A grande, e única, bandeira deste Governo é o cumprimento do memorando de entendimento, sendo que o principal objectivo é cumprir a meta do défice. Do ponto de vista do Governo, essa meta justifica toda a austeridade que nos foi imposta. Pois bem, perante a derrapagem da execução orçamental e o falhanço mais que certo no cumprimento da meta do défice, o primeiro-ministro diz, e repete, que é muito cedo para anunciar mais medidas de austeridade. Cedo? Não se percebe, está à espera de quê? Os iluminados que nos governam desejaram ardentemente a vinda do FMI e companhia, para eles a sua vinda só pecou por tardia, ou seja, os portugueses deviam ter levado a injecção de austeridade muito mais cedo. Será que mudaram de ideias? Não. Para mudar de ideias é preciso tê-las e quanto à austeridade, Passos Coelho até diz que se for necessário adoptará novas medidas, o problema é que não é ele que decide se é ou não necessário. Quando as ordens vindas do exterior eram para impor austeridade, o Governo até foi além do que lhe exigiam, mas o Mundo não mudava só no tempo do anterior Governo, continua a mudar a grande velocidade e a verdade é que a receita da austeridade já teve mais adeptos. Portanto, não massacrem o nosso pobre primeiro-ministro com questões a que ele não sabe responder. Cobardemente, limita-se a fazer o que lhe mandam, e ainda ninguém lhe deu essas ordens.
O p. ministro fez questão em ir para além do memorando da troika, os resultados estão
à vista, como é expedito aproveitou para fazer reajustamentos em àreas sensíveis como;
as sociais e laborais! Sem necessidade de revisão constitucional, porque quem promulga
as leis ou não vê indícios ou não concorda e assina por mercê da estabilidade!?!
Em rigor, já tinha falhado no “casting” do Lá Féria, agora está a dar com os burros na
àgua, como diz o Povo, ele diz coisas que, não entende o significado, basta ver com aten-
ção as suas expressões faciais e a busca do sinónimo!!!