Ao sábado chegam a casa as três meninas
Sobem as escadas num porte de princesa
Em cada rosto há uma luz de tangerinas
As suas vozes ligam a Cultura à Natureza
São teses, são diplomas ou são mestrados
Novos conceitos na História, na Educação
A nova sementeira à espera dos resultados
Num campo onde é preciso saber ter razão
Das janelas vê-se a serra e as suas ravinas
Pressentem-se ribeiros, o Tejo e afluentes
Ao contrário da cidade com ruas e esquinas
Onde os dias são iguais embora diferentes
Ao domingo à noite a casa fica sombria
A linha da alegria fica logo interrompida
Sai então a Paula, sai depois a Ana Maria
E logo a seguir sai também a Margarida
Um verdadeiro tasquinho:
Era do Américo Caixa
O pirosteco tasquino,
Onde o sonho se emborracha
Quando a saudade é de vinho.
No mosqueiro do balcão
Não faltava lá pitada,
Desde frango a salpicão
Iscas e sardinha assada.
Mas se esbordava o tasquinho
E ele estava lá sozinho,
Enchia de pulmões.
“Fiu, fiu” ó São, São, ó São
Põe-me aqui o teu irmão
Nem que seja p’los …
De: Rodela
Só uma perguntinha ao poeta: como é «que os dias são iguais embora diferentes»? Depois, a salgalhada do costume. Nem parece que publica versos desde 1972! Ou parece?
Faça lá a sua criticazinha aos livros e fique-se por aí. Largue a poesia. Ultimamente só escreve poesia (???) falhada. Ainda se aproveita um verso aqui, outro acolá. O resto, apenas um amontoado de palavras. Dá a impressão que se julga um grande poeta e que tudo o que escreve é bom! Já reparou no ritmo? Na falta de harmonia? No pé quebrado dos versos? Na desarticulação total do poema? Isso não é poesia. Não passa de uma pretensão, de uma teima, de um «quero, posso e mando». Largue este género de poesia, repito. Só nos maça. Principalmente, a quem aprecia poesia a sério, como eu. É um conselho de amigo e não me chame invejoso. Se chamar, só mostra falta de argumentação, meu caro José Francisco
Manuel Pacheco: andou lá perto, mas falhou o «golpe de asa». Ou teria sido o Rodela?
tão giro, zézinho.:-)
(e eu, hoje, falei ,lá na minha casa, de uvas e do douro).:-)
ESta é mais Vila Velha de Ródão, Sinhá mas o que conta é a Geografia que é mais importante do que a História. Um abraço caloroso
:-)
Isalino Nguimba da Cruz Augusto – Angola
Não posso Eva
O olhar da Eva é um rio transbordante
que carrega vida nas curvilíneas ruas
do seu desenho corporal
Não é normal que ela me demova
do meu estado estático e desinteressado
da poesia ética e estética do meu coração
Há no olhar da Eva uma mística
que me alcança e me enlaça
nas imagens do ecrán do meu ser
e me conduz no paraíso do fruto proibido
Passeio enfeitiçado na calçada dos seus lábios
esquecendo-me do ditado dos sábios
No entanto recobro a razão
e vejo o olhar desesperado do meu coração
que constata a moralidade
da armadura doirada dos meus dedos
oh não!
não posso Eva
podes tu, lenor.:-)
Espero que apreciem como eu apreciei. É uma preciosidade verdadeira. Um gesto de abdicação humana que alguém confessa. Ousado e sincero. Que nos faz passar por uma gama de sensações desde a surpresa à compreensão, desde o dramático ao cómico.
Encontrei por aí, na net. É uma prenda para o Aspirina.
apreciadinhõ.:-)
(giro, giro, era o zézinho publicar esta prenda).:-)
Eu não sou editor, a não ser que zezinho seja outro…
tu és o zézinho.:-) falava em publicares aí no aspirina. era giro.:-)
Então já está… a não ser qeu queiras pedir ao Valupi um estudo tipo prefácio…
val? queres fazer um estudo tipo prefácio como diz o zézinho? :-D
“Histórias do Padre Castro”
O Padre Castro media
Uns três metros e noventa
De barriga e já não via,
Há anos, a ferramenta.
Um dia estava a “mijar”
E um rapazito atrevido,
Pôs-se do lado a espreitar
Aquele monstro esculpido.
Mas ele olho perspicaz
Foi perguntar ao rapaz:
– Tu viste-me o “realejo”?!
– Vi. – Pega então dez “paus”, pá
E diz-me como ele está
Que há muito que não o vejo
De. Rodela
ai que riso, manelinho.:-)
Sinhã
São histórias veridicas. Era um padre boémio, morreu em 1950.