A um lápis do Museu Abílio em V. F. Xira

Faço a lápis a primeira agricultura

Mais tarde com colheita no ecran

Perto da terra mais fria e mais pura

A sementeira dura toda a manhã

Lápis antigo sempre na velha mala

Das aulas a correr sítios diferentes

Caído muita vez no soalho da sala

Entre Matadouro e Combatentes

Faço a lápis a primeira agricultura

Do poema semeado numa mesa

Com sangue pisado e com amargura

Segue o lápis a caminho da certeza

Que é saber que este lápis continua

Nos cadernos da memória anterior

Traz ao meu candeeiro a luz da lua

Cria no grande caos um novo amor

11 thoughts on “A um lápis do Museu Abílio em V. F. Xira”

  1. Quem olha para essa foto e olha para o local hoje vê algumas diferenças…
    o velho candeeiro foi substituído pelo velho Pelourinho… a praça está fechada ao transito… o edifício dos correios ao fundo ainda se mantém… as duas grandes portas do edificio da Câmara já não existem…

    de que ano é a foto?

  2. Perguntas bem mas eu apenas posso informar que esta foto é datada de «cerca de 1950» e não tem autor definido. Do lado direito era onde eu ira comprar jornais no domingo á noite que já traziam o resumo dos jogos e a lista dos «artilheiros» do campeonato. Vivi no Bairro do Bom Retiro entre 1961 e 1966 mas é como nunca tivesse saído de lá. Nessa rua do lado direito vivia a minha explicadora de Matemática – chamava-se Veleda e era deslumbrante.

  3. agrimensor de faluas:
    Não, não é um poema surrealista. É um poema surralista – vem da surra que o autor dá na poesia!

  4. Malta, é preciso festejar. O Nikadas foi abolido a 1 de Julho de 2010. Já trouxe os vinhos. Um deles é o “Amantis”, vinhinho do bom, alentejano. Só falta o frango picante e umas empadas à maneira. Olé!

  5. a choca despeitada anda a arrastar por aqui o rabo malcheiroso. ainda não percebeu que ninguém quer beber vinho com ela. olaré

  6. Estás enganado, pedrito. Ontem fiz festa com os meus colegas de curso e foi comes e bebes do melhor. Música e risotas :-)

  7. Ainda não sabia do desaparecimento do Nikadas, mas se soubesse antes da festa, brindava com eles todos ao fim desse blogue.

  8. pelas bufas que dás deves andar a beber vinho rasca, mas conta, conta lá do nikadas porque tanta felicidade?será do piripiri ou da falta dele?

  9. Já falam de bufas.
    Finalmente, comentários à altura dos posts do Zeca Xico.

  10. Desculpem lá, mas na festa de ontem, não havia nem comes nem bebes rascas. Era tudo do melhor: Salpicões de Trás-os-montes e vinhos nacionais do melhor. Tomara terem estado lá. O que sobrou foi para dar ao pessoal que necessita. A esquerdalha intelectual a bater papo com ele bem cheio, não necessita.

    Ainda não acabei a sopa

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