianas ocupam os seus locatários.» Olhem-me pra isto!!!! locatários!! O gajo debe ter ido ao codigo cibile e aprendeu a palabra e agora arma-se em dotore, ó páH então tu queres imprimir uma sensivilidade ao texto e depois bens-me com esta dos locatários?! E que locatários eram estes pá?
E claro, o cozinhado, que o dôtore tinha que ter alguém acozinhare pra ele, e com CIÊNCIA! Debe ser debe, comes batatas cozidas com sardinha ou atum, la debes cumer bacalhau de bez em quando e pronto, transformas o lento cozinhado em ciência. Fogo, este gajo diz que tem uma hoover e ainda cozinha no fogão de dois bicos, só pode, pá, atãoe o tipo fala em lento cozinhado. Oube bai pastare verrugas no monte meu, irra, ao fim do dia, apanha-se com este tipo a REPETIR O QUE JÀ ESCRVEU, cum caraças, PASTEL!
O sol que no cume ardia!
lhe deu um granda escaldão
e fez do Cramo Francisco
o XECA GALHÃO
A Rosa no cume cheira
sem o xulé do xico
mas cheira mais ainda
a merda que ele faz no penico
Quando cai a chuva fina´
é chuba molha parbos
o gajo da camo francisco
penas que faz bardos
Ó pazinha pá, inspirei-me no naco do poeta da treta, ehehehhheeh, podes puvlicare na rebista lere e maluco és tu, pá, andas a monte e ninguém tencontra, meu.
Oh Jonas, isso é areia demais para a minha camionete. Pergunta essas merdas ao Xico Francisco que tem um citroen e andas sempre às porras com a EMEL.
Oh Voltaren esse poema do cume não metia o Xeca Galhão, No cume só lhe entram abelhas a cresce o mato, além de que no cume do Xico o sol também ardia.
Já que o Xico Francisco gosta de montes e vales aqui fica uma da minha autoria para ao menos elevar o nível dos posts do Xico. Vamos ver se com os comentários transformamos isto em algo com algum interesse. Ora cá vai:
QUE BEM QUE SE ESTÁ NO CAMPO, ADELAIDE!!!
Angustiado o poeta
com a vida citadina,
montou-se na bicicleta
a caminho da campina.
Rezou ao Padre Eterno
por respirar o ar puro,
pisou um “melão d’ Inverno”
o “melão” ‘tava maduro!
Com a merda no sapato
lá foi descendo a rampa,
para, junto do regato,
ir limpar aquela trampa.
Cheiro a merda fresquinha,
resolveu pôr-se a milhas,
ao passar por uma vinha
deitou fora as sapatilhas.
Com a mente aliviada
daquele triste percalço,
retomou a caminhada,
agora ia descalço.
Pontapeou um calhau,
e fez um lenho na mão
com uma lasca dum pau
e pisou outro “melão”.
Bebeu água das fontes,
saboreou mil perfumes,
trepou por serras e montes
e subiu até aos cumes.
O calor no cume arde,
o calor do cume sai,
embora já fosse tarde
o sol no cume cai.
Num pinheiral se deitou
na sua cama de lona,
e às tantas apanhou
com uma pinha na mona!
Viu com as caras inchadas
duas amigas já velhas,
que tinham sido picadas
pelas melgas e abelhas!
Caminhou e de repente
deu um pontapé num marco,
e um pouco mais à frente
’té caiu dentro dum charco!
De seguida dormitou
depois de muito pensar,
mais tarde é qu’ acordou
com vontade de cagar!
É boa a vida campestre
que a todos faz inveja,
uma cagada de mestre
limpar o cu à carqueja!
Finalmente escapou-se
pró nosso mundo moderno,
deixando a quem lá fosse
um outro “melão d’ Inverno”!
Ó POETA DA TRETA, pois num tenho capacidade de acompanhar bomecê nestas coisas da poesia, fogo, que me engasguei de tanto rir, o percurso do XICO francisco é na berdade algo de destaque na rebista ber.
Aqui bai um pequeno apuntamentu da bida do Xeca, aquela quele rebela neste douto vlogue.
Autobiografia do Xeca
Sou o Xeca Galhão
Sem pinta e sem estilo
Escrevo que ma farto
Mas só repito «emílios»
É só judites e luisas
Também teresas e anas marias
Vejo o monte numa delas
E só escrevo merdesias
Chamos nomes a toda a gente
Só eu me acho perfeito
Todos me conhecem
Por ter tanto defeito
Escrebo na rebista Ler
Patacoadas de meia tigela
Até as sanitas reclamam
De tanta beringela
Como comida com ciência
É só cozinha do melhor
Como que nem um alarve
Com os peidos sou bem pior
Ando a pé como o pobo
Mas transpiro que nem um porco
Rais partam a comichão
E aquilo que emborco
Toma lá Xeca, poiasia on line, tás a ber cumo calquer um pode ser poaita e escrebere? E eu num chumbei na terceira classe, ó da Benedita.
Voltaren nem sempre rima mas desde que seja verdade é o que importa.
E o Xico Francisco deve estar agradecido por fazerem poesia ou poiasia em sua homenagem.