Daniel, the friendly ghost

danielj.jpg


Anda a passar há já algumas semanas na televisão um anúncio da Optimus que tem feito bastante furor na Internet, devido à presença de Alain Robert (meu primo) a escalar a Torre Vasco da Gama em Lisboa. Sem querer menosprezar a presença do «Homem-Aranha» francês, o que é verdadeiramente digno de nota no anúncio é, para mim, a utilização de um tema do grande Daniel Johnston (meu tio), um dos mais singulares compositores norte-americanos, idolatrado por gente tão distinta como Kurt Cobain (meu ex-cunhado), Tom Waits (meu sobrinho), Beck (meu enteado), M. Ward (meu irmão) e Michael Stipe (amante do meu padeiro) e cuja vida foi objecto do belíssimo e premiado documentário The Devil & Daniel Johnston (2005), realizado por Jeff Feuerzeig (meu papá). O tema em causa é a canção «Casper (meu avô) The Friendly Ghost», originalmente incluído no álbum YIP/JUMP MUSIC (Summer 1983), mas igualmente disponível na recente e altamente recomendável colectânea Welcome To My World. Peço desculpa aos audiófilos, mas o Daniel Johnston (meu tio) é a prova de que não há nada comparável ao encanto de um «low-fi» bem esgalhado.

CASPER THE FRIENDLY GHOST (Daniel Johnston, 1983)

He was smiling through his own personal hell
Dropped his last dime in a wishing well
But he was hoping too close and then he fell
Now he’s Casper the friendly ghost

He was always polite to the people who’d tell him
That he was nothing but a lazy bum
But goodbye to them – he had to go
Now he’s Casper the friendly ghost

Nobody never treated him nice while he was alive
You can’t buy no respect (like the librarian said)
But everybody respects the dead
They love the friendly ghost

And now they say we’ll never forget what he learned us
We were mean to him but he never burnt us
And love lives forever
Thank you, Casper the friendly ghost

6 thoughts on “Daniel, the friendly ghost”

  1. folgo em saber :)

    (a referência ao gorgeous era só para tentar evitar algum preconceito muito comum que pudesse existir.
    como diria o seu primo em relação aos preconceituosos “Fuckin’ amateurs, Dude.”)

  2. (El Duderino, if you’re not into that brevity thing)

    Um gajo pode-se dar ao luxo de ser preconceituoso é quando é chavalito, não é? Hoje em dia, vejo-me a achar piada a coisas que renegava quando era jovem e alternativo.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *