Louçã deixa a liderança do BE, mas sai tão puro como quando entrou. Isto da democracia é tudo muito bonito, mas o lugar dos puros é sempre o mesmo: o mais longe possível do poder e de todas as consequências que daí advêm. E, justiça lhe seja feita, tantos anos passados, Louçã nunca vacilou, nunca o vimos tentado a experimentar o outro lado da barricada. Sai, portanto, com a certeza de ninguém o poder comparar com Passos, por exemplo. Ou, muito pior, com Sócrates! Embora muitos digam que Passos e Sócrates são iguaizinhos, farinha do mesmo saco, o centrão, etc., para a esquerda pura, Sócrates foi muito pior. Se assim não fosse não se teriam dado a tanto trabalho para substituir um pelo outro. Pior porque não se admite a um governante que se diz socialista que não crie emprego e riqueza para todos permanentemente, que feche escolas e hospitais, mesmo que tal traga vantagens, que aumente impostos, e todas as outras malfeitorias que todos os governantes, sobretudo os que se dizem socialistas, acabam por fazer, independentemente de quaisquer circunstâncias que a isso obriguem. Um governo que se diga de esquerda tem de manter a economia sempre em alta, se assim não for é porque é de direita e tem de ser substituído, ponto final. Nesse sentido, é pena que Louçã saia sem nunca nos ter mostrado, na prática, o que é um verdadeiro governo de esquerda. Bom, nem na prática nem na teoria. Afinal, apesar de ter fama de ser um brilhante economista, e de nos últimos anos a economia ter passado a dominar a política, nunca se viu um programa eleitoral com pés e cabeça apresentado pelo Bloco. Nem isso deixou. Deixa, isso sim, graças à sua magnífica estratégia, um partido reduzido a metade. E deixa também umas ideias muito inovadoras acerca do que deve ser a liderança de um partido no séc. XXI, mas que por lapso e por não ter reparado que o séc. XXI já começou há uma dúzia de anos, nunca pôs em prática. Ah, e deixa saudades, muitas.
“que feche escolas e hospitais, mesmo que tal traga vantagens” Guida. e quando é o psd a fechar escolas e hospitais, também traz vantagens?
Claro que não, rr. Se forem encerrados pelo PSD é um pandemónio. Os doentes saem dos hospitais mais doentes do que quando entraram e as crianças choram baba e ranho até que as levem de volta para as antigas escolinhas.
Pelos vistos não tem legado! A sua última grande proposta é a da liderança bicéfala…
eis a sua “costeleta” de inovação mais, até já estamos no século XXI e, essa não é
decerto a maior questão que se pôe aos portugueses!
Quem acompanha com atenção o desenrolar das lutas que se passam na capoeira da
política, sabe que, desde o malfadado debate na TV com Sócrates em que foi e, bem,
“trincado” e inconsequente no argumentário, nunca mais Louçâ foi o mesmo ficou
“ferido” de morte, daí a sua luta cega contra o Governo do PS cujo resultado, foi o
que todos sofremos, oferta do governo à direita e redução para metade do BE!
Bem pode tentar “surfar” no partido homólogo da Grécia…mas, é tarde demais!!!
deixa aquilo que mais importa na vida – deixa a impressão do que é não se corromper naquilo que acredita. porque são as pessoas que fazem a política e não o contrário. lamento que vá embora, gosto do cheiro a sabão que vejo nele.
e deve ser sabão macaco.
pode ser, macacos me mordam!, afinal a brincar, a brincar, o macaco vai à banana. :-)