Lisboa, chave do Mundo
Em teus olhos fotografado
Barco a perder-se no fundo
Onde o mar fica a teu lado
Na memória da carreira
Com destino para Goa
Uma canção derradeira
Na despedida a Lisboa
Se levanto a minha voz
E a junto à tua paisagem
Não sei de milhas ou nós
Mas quero ir na viagem
Nesta cinza prolongada
Entre Lisboa e Cacilhas
Memórias de quase nada
Barcos e nomes de ilhas
Na tarde que não existe
Fora da folha e da escrita
O tempo fica assim triste
Lisboa está sempre bonita
Lisboa, chave do Mundo
Porto de me sentir seguro
Foto que dura um segundo
Entre o passado e o futuro
Entre a cidade e a memória
Entre sons quase perdidos
No teu olhar leio a História
E percebo os seus sentidos
No meio do nevoeiro
Digo-te adeus por sinais
Passavas no Limoeiro
Já chegaste aos Olivais
Ai, Jesus!
Porquê ?
A rima não é o meu forte, mas reconheço talento a quem a faz.
É preciso conhecer mtº bem as palavras e seus sons para os encadear, ainda por cima cruzados. Que belo fado davam as sua rimas, poeta e você aí à mão, no B. Alto.
Obrigado, poeta, não deixe de cumprir a sua promessa e siga com a caravana.
Jnascimento
Eu gostei muito do desenho. O desenho está muito bonito.
As palavras, essas, nem o vento quer algo com elas. Engordaram, perderam a graça e eu, alma faminta de poesia, fujo a sete pés, que de tanto correr e ainda não ter parado, me encontro a arfar, sem fôlego para mais.
A caminho da Califórnia vai um burro aos trambolhões…..
Lindo. Pelo menos tão giro como os versos do Carlos Paião. Ou do Silva Tavares ou do Aníbal Nazaré. Adoro esta poesia popular e simples, sem pretensões, toda naturalidade. Um bom exemplo dos versos que o povo entende.
eu acho bonito! Os versos do JCF poem-me aos saltinhos assim como se fosse a descer as escadinhas de S. Crispim,
Pois a mim, as estrofes versicas do frankie transportam-me ao extâse. Concorrem com qualquer chuto na veia e outros chutos psicotrópicos.
Nunca me fartarei
dos versos do jêéfequei
São lindos de morrer
Apetece lê-los ao amanhecer
Depois de fumar um cigarro,
Um charuto, ou um charro,
Impoe-se ler o poeterda
Não esquer seus versos de erva
Ui, saíu-me. Vou já chamando nomes por antecipação a quem se meter com a minha escrita que também é reconhecida no diccionário em Portugal. Seus trambolhos, seus grandas burros, seus badalhocos, vão esconder o morango, seus avôs tortos.
bonita a Lisboa do óleo de Paula Varona e das quadras do José do Carmo Francisco.
ambos merecem o seu sorriso luminoso, quase diário.
eheheh, pois sim. A gargalhada também.