Podemos ver aqui a intervenção corajosa da Deputada Edite Estrela após a votação do texto alternativo ao seu relatório, o texto exigido pelos extremistas.
Hoje, a europa retrocedeu.
Já tinha explicado aqui de que relatório se tratava: um relatório aprovado na comissão competente sobre saúde sexual e reprodutiva, tema central e já abordado pela UE, como é evidente.
O que Edite Estrela passou nos últimos tempos à conta do chamado “relatório estrela” é indizível: a malta de sempre organiza-se assim que escuta “sexual” ou “reprodutivos” e toca de fazer uma campanha de desinformação (e insulto), quer institucionalmente quer com o bombardeamento da caixa de mails de Edite Estrela com mensagens de acusação, ameaças veladas, a uma “abortista” que queria – dizem – que os alunos aprendessem logo aos zero aninhos até aos quatro a mastrurbarem-se.
A multidão de documentos que a malta de sempre – como os nossos conhecidos federados pela vida ou grupos religiosos extremistas – fez circular com mentiras acerca do conteúdo do relatório Estrela foi eficaz.
Até o atento padre Vaz Pinto exigiu por mail à deputada que não fosse levado a cabo aquele “golpe de estado” e, tal como aconteceu com a coadoção pela voz de outro padre , exigiu que a discussão fosse “pública”
(Há muita igreja que ainda não se apercebeu que as discussões parlamentares, aqui e na UE, são públicas).
A verdade é que o movimento contra uma proposta de resolução do PE , assente do relatório Estrela teve aquele efeito que dignifica os políticos: gente como Paulo Rangel, temendo pelo seu eleitorado, ou parte dele, finge que nunca houve um relatório como este e vai na onda.
Toca de escrever uma coisita alternativa ao texto em causa que agrade aquela gente, gente razoável, preocupada com o aborto clandestino, certamente dormindo mal com efeito da crise no acesso em condições de igualdade aos meios que asseguram direitos reprodutivos, gente que dorme mal com a análise de coisas destas, gente que escrevendo coisas como “You (a Edite Estrela) are the woman the most despicable the humanity has created ! Go to hell!” faz a cama da maioria dos deputados num parlamento europeu.
E como eles se deitam nela.
Hoje expulsaram-me da europa dos direitos humanos.
Ou eles são intermitentes?
Olha um grupo de religiosos extremistas
http://www.youtube.com/watch?v=fOCD_T9Qqpc
não consigo ver o vídeo.:-(
Queria felicitá-la pelo facto, por mim absolutamente desconhecido, ou seja, não verificável, de alguma vez ter pertencido a uma Europa dos direitos humanos! Que bom que deve ter sido! Por sinal, conheço alguns tipos que foram muito felizes numa Europa de que receberam pequenas fortunas, mas mesmo esses, quando por algum acaso me falavam bem da dita, nunca tais direitos e ainda por cima humanos me deram como argumento. Diziam-me, não sei com que razão, que tal lugar representava a união de benefícios para todos os que como eles tinham “poderes de sedução”. Vamos lá nós saber do que se fala quando da Europa se papagueia! Sim, porque a riqueza a rodos que alguns propalaram, em a havendo, retorno pedido. A quem? Que importa isso, já se sabe, não sabe? Parece-me ter sido Fidelino de Figueiredo, a propósito das diferenças da literatura portuguesa e espanhola, que falou da meseta como impedimento físico de Portugal ter acesso à Europa, não me lembro bem, mas para o caso sei que foi ele quem também falou em “Cultura Intervalar”, que para o caso basta que seja Política, porque de um intervalo penso que precisados. Para pensar, se para mais não for.
José Luís Moreira dos Santos
No dia em que o existir um direito universal de matar bebés inocentes e sem voz, nesse dia terá sido um grande passo para si senhora deputada, e para a Modernidade, mas um gigantesco recuo sórdido para a Humanidade, Pessoalidade e Personalidade. Deus nos livre de mais Eichmanns como a Isabel Moreira ou a Edite Estrela