No seu nunca demasiado reconhecido blogue Letratura (sic, sic!), um dos mais ‘úteis’ da blogosfera portuguesa, escreve Helder Guégués sobre a grafia Épa duma publicidade com os Gato Fedorento. A grafia deveria ser «Eh pá», sim senhor. Mas Helder Guégués (o apelido é, posso afiançar, autêntico ouro legítimo) prossegue, afirmando que o uso de «Pá!» se generalizou, ou floresceu, ou exorbitou, com os revolucionários de 74.
Posso testemunhar que não é o caso. Já nos anos 50 o uso era o dos futuros revolucionários ou o de hoje. E faz-me lembrar o que se passou com «Prontos!». A popularidade do Miguel Esteves Cardoso da «Noite da Má Língua» (o grande cronista já então era menos popular) fez atribuir-lhe a paternidade da interjeição. Ná, também «Prontos!» era, na Lisboa dos anos 50 (de mais cedo não sou testemunha), já frequentíssimo.
Curioso, este egocentrismo das nossas convicções linguísticas. Não é fácil ser jovem.
“Eh Pá!”? Em vez de “Épa!”?
E que tal “Eia, pá!”? Ou mesmo “Hei, pá!”
Tudo nacional, nosso. Interjeição incluída, na primeira; verbo, na segunda.
MEC nada inventou.Burilou certo estilo, nada mais.
Fernando:
1. parece que somos gróvios…
2.”Que Astúrias signifique originariamente Galiza do leste, nom tem nada de pejorativo para os seus moradores ou de perda de direitos presuntos históricos, igual que Espanha vem duma palavra fenícia que significa terra de coelhos é creio que de isso já nom se faz problema nem eiva, nem os portugueses tem problema porque Portugal signifique, porto dos galegos”
Py,
Ou eu estou hoje obtuso (não o excluo!), ou as suas duas mensagens são cifradas de mais para o meu entendimento. Explicai-vos, senhor meu.
… meu caro, foi você que me passou este gostinho pelo galego, de que eu andava arredado, então ando a tentar instruir-me :))
fui lá parar ao Portal Galego e mergulhei num texto sobre as Astúrias, que imagine parece que vem de Austria, e então tem lá aquelas coisas: “grovios” quer dizer do Sul, e a outra citação é tal qual.
Mas isto há que ir com calma para saborear, desde o unha aperta para cá.
Além disso sobrou-me um problema de identidade:
Já ouvi dizer que Portugal vinha de “porto bonito” por causa do kalos grego, mas afinal parece que não é legitimo ir ao grego para derivar o calem latino, donde ficava porto pequeno, portelho. Andava eu nesta interpretação, quando me apareceu o Porto Graal, supostamente afixado no documento de doação do convento de Tomar à Ordem de Cristo, por D. Dinis.
Finalmente somos “porto dos galegos”, nesta última versão.
… e acho que anda aí uma ofensiva imperialista de Castela, como tal proponho a aliança com os nossos primos galegos:
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1274107&idCanal=63
Ó Py,
Como é que um documentário que, segundo tudo indica, foi sério, e que, para começar, não inventou nada – como é que, dizia, ele é «uma ofensiva imperalista de Castela»? Explique-se, por favor.