E ainda dizem que a direita não tem alternativas

Espanta-me a falta de curiosidade dos jornalistas em relação a algumas matérias. A Ferreira Leite apresenta uma alternativa para resolver os nossos problemas, desta vez sem ironia, e não tentam saber mais? Por exemplo, quando é que descobriu que a democracia não serve para resolver problemas complexos? Antes ou depois de ter exercido cargos governativos? Será que está a tentar justificar o desastre que foi a sua passagem pelo Ministério das Finanças? Mas a senhora não se ficou por aí, mais tarde, foi eleita líder do PSD, candidatou-se a eleições e correu sérios riscos de ser eleita primeira-ministra. Ora, nem é preciso perguntar-lhe, sabemos que, nessa altura, já via a democracia como um empecilho. Então, candidatou-se para quê? Para resolver os complexos problemas do País não foi. Será que foi para impedir que uns quantos democratas lhe estragassem a teoria? Ou foi simplesmente porque lhe soava bem o ‘primeira-ministra’ antes do nome?

E, uma vez que o assunto parece ser para levar a sério, a questão dos seis meses de suspensão também levanta algumas dúvidas. Todos sabemos que os problemas complexos são como as ervas daninhas, mal se resolvem uns aparecem logo outros. Se calhar também acaba por ser muito complexo estar a suspender a democracia por uns meses, de seguida retomá-la, e, passados quinze dias, estar a suspendê-la novamente. Por favor, peçam lá à senhora para desenvolver.

3 thoughts on “E ainda dizem que a direita não tem alternativas”

  1. Eu só gostava de fazer uma pergunta…
    Se a democracia estivesse suspensa, como é que essa criatura era eleita?

  2. Suspender a democracia é muito arriscado haver sucesso e pode ser demorado.

    A última vez com sucesso foi entre 1933 e 1968.

    Custou para caramba!

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