Se existisse uma lista vermelha de povos ameaçados de extinção, os portugueses apareceriam no topo da lista, é isso mesmo que estes números revelam. E pode dizer-se que este Governo tem trabalhado arduamente para que esta situação tenda a agravar-se ainda mais. Mas se calhar não estou a ver bem, afinal, o empobrecimento de um dos povos mais pobres da Europa era mesmo o único caminho, a emigração de milhares de jovens era mesmo inevitável, o clima de incerteza que se instalou com a dose de austeridade, sem fim à vista, até é benéfico e a prova de que tudo isto é verdade é que o ajustamento é um sucesso. É um sucesso se a ideia for extinguir-nos.
Como é que o Governo e os cérebros da Troika garantem um futuro em que tudo será sustentável ao mesmo tempo que ignoram o gravíssimo problema demográfico que o País enfrenta? Como é que se pode falar de crescimento económico sustentável sem ter em conta este factor? É que nem uma medida para contrariar esta tendência. E não me estou a lembrar de algo tipo cheque-bebé, deus nos livre, essa foi uma das medidas mais estapafúrdias anunciadas pelo anterior Governo. Nem de inverter o processo de empobrecimento, isso está completamente fora de questão nos próximos anos ou décadas. Estava a pensar em medidas sérias e eficazes, daquelas que não correm o risco de ser ridicularizadas e que garantidamente estimulariam o aumento do número de nascimentos. Por exemplo, sortear um Audi por mês, ou por semana, entre todos os recém-nascidos. Seria um sucesso, mais um.
Há anos que digo que depois da corrupção, a demografia é o problema mais grave do país. Quando este governo mandou emigrar os jovens, qualificados e em idade fértil, deitei as mãos à cabeça porque para mim confirmava que de fato este governo não tinha minimamente a ideia do país que está a governar. Já nem é preciso ir ao interior. Basta olhar para as pirâmides demográficas e olhar. E não pensem que isto se resolve com imigrantes – qualificados ou não – ou com o regresso dos que exportámos. Cada vez vai ser mais difícil corrigir este problema quer por razões económicas quer culturais. Vai demorar décadas e, muito provavelmente, este governo, quando se olhar para trás, irá ser identificado como protagonista uma das “grandes transformações” com impacte na demografia portuguesa, pela negativa, claro
Nem de propósito. Vi esta no DN:
“Ao mesmo tempo, é preciso continuar a atrair os “dois fluxos que têm aumentado nos últimos dois/três anos” – estudantes estrangeiros e reformados do norte da Europa -, “exemplos que mostram bem como é hoje necessário” uma maior “articulação” entre políticas migratórias.”
Adivinhem de quem é…. sim; do Lomba ; os dos briefs…
Então a de atrair os reformados do Norte da Europa , para garantir aos números da demografia… Que mal é que eu/nós fizemos para ter esta gente a mandar ????
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4001351
ahahahah… here he cames
“Na Presidência, o tema é gerido com pinças. Sabe-se que é de grande relevância, pelas potenciais implicações que pode ter para o sistema financeiro, eventualmente também para as contas do Estado – o Governo continua com uma bolsa de mais de seis mil milhões para eventuais apoios necessários ao banco. Mas a ordem é para manter a discrição – e para uma atuação presidencial indireta.”
http://observador.pt/2014/07/01/presidente-vigia-caso-bes-distancia/
” Que mal é que eu/nós fizemos para ter esta gente a mandar ????” eu respondo. VOTARAM NELES OU NAO SE IMPORTARAM QUE VOTASSEM NELES AO NAO IREM VOTAR