Viola-da-terra, menina
Nas mãos de Hélio Beirão
Cria na voz de Eduardina
O rumor duma canção
Na Rua dos Navegantes
Como na Horta, cidade
São as coisas importantes
Que criam maior saudade
Entre igrejas e conventos
Entre ermidas e mercados
Ficam no pó dos momentos
Os teus passos registados
Nas janelas dos solares
Na Ribeira da Conceição
Nos mais diversos lugares
Angústias em construção
Viola-da-terra, menina
Mas mãos de Hélio Beirão
Cria na voz de Eduardina
O rumor duma canção
Das Angústias, freguesia
Pode nascer um compasso
Com palavras de alegria
É esta canção que faço
Jardim Florêncio Terra
Num coreto silenciado
Uma voz em pé de guerra
Procura por todo o lado
Qual é o exacto lugar
Onde fica a sua canção
Será na Rua do Mar
Ou na Rua de S. João
Viola-da-terra, menina
Nas mãos de Hélio Beirão
Cria na voz de Eduardina
O rumor duma canção
eduardina canção
(e fica no ouvido, sim senhor, o refrão).:-)
Poetas e pensadores são poemas… harmonizações sonoras deleitosas para a alma… apesar dos ouvidos enrudecidos pelas estropolias fabris que ressoam na cidade. Que fazer? Escutar com deleite ou balburdiar sem destuar? Que dilema!
Nada vibrou em meu coração, entorpecido, apagado, sem pulso. Tomara escrever de garganta solta e alavancar harmonias dissonantes, mas trago o coração morto, a voz embrulhada, o pensamento fosco.
Uma pedra enxotada por quem a amou.
Alavanca, mulher, que o teu alavancar nem sempre traz desgraça. Já o coiso dizia que atrás de uma montanha está outra.
lanterna vermelha, não tenho tanta certeza.
Pois, subir à montanha não é para qualquer um…
que sábio coiso.:-)
Foste tu que mataste Lira, do Carmo ?
Plangente rima,
Toada para Eduardina, a Bela, nas mãos de Hélio Beirão. E Florêncio Terra ?
Viola-da menina-terra !
Jnascimento