Como será comemorado o Dia da Mulher em 2086?

A Organização Internacional do Trabalho elaborou um estudo no qual se prevê que a igualdade de remuneração entre homens e mulheres só se atingirá daqui a 71 anos. Significa isto que a maioria de nós não estará cá para ver.

Parece uma daquelas notícias que dão conta de eventos cósmicos, assim do tipo “O cometa x só se aproximará da Terra em 3015”. Mas a sensação que a notícia do estudo da OIT provoca é muito pior. É que em relação ao tal cometa os cientistas apresentam estudos e cálculos rigorosos que demonstram que não há nada a fazer, nunca veremos o seu brilho e ponto final. Já em relação à disparidade salarial não há estudos rigorosos que a sustentem. É assim porque sim. O que não deixa de ser estranho num mundo em que para se obter o máximo lucro das empresas, aparentemente, tudo é calculado ao pormenor. Por isso, se calhar, em vez deste estudo extremamente desmotivante para as mulheres e bastante tranquilizador para quem as contrata e lhes paga em média menos 23%, o que OIT devia fazer era apresentar estudos que desmintam, ou que comprovem, que as mulheres são menos produtivas.

Enquanto tais estudos não aparecem, o que se conclui é que a Humanidade pode ter saído da Idade Média, mas ainda está muito longe o dia em que a Idade Média sairá da Humanidade.

20 thoughts on “Como será comemorado o Dia da Mulher em 2086?”

  1. se calhar bem não será comemorado, Guidinha, a não ser que por essa altura também os homens tenham um dia para picarem o cartão da existência. :-)

    mas essa questão da produtividade também tem o que se lhe diga dependendo das tarefas que são executadas. ou estás convencida de que um homem e uma mulher com o mesmo peso e idade conseguem, por exemplo, levantar e pousar cargas com igual rendibilidade?

    justo justo era que cada um recebesse mediante o seu desempenho partindo-se de uma base igual. isso sim.

  2. Olinda, a tua pergunta também tem muito que se lhe diga. Até parece que só existe disparidade salarial em profissões que impliquem “levantar e pousar cargas”.

  3. a vaca que ri não sabe o que é um monta cargas, pelos vistos só conhece a rentabilidade de ser montada. beata do caralho, estúpida, ordinária e troglodita, deves ter aprendido na cartilha do césar das neves.

  4. ora beie, duas cousas a pruferire: a guida anda um póco ao pé da letra, num é? Pois bá mais além da letra.

    o EMPILHA DORES, é o IGNORANTEZES em maise um episódio de prujeçãoe. tue num sabes iscrebinhare sem xamar nomes à olinda, ó gaju. ganda badalhócu, cuntinuas cum a boca ligada ao olho trazeiro pá. debes sere um pequenote com pretenções a alto.

  5. Guida, nos EUA a disparidade salarial é precisamente mínima em profissões que implicam esforço físico (construção, agricultura e pecuária) e máxima nos serviços financeiros. As mulheres americanas que trabalham na construção, embora sejam poucas, ganham o mesmo salário que os homens, as que trabalham na agricultura ganham perto de 85% do salário masculino. Nos serviços financeiros ganham só 70%. A grande maioria das mulheres americanas ganha entre 75% e 80% do salário dos homens.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Gender_pay_gap#mediaviewer/File:US_womens_earnings_and_employment_by_industry_2009.png

  6. essa informação é interessante, Júlio, principalmente porque relaciona a função, e não o posto de trabalho que é diferente, com remuneração. obviamente que a questão da produtividade não entra aqui – é outra questão muito importante.

  7. faltou-me uma coisa, desculpa, enganei-me: (…)relaciona o sector de actvidade, e não a função e o posto de trabalho que é diferente (…)

  8. Júlio, infelizmente por cá a situação não é muito diferente. A disparidade também aumenta com o nível de qualificação. Um bom resumo da situação pode ser visto neste quadro que o Miguel Abrantes publicou no Câmara Corporativa.

    __

    Olinda, não. Também estou com dificuldade em interpretar o desafio.

  9. também é um quadro interessante, essa referência que citaste Guidinha, que complementa a conclusão da relevância dos sectores de actividade já que no sector da construção – ao invés dos serviços financeiros -, os exemplos citados pelo Júlio para o caso, pouco interessará se é um licenciado, um doutorado ou um iletrado que pega nos tijolos. por aferir continua a questão da produtividade – o desafio do teu segundo parágrafo.

  10. Olinda, quando alguém, perante este cenário miserável, intolerável e sem fim à vista, sente necessidade de me lembrar que as mulheres, coitadinhas, não têm a mesma força física que os homens não fico amuada, fico furiosa.

  11. Se as mulheres não têm a mesma força física que os homens, é evidente que o seu pagamento será de acordo com o trabalho e qualidade de trabalho desenvolvido. Quando as feministas atacam, está o caldo entornado…

  12. pelo esforço físico que fazes para desenvolver uma ideia de merda não deves ganhar para renova. cambada de abéculas com o desejo de voltar às cavernas ainda pensa que os estivadores acartam sacos às costas e que agricultura é cavar batatas.

  13. IGNORANTEZES, meue, cumo baies? atãoe, maise uma tirada tua, hum? isplica aié o que é a agricultura, pá? em purtugal, ebidentemente. num ma digas que pra ti é só plantarre coubes, hum? ou nabus? fogu, eue num seie o cus teus paies tabam a pençare quando te fizeram, pá, tu saístes torto, marreco e burro.
    desenbolbe lá a tua ideia, ó JÉ BICOS. Beie, num bale ires cupiare linques tás a bere? oqueie. GANDA MALUKA, pá. hum, eça ispreçãoe de «acartam» é muito muderna, ó Ignatezes, unde a fostes buscarre, hum?
    oube, num te xegoue a purrada que tenze cumido aquie, hum? já fizestes o requerimento, pá? hum? fogu, num consegues cupiar o linque da lórensso nem do araújo e pur iço andas irritadue, tá beie. táse melhor da pila? oubi dizere que a iscaldaste em água quente e que as peles se soltaram. Se calhar querrias uma francezinha, a gaja deu-te um coice por serres marreco e resobestes autoflagelar-te. GANDA MALUKA. oqueie.

  14. pois, Guidinha, e a fúria é um amuo veloz.:-) sabes o que é, já eu fico perturbada por não haver trabalho e por não haver trabalho bem remunerado – as estatísticas que apontam para o género que não tem trabalho são rendinhas caprichosas de quem não tem mais o que fazer senão não ir à fonte do problema. é que a produtividade e o desempenho é que devem de estar na origem do trabalho – das suas potencialidades e dimensões – e da remuneração das pessoas, não o género.

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