Tão certo como se tivesse sido combinado
Ao telemóvel numa mensagem recebida
Numa cidade com ruas por todo o lado
Logo havia de te encontrar na Avenida
Uma alegria há muito tempo perseguida
Num intervalo quase terra de ninguém
Mas eu já via o teu olhar numa ermida
Na romaria anual da terra da tua mãe
Teimo ver no risco do quiosque a capela
Na tua pressa a ideia da promessa a pagar
A tua garrafa de azeite deixada na janela
Faz de noite a luz da lamparina no altar
Um sonho destruído pela ambulância
Que passou agora em alta velocidade
Rasgando na tua pressa uma distância
Trazendo ao meu olhar outra saudade
“a saudade pelos vivos é dor leve”.
?
:-)
Não percebo essa citação, não conheço. A Isabel Pires de Lima escreveu um dia que a minha poesia é «límpida, incisiva e eficaz». Só queria saber se estás de acordo, já agora que te pronunciaste.
é do camilinho. eu gosto.:-)
é, sim, uma verdadeira aspirina a tua poesia
(ou parece ser, pelo que ouço dos seus efeitos, visto nunca ter tomado).:-)