Escondem entre as pernas o bode da viúva
Bem longe do balcão da sombria taberna
Seus gritos são iguais às bátegas de chuva
Da água maldita que não entra na cisterna
Nem mata a sede neste Verão de fornalha
Que queima as gargantas de quem passa
Nas ruas mais apertadas onde se espalha
Toda a pobreza da aldeia toda a desgraça
Cisterna, único lugar da casa bem fechado
Mais que roupa ou louça, arca ou armário
Riqueza fechada no segredo dum cadeado
Mata a sede de quem chega ao contrário
Da vida que se vai projectando no ecran
E que termina a dois numa dança ritual
A chuva da noite vai repetir-se de manhã
Nas ruas onde o ar sabe a mar e sabe a sal
tão gira esta marchinha rumo à dança ritual, Zézinho.:-)
Ai Sinhã que saudades quando a Irene Pappas aparece na taberna e os homens só a enfrentam porque estão em grupo, disfarçando a sua fragilidade na frágil união de todos à volta dos copos e do fumo dos cigarros…
pronto, temos ireninhã. :-)
Interessante taberna…
Não desfazendo é uma estampa de mulher, uma bela actriz que também canta. Ai, ai…
não concordo: a verdade é para ser desfeita até à nudez.:-)
Vai-te foder!
E tu com quem é que julgas que estás a falar? O fim de semana já acabou.
Que taberna!!!!!
O último verso é desastrado e sinistro. Assemelha-se a um remate falhado na costura da D. Felisberta.
Zézinho, bora lá despejar um balde de mijo pela janela? :-D
Sim mas primeiro é preciso gritar ÁGUA VAI! E deposi serradura no pavimento…
:-D