Para Israel, há uma forma infalível de definir um terrorista: é aquele que as suas forças amadas matam. Seja criança, ancião ou simplesmente transeunte com azar. Se morreu, só podia andar de foguete às costas ou de bomba no colete. Isto é o que se infere das recentes declarações de Ehud Olmert ao parlamento israelita, gabando-se dos “300 terroristas” eliminados em Gaza nos últimos três meses. Ora, segundo a organização israelita de direitos humanos B’Tselem, 155 das 294 vítimas palestinianas não eram combatentes, incluindo 61 crianças.
Mas se morreram, alguma devem ter feito, os malandros. Assim o garante Olmert. Eis uma excelente forma de evitar problemas morais, inquéritos tontos e cuidados em excesso na hora de premir o gatilho.
Quando lhe impingirem de novo o cântico “apoio Israel porque é uma democracia como nós”, pergunte que outra democracia é que assumiria, nos dias que correm, uma postura destas. Talvez a Rússia, digo eu.
Gostaria de saber quantas democracias estão enfiadas no meio de um vespeiro.Os árabes atacam, Israel retalia e a comunidade internacional cai em cima de Israel.
Estes esquerdalhos estão sempre a virar a casa pernas para o ar. Raios os partam!
É curioso alguém pensar que sabe quem ataca e quem retalia
Quando agora um sniper israelita matou uma ciança, souberam admitir o erro, talvez porque o mundo inteiro deu pela coisa. Mas, para consumo interno, os 300 mortos frescos de Gaza eram mesmo “terroristas”. Que tem isto a ver com “vespeiros”?
Do ódio mais fundo
Brota a razão mais absurda
E tão cruel
Morrem os filhos
E as palavras do bem
Também
E tu que ficas
Matas o futuro
Eu sei
Essa organização umanitária (assim mesmo), gostava de saber de onde é que eles têm tais estatísticas. Da última vez que civis israelitas entraram na palestina (por mero engano, enganaram-se na estrada), foram linchados e os corpos deles foram arrastados pela cidade.