Para si são as palavras mais difíceis
Nas longas noites de procura de sentido
Para os textos que transmitem uma dor
De não saber fazer assim a minha prosa
E quem diz prosa diz poesia porque é assim
Quando os seus livros são conhecidos no iceberg
O que não está exposto ao nosso olhar
(Quantas palavras cheias de som nessas gavetas)
Na sua balança para medir o peso de quem passa
Há um cheiro a noite e a gasolina
Deixe-me ao menos ver a ponta dos seus dedos
Deixe-me olhar o seu peso nas suas palavras
o cheiro gasolina é dedicado ao ferreira de oliveira – c.e.o. in “galp” actual
Vai morrer longe, ó monstro!
mesmo verdade a alusão ao iceberg. e serve como analogia para explicar quase tudo o que existe e não se vê e é maior do que o que está à vista. :-)
Exacto – nem mais Sinhã. O Colóquio acaba hoje à tarde com um filme e leitura de um texto de Eduardo Lourenço. Ontem fomos ver «Uma abelha na chuva» à Cinemateca.
:-) boa.
O perfume nocturno a gasolina,lembrete da falta de aminoácidos, da roubalheira galpiana, ó Lorde, só falta a marca do carro.
oh lord, won’t you buy me…
Vai morrer como morrem os grilos!
se fosses bater pívias a grilos talvez aliviasses a fixação
Ó chico do bairro alto pá, lava as mãos antes de te meteres com os grilos. Coitado dos grilos, o partido dos animais ainda te processa pá, que com a fome que andas, ainda provocas a extinção da espécie, seu macaco. Vai beber gásoleo, seu cueta de cordel.Quem sabe ficas mais inflamado e te sai uma estrofe de jeito.