“Este é o momento de mobilizar os cidadãos de esquerda que se revêem na justiça social e no aprofundamento democrático como forma de combater a crise.
Não podemos assistir impávidos à escalada da anarquia financeira internacional e ao desmantelamento dos estados que colocam em causa a sobrevivência da União Europeia.
A UE acordou tarde para a resolução da crise monetária, financeira e política em que está mergulhada. Porém, sem a resolução política dos problemas europeus, dificilmente Portugal e os outros Estados retomarão o caminho de progresso e coesão social. É preciso encontrar um novo paradigma para a UE.
As correntes trabalhistas, socialistas e sociais-democratas adeptas da 3ª via, bem como a democracia cristã, foram colonizadas na viragem do século pelo situacionismo neo-liberal.
Num momento tão grave como este, é decisivo promover a reconciliação dos cidadãos com a política, clarificar o papel dos poderes públicos e do Estado que deverá estar ao serviço exclusivo do interesse geral.
Os obscuros jogos do capital podem fazer desaparecer a própria democracia, como reconheceu a Igreja. Com efeito, a destruição e o caos que os mercados financeiros mundiais têm produzido nos últimos tempos são inquietantes para a liberdade e a democracia. O recente recurso a governos tecnocratas na Grécia e na Itália exemplifica os perigos que alguns regimes democráticos podem correr na actual emergência. Ora a UE só se pode fazer e refazer assente na legitimidade e na força da soberania popular e do regular funcionamento das instituições democráticas.
Não podemos saudar democraticamente a chamada “rua árabe” e temer as nossas próprias ruas e praças. Até porque há muita gente aflita entre nós: os desempregados desamparados, a velhice digna ameaçada, os trabalhadores cada vez mais precários, a juventude
sem perspectivas e empurrada para emigrar. Toda essa multidão de aflitos e de indignados espera uma alternativa inovadora que só a esquerda democrática pode oferecer.
Em termos mais concretos, temos de denunciar a imposição da política de privatizações a efectuar num calendário adverso e que não percebe que certas empresas públicas têm uma importância estratégica fundamental para a soberania. Da mesma maneira, o recuo civilizacional na prestação de serviços públicos essenciais, em particular na saúde, educação, protecção social e dignidade no trabalho é inaceitável. Pugnamos ainda pela defesa do ambiente que tanto tem sido descurado.
Os signatários opõem-se a políticas de austeridade que acrescentem desemprego e recessão, sufocando a recuperação da economia.
Nesse sentido, apelamos à participação política e cívica dos cidadãos que se revêem nestes ideais, e à sua mobilização na construção de um novo paradigma”.
Mário Soares
Isabel Moreira
Joana Amaral Dias
José Medeiros Ferreira
Mário Ruivo
Pedro Adão e Silva
Pedro Delgado Alves
Vasco Vieira de Almeida
Vitor Ramalho
Lisboa, 23 de Novembro de 2011
“ao desmantelamento dos estados que colocam em causa a sobrevivência da União Europeia” .!!! ele há cada cromo mais desligado do real. chegada aí nem vale a pena ler mais manisfesto pró dantas. mesmo sério que acham que os zés povinhos dos vários povos estão interessados na continuiedade dum parlamento europeu pago a peso de ouro que disfarça a sua irrevelância com diarreia legislativa que só estorva a bom funcionamento de uma sociedade integrada num mundo globalizado que se está cagando para as luvas brancas até ao cotovelo da “ouropa ” ? se querem emprego , vão ter de o arranjar ( mama) noutro lado , senhores políticos orfãos.
são patéticos , vocês todos , lamento.
Pois…
GOOD BYE WILLY!
Pois, pois…mas a maioria deste senhores subscritores, sem qualquer pudor, antes de junho 2011 alinhavam no côro daqueles que atribuiam os males de Portugal, quiça da Europa, ao malandro do Sócrates, deixando este a “puxar sozinho pelas energias do país”.
Eu tenho memória, sr Mário Soares. Critica agora aqueles a quem há pouco ensinava a cantiga toda na “universidade de verão PSD”.
Quem leva a sério esta gentinha?
Talvez seja por estas e por outras que o povo se mantém abúlico. Há uns meses atrás todos sabiam muito bem onde estava o mal: Sócrates. Agora já nâo é? O povo não entende…
A greve? É combater males novos com armas velhas. Não foram as greves que fizeram a “primavera árabe”, foram manifestações. Não foram greves que ajudaram a derrubar Sócrates, mas as manifestações promovidas um pouco por todo o lado. E a gente percebeu que os sindicatos se limitaram a cavalgar a onda.
Hoje ninguém compreende que se prejudique gravemente, em dia de trabalho, quem ganha o sustento de cada dia.
A multidão de desempregados não pode fazer greve!!! E, não tarda, serão tantos como os que trabalham.
Os pensionistas de quatrocentos ou quinhentos euros não podem fazer greve!
Não estão em causa simples “direitos de quem trabalha”, mas sobretudo de quem não tem acesso ao trabalho ou a uma vida e uma reforma condignas.
Numa palavra, a “luta dos trabalhadores” é coisa do passado. A luta agora é outra. Mas é muito conveniente para os senhores deputados europeus e nacionais que se pense à moda antiga, porque isso garante mandatos atrás de mandatos aos felizes eleitos.
“Mutatis mutandis”, estes senhores deputados europeus e nacionais comportam-se co mo os nossos antigos deputados da Assembleia Nacional: pactuam com o regime decadente a que conduziram as democracias. O Alberto João percebeu isso há muito e goza com estes ilustres deputados, governantes e presidentes da republica abananada.
Faltava espezinhar a Constituição, descarada e consentidamente, para reconstituir um regime de farsa. Na Madeira, um deputado vale por vinte e cinco…E aqui? Já estou a imaginar um murro na mesa dos democratas de S.Bento!
O mesmo murro que deram ao exigir a tal auditoria no “caso sem paralelo” das contas ocultas do Alberto, auditoria solenemente prometida para depois das eleições regionais…
Os tribunais estão a funcionar em roda-livre. Qualquer juiz de comarca desobedece e canta de galo ao Presidente do Supremo e qualquer magistrado manda calar o PGR.
Como tem ficado demonstrado, pelos processos arquivados, camuflados, em investigaçâo ou em julgamento que se há-de arrastar até à prescrição, o povo foi tomando consciência de que temos andado a eleger gente duvidosa e até escumalha para o governo, para o parlamento e para os mais altos cargos da nação.
Então não eram estas medidas a solução para o problema há 1 ano atrás (cada vez que havia um desvio, havia mais um aumento de impostos)??? Parece que como mudou a camisola agora já não são. Antes de Junho estavam todos de pé a aplaudir o sr eng Sócrates pela sua tenacidade pelo controlo do défice à custa de quem??? Do contribuinte, de mais impostos e mais impostos. Foi assim que ao longo dos primeiros 3 anos do primeiro mandato que conseguiram reduzir o défice, impostos e mais impostos a tudo o que mexia. Mas claro que essa politica aumentou o emprego e o crescimento económico. E era essa a solução para tentar reduzir o défice desta vez, contudo correu mal, pois não fizeram contas aos desvarios que tinham cometido ao longo do primeiro mandato que entretanto iam começar a dar sinais de vida. E o que estes signatários fizeram, foi aplaudir, apoiar o querido líder, fizeram campanha por ele, alguns participaram nas suas listas, um até fez o programa de governo. E agora querem um novo rumo, mas não foi este rumo que defenderam enquanto o vosso partido estava no poder?? Não foram estas politicas socialistas que nos conduziram a esta austeridade?? O resultado desta esquerda está mais que visto. Mas claro que para muitos socialistas a actual crise nacional se deve às politicas de Sá Carneiro, há 30 anos atrás, e de Cavaco Silva, há 20 anos atrás, e que o Sócrates tinha solução para tudo, o fantástico PEC 4, que hoje iria no PEC 20. Resumindo o “novo rumo” seria para rir, vindo de quem vem, se isto não fosse tudo tão sério.
Quando metade dos signatários do Manifesto pertence ao clube do “triângulo do olho”, está tudo dito…
Esta europa, puta velha, «já era»!
As mamas pelas verilhas, mas faz top-less.
É só alzheimer, mas pensa que é a maior.
E, pior de tudo, não dá ouvidos ao génio português Mário Soares.
Como se pode dar ao luxo, esta puta velha em não ouvir o MAROCAS!
Infelizmente, este manifesto chega tarde. Não será o povo de esquerda a combater a crise, serão os esfomeados, os desempregados, os desalojados, os emigrados que buscarão emprego e não encontrarão, a juventude que não tem tempo para esperar, pois os pais vão estando cada vez mais pobres e não poderão continuar a sustentar a sua falta de emprego.
A Europa desagrega-se rapidamente, ontem eram os PIG, que evolluíram para PIIGS e que num piscar de olhos já se tornaram em EEG (everyone except germany) e que ainda os hei-de ver cantar a nova versão do We Are The World.
O Sócrates teve tudo contra ele, desde a crise, aos adesivos que se lhe colaram, passando pelas infidelidades partidárias habituais e aos ciúmes do costume.
Acabou, depois de o terem metido a pique com promessas irrealistas e sem nexo.
Os pinoquios chegaram então ao poder.
O nariz vai-lhes aumentando dia a dia, mas o povo que os colocou no poleiro não quer acreditar na asneira que fez e renuncia a sentir-se culpado.
Como diz alguém… isto não vai acabar bem!
se tem joana, medeiros e ramalho, já não precisam da minha adesão.
Que lindo manifesto! A esquerda burguesa preocupada com o Povão. Vejam lá que nesta greve até imensos professores universitários aderiram. Porque terá sido?
Faço votos que esses senhores(as), que estão todos bem na vida, talvez até muito bem, talvez até bem demais, tenham a iniciativa de contribuir directamente para apoiar aqueles que mencionam para além das palavras, porque palavras são tão fáceis, fáceis demais. O novo paradigma seria esse, fazer, e paradigma originalmente, na linguística, quer dizer exemplo padronizado. Quando não, reduz-se à demagogia balofa do costume, e balofos leva-os o vento, na melhor das hipóteses, a outra não digo. Assim seja então: sejam cobrados pelas suas palavras a darem o exemplo.