Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
6 thoughts on “Adeus ao Bernardo Sassetti. Foi dos que ficou.”
Esse português… “foi dos que ficaram”.
Ás 8 da manhã ao telefone uma vizinha em choque a chorar. Ele era um menino. Ainda muito pequeno apareceu-lhe à porta para pedir que guardasse um saco, quase não se conheciam mas ele confiava. Morou muito tempo por cima da padaria onde todos compramos o pão e bebemos a bica. Estas ruas são uma aldeia na cidade. É muito doloroso lidar com a notícia. Fica sempre a imagem dele feliz no fim de um espectáculo no Largo de São Carlos com o inevitável cachecol a saudar a malta que aplaudia.
joão lisboa
não me apetece discutir nada sobre este post, mas não percebeu a intenção?
Foi dos (passado plural) que ficou (passado singular, invertendo a regra para singularizar totalmente a pessoa. a gramática pode ser subvertida para passar uma mensagem.
exo: a minha mãe batia-me tanto hoje à noite (a autora subverteu a gramática para demonstrar que um passado de agressão nunca desapareceu)
agora, ontem e amanhã, vou voltar a sentir esta morte que parece não ter acontecido.
É isso JcFrancisco. É inadmissível.
notícias: velório na basílica da estrela: amigos músicos presentes. Políticos presentes. Entrevistas (i.e., tempo de antena, que era o objectivo dos políticos presentes) realizadas: Louçã, Francisco josé Viegas, grande secretário de estado da cultura e Gabriela Canavilhas – mas esta não conta porque é música e amiga.
(o Bernardo não merecia isto, mas o espectador, pelos vistos, merece, porque aprecia o lado abutre da política, e afinal este povo tem,pelos vistos , um profundo sentimento político: “dêem-nos merda e não mais do que isso, senão vão corridos”).
Talvez uma vírgula ajude, não é, ó camarada isabel, por causa da gramática subvertida? Percebe-se melhor.
Esse português… “foi dos que ficaram”.
Ás 8 da manhã ao telefone uma vizinha em choque a chorar. Ele era um menino. Ainda muito pequeno apareceu-lhe à porta para pedir que guardasse um saco, quase não se conheciam mas ele confiava. Morou muito tempo por cima da padaria onde todos compramos o pão e bebemos a bica. Estas ruas são uma aldeia na cidade. É muito doloroso lidar com a notícia. Fica sempre a imagem dele feliz no fim de um espectáculo no Largo de São Carlos com o inevitável cachecol a saudar a malta que aplaudia.
joão lisboa
não me apetece discutir nada sobre este post, mas não percebeu a intenção?
Foi dos (passado plural) que ficou (passado singular, invertendo a regra para singularizar totalmente a pessoa. a gramática pode ser subvertida para passar uma mensagem.
exo: a minha mãe batia-me tanto hoje à noite (a autora subverteu a gramática para demonstrar que um passado de agressão nunca desapareceu)
agora, ontem e amanhã, vou voltar a sentir esta morte que parece não ter acontecido.
É isso JcFrancisco. É inadmissível.
notícias: velório na basílica da estrela: amigos músicos presentes. Políticos presentes. Entrevistas (i.e., tempo de antena, que era o objectivo dos políticos presentes) realizadas: Louçã, Francisco josé Viegas, grande secretário de estado da cultura e Gabriela Canavilhas – mas esta não conta porque é música e amiga.
(o Bernardo não merecia isto, mas o espectador, pelos vistos, merece, porque aprecia o lado abutre da política, e afinal este povo tem,pelos vistos , um profundo sentimento político: “dêem-nos merda e não mais do que isso, senão vão corridos”).
Talvez uma vírgula ajude, não é, ó camarada isabel, por causa da gramática subvertida? Percebe-se melhor.