48 thoughts on “Com a China no sapato”

  1. Não deverias colocar antes uma foto de Fernando Rosas e de mais alguns bloquistas para ilustrar o título? E presumo que não te faltará material quando elogiares a democracia albanesa e as suas perspectivas de futuro, depois dos vossos apaniguados andarem por lá!

  2. Caro João Manuel Barros,

    O que diferencia o Rosas do Jerónimo é que o primeiro aprendeu algumas coisas com os seus próprios erros, e que ao contrário do segundo não tem necessidade de acreditar num “sol na terra”.

    Sobre a Albania, pela parte que me cabe, pode levá-la embrulhada.
    Eu cá fui durante muitos anos PCP, coisa que não me arrependo nada, e achei que a União Soviética era “globalmente positiva”, coisa que já não me convence.
    Com todo o respeito pelos homens e mulheres que tentaram construir uma sociedade mais justa: isso é impossível sem liberdade.

  3. Nuno tito, velha raposa do caralho mas achas que conveces alguém com esse paleio de liberdade? podes tirar o rapaz do pc mas nao podes tirar o pc do rapaz

  4. Obrigado pela prenda, conto que não te faça falta.
    Sobre o PC posso afiançar-te que sempre usei Mac. De resto não sei o que te dizer. Tens ar de um tipo que não conseguiu exorcizar os seus demónios: bebe uma “Cuba livre” que isso passa-te.

  5. Uma coisa que há que apreciar no Nuno é a cortesia de responder sempre aos beliscões numa linguagem que não assusta freiras democráticas.

    Mas ter sido admirador duma coisa muito à esquerda e ser agora apenas parte de algo muito mais decente e voluptuosamente democrático só prova que as transferências não são apenas métodos queridos da banca ou do futebol, além de que isso não irá certamente pôr em causa desfechos acordados ou o preço das farturas na Atalaia.

    A verdadinha de S. Cipriano e Santa Mónica é que estamos todos sob a alçada e protecção da Jerusalem International Inc., com representações nas principais capitais da província e uma delegação em Lisboa patrocinada pelos restos mortais de D. João II.

  6. Caro Aquarium,

    A parte das freiras e dos beliscões encanta-me.
    Agora isso de ser menos de esquerda, desculpe mas não é a minha intenção: Continuo à esquerda da esquerda. Tenho, como testemunho,um teste do jornal que acompanha a “Revista X”, em que dava o mais à esquerda possível e ainda, por cima, libertário: dai a questão dos beliscões.
    Finalmente, o parágrafo da necrofília foi demasiado para mim. Não anda a abusar de leituras sobre os Templários e outras alfaces?

  7. Falam muito das posições do PCP sobre a China, mas parece que nem leram o que de facto vinha nas Teses aprovadas no último Congresso, o XVII, realizado há um ano, sobre a questão. Concretamente o que aprovámos foi o seguinte:

    “Embora com graus e aspectos diferenciados, deve ser valorizado na resistência à nova ordem imperialista, o papel dos países que definem como orientação e objectivo a construção de uma sociedade socialista – Cuba, China, Vietname, Laos, RDP da Coreia.

    Para além de apresentarem profundas diferenças entre si, estes países constituem importantes realidades da vida internacional, cujas experiências é necessário acompanhar, conhecer e avaliar, independentemente das diferenças que existem em relação à nossa concepção programática de sociedade socialista a que aspiramos para Portugal, e de inquietações e discordâncias, por vezes profundas e de princípio, que nos suscitem.”

    Porque é que então teríamos a China no sapato?

  8. Cara Margarida,
    No meu entender o erro está nas próprias teses que aprovaram, nomeadamente quando dizem:”independentemente das diferenças que existem em relação à nossa concepção programática de sociedade socialista”. Paises como a China e a Coreia do Norte não são “socialistas” por nenhum critério. Não é possível que o socialismo signifique total ausência de liberdades, proibição de organização autónoma de sindicatos e exploração desenfreada dos trabalhadores.

  9. Mas se são eles próprios – em Cuba, China, Vietname, Laos, RDP da Coreia –
    que definem que têm como orientação e objectivo a construção de uma sociedade socialista…porque carga de água é que não se deve aceitar? São eles que o dizem, não somos nós.

  10. Caro Nuno Ramos de Almeida. Em que acreditas tu afinal??? Em tudo e em nada ao mesmo tempo… Pensaste que o PC de jerónimo ia acabar, mas enganaste-te, pensaste tanta coisa… Mas enganaste-te… E agora és como os meninos de direita que no pensamento do Jerónimo só vez a china… tens infelismente os olhos em bico… bruxelas não te fez bem… Gostei das tuas intervenções nos passado, achei-te um jornlista com estilo, mas como comentador és igualzinho ao portas, não o de quem és acessor mas o outro… usas as cassetes da direita ao melhor nível e como não és a favor de nada, ninguém pode pode dizer-te que estás errado… eu acreditei na união soviética, estava engando, acreditei em cuba, estava engandado, nunca acreditei no bloco… estava certo…
    São um bandinho de intelectuais, uns bons outros maus… mas falta-vos vida…

  11. Margarida,
    O facto de serem as direcções daqueles partidos a definirem as suas orientações, não tem que fazer do PCP espectador acrítico do facto, sobretudo quando os alegados “camaradas” dão mau nome às causas do PCP. Na minha opinião, estar calado é que é dar armas ao inimigo.

  12. Caro anónimo (é tão quentinho escrever no anonimato, sobretudo quando o alvo é alguém que nos conhece e pode revelar algumas coisas: não é?),
    Pareces um amigo meu da TSF, vou-te falar como se fosses. Eu sou um comunista empedernido. Não sei se o PCP do Jerónimo vai acabar, sei que aquilo não ajuda a construir uma sociedade diferente da actual. De resto, isto para mim não é religião (até é um bocado, admito) é política ou uma coisa que tu nunca soubeste apesar dos cursos na União Soviética: praxis.

  13. Caro anónimo,
    Tu não és definitavamente o meu amigo da TSF: ele nunca escreveria “acessor”.
    Mas, o resto da resposta serve.

  14. NRA: que elementos tem para dizer que o PCP é um espectador crítico nas suas relações internacionais? Nenhuns.

    De facto disto, quem sabe é o PCP e os partidos e movimentos com quem se relaciona. E já agora, se puder e quiser (claro!), explicite s.f.f. que camaradas é que dão mau nome e a que causas do PCP é a que se refere?

    Contudo com esta sua conversa, já estou a perceber porque é que o candidato presidencial do BE, nem uma única vez (na sua declaração de candidatura e no seu Manifesto Eleitoral), repito nem uma única vez se refere à Constituição da República Portuguesa.

    Será que nessa omissão pesa o “Artigo 7º (Relações Internacionais) 1. Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade” ? Se sim é lamentável.

  15. Sabes Nuninho se não fica bem escrever no anonimato também não te fica bem usares as estratégias que o “cobarde” anónimo te acusa de usares… O que é facto é que o Jerónimo te incomoda não pelo forma de estar dele, mas porque contraria a tua ideia de morte anunciada do PC… E isso, num ex deve doer.. mas isso não invalida, que discordando de ti, te considere um intelectual que vale a pena ouvir… mas deixa-te de combater os que estão a teu lado e combate os que estão contra ti…

  16. Já agora só mais uma bicada… O que pensas daquela última homenagem do Francisco ao João Amaral e ao Lino de Carvalho. O que pensas sobre a ética e oportunidade do comentário, já em final de debate. A questão não é claro está o valor dos Militantes Comunistas já falecidos, mas a oportunidade.

  17. Os bons comunistas são por definição, caro José Pereira, os ex-comunistas. O resto é tudo gente do passado… acorde!

  18. João: foi essa a infâmia que ficou patente no último minuto do Louçã, essa alusão sub-liminar de que o bom comunista é o comunista morto. Se se diz de esquerda quem pesca nas águas mais fétidas do anti-comunismo, vou ali e já venho.

  19. Sabes Margarida pena é que o Francisco, que eu aliás tenho por intelectual de primeirissima água, e homem de esquerda, também vá pelos caminhos da cassete anticomunista primária… mas mais grave, a falta de ética daquele comentário final.. Pergunto eu: sabe o Professor Doutor Francisco Louçã de que lado estariam esses dois militante do PCP nestas eleições presidenciais?..É que se sabe… sabe mais do que eu. se não sabe, ganhe juízo e não seja arrogante. Quanto ao Nuno, tenho muito respeito pelo teu trabalho, mas a ideia da China, pelos vistos deve ter sido tua, enquanto assessor, é infeliz… Só faltou dizer que se confirmava que os comunistas portugueses comem criancinhas ao pequeno almoço…

  20. João: nem sei se reparou que essa da China já vinha a borbulhar há algum tempo. Eu reparei na insistência aqui há semanas, numa entrevista da Visão ao candidato à PR Jerónimo; depois reparei no sublinhado do Daniel Oliveira no Expresso – francamente nem sei se fez alguma alusão na Noite da Má Lingua porque deixei de ver -, agora no debate, novamente a insistência.

    Mas aguardo com paciência a resposta do NRA. Afinal ele até é assessor.

  21. Só espero que não seja uma resposta à moda do Pacheco Pereira… Enquanto a malta se deixar ir na onda de bater no Jerónimo… o Cavaco vai-se rindo…

  22. “Mas se são eles próprios – em Cuba, China, Vietname, Laos, RDP da Coreia –
    que definem que têm como orientação e objectivo a construção de uma sociedade socialista…porque carga de água é que não se deve aceitar? São eles que o dizem, não somos nós. ”

    Isto é, pura e simplesmente, inacreditável. Basta que o regime vampiresco da Coreia do Norte diga que é socialista para que a Margarida o aceite como tal.
    Presume-se que também aceitou o Chile de Pinochet como “democrático”, também fazendo fé na palavra do regime respectivo.
    O sectarismo acéfalo leva-nos a sítios giros, sim senhora.
    É exactamente malta assim que dá mau nome à esquerda.

  23. Fica-te bem vir defender o Nuno. Mas ainda não me responderam a mim, ne têm que o fazer, o que pensam da canalhice, disfarçada de homenagem, que o Professor Doutor Francisco Louçã, fez no último debate com o Jerónimo de Sousa… Ou achas que aquela última homenagem foi inocente… Eu não defendo a China, nem nenhum outro país, dos que se dizem socialistas, embora não lhes veja apenas aspectos negativos, o meu sectarismonão vai tão longe… Mas também não vejo que os Comunistas bons são apenas os ditos renovadores, ou melhor do que isso, os ex,como vocês… Porque se há ex-razoáveis também os há muito reles… Até te digo mais, dentro do pc não há só santos, mal seria se assim fosse, mas ainda não vi o Jerónimo a ser “garoto” como alguns quando fazem pseudo-homenagens… Já agora uma última nota, para o Nuno, que olhem para os artigos de opinião do Francisco e do Miguel, de outros tempos, quando os homenageados eram tidos como ortodoxos, e lé encontrarão críticas bem pouco abonatórias para um discurso do João. A hipocrisia é feia…

  24. “Basta que o regime vampiresco da Coreia do Norte” diz o LR. Presumo que nunca lá foi mas tem a certeza que “o regime é vampiresco” (seja lá o que isso fôr). Mas já houve em Portugal quem lá fosse, e não só da direcção do meu Partido. Já lá foram delegações da Assembleia da República, delegações da ANMP, pelo menos que eu desse conta. E não só classificaram como o Luís está a classificar, como até alguns desses participantes escreveram nos jornais – estou-me a lembrar dum artigo do Demétrio, antigo Presidente da CM de Loures – relatando o que por lá viram, nomeadamente em termos de desenvolvimento tecnológico, e nunca vi desmentidos.

    O LR fala por puro preconceito e do que está a dar – quem hoje não “bate” na Coreia do Norte não é homem nem é nada – e ainda por cima com termos que de política nada têm. Este é um exemplo de seguidismo acéfalo à moda ocidental de bater na Coreia do Norte.

    Uma coisa, Luís Rainha é nós termos os nossos programas, os nossos ideais e os nossos objectivos, outra coisa é entendermos que os outros têm a obrigação de os seguir. Eu não sou pelo pensamento e modelo único, eu entendo que os outros têm o direito de fazer os seus modelos e de seguirem as vias que bem entenderem. Mas o LR não, ou se é como ele, ou ele está logo contra.

  25. Neste caso dou razão à Margarida: o Rainha tem alguma dúvida que a Coreia do Norte seja um país que se defina como socialista ou melhor que tenha como objectivo atingir o socialismo e que se opõe à nova ordem imperialista?

    Se assim não fosse como é que se compreende a sanha dos USA contra ela ao longo destes cinquenta últimos anos e que culminaram quando Bush a incluiu no eixo do mal?

  26. Caros Amigos:
    O vosso debate está interessante. Já compreendi uma série de coisas. Agora só falta os Aspirinas B’s me responderem a isto:
    Afinal, quais as ideologias (ou ideias) do Bloco de Esquerda? A única coisa que sei é que é anti-capitalista, anti-globalização e anti-americano. É pró- alguma coisa?
    Já vi que não se revêm na China nem na Coreia. Finalmente um pouco de bom senso!

  27. Caros Amigos:
    O vosso debate está interessante. Já compreendi uma série de coisas. Agora só falta os Aspirinas B’s me responderem a isto:
    Afinal, quais as ideologias (ou ideias) do Bloco de Esquerda? A única coisa que sei é que é anti-capitalista, anti-globalização e anti-americano. É pró- alguma coisa?
    Já vi que não se revêm na China nem na Coreia. Finalmente um pouco de bom senso!

  28. Agora que o debate está a ficar mais morninho eu continuo com a mesm dúvida… O que pensam o Nuno e Luís sobre o comentário do francisco?

  29. Caros amig@s,

    Sobre a vossa amável pergunta, a resposta, no meu caso, é simples: não gostei.

    Já agora, gostava de saber como qualificam a China e a Coreia do Norte?

    Cara Fátima Correia,
    Sem entrar em outros desenvolvimentos, para si, ser anti-capitalista é pouco, para mim, é fundamental.E se o Bloco juntar a isso, ser um partido para quem os fins não justificam os meios, e se souber ser uma força política em que no seu interior haja liberdade e democracia, e se tiver a consciência que é, também, dentro das forças políticas alternativas que se vai criando novos comportamentos e espaços de liberdade mais amplos, então, nesse caso, o Bloco é uma excelente força de esquerda.

  30. Caro Nuno Ramos de Almeida: Não sou Fatima “Correia” mas Fátima Cordeiro.
    Obrigado pelos seus esclarecimentos. Não fiquei totalmente esclarecida, mas já compreendi algo. Os melhores cumprimentos!

  31. Que giro, Margarida. Olhe que já ouvi umas quantas histórias trazidas por camaradas seus de um famoso “Festival da Juventude” na Coreia do Norte. Pode sempre perguntar-lhes, por exemplo, pelo episódio da almôndega… Já agora, um regime vampiresco é aquele que faz os seus cidadãos passarem fome para que a tal “tecnologia” possa ser aplicada a misseis e aos palácios do maluco reinante, segundo monarca dessa peculiar “dinastia socialista”.

    Por outro lado, a sua teoria implica que só quem visitou a Alemanha nazi pode criticá-la ou ter uma opinião bem formada sobre a mesma. Dá tanto jeito fechar os olhos ao que não encaixa muito bem na nossa visão do mundo, não é?
    O que também responde ao João Lopes: Hitler dizia-se socialista. E vai daí?

    Quanto ao tal comentário, se tenho mesmo que dar opinião sobre algo que não vi, só posso dizer que, a ter ocorrido como aqui foi descrito, não foi um momento muito feliz.

  32. Mas gostava de ler esse artigo encomiástico do Demétrio; não acredito que um fulano inteligente como ele se deixasse enganar pelas vendas com que os coreanos bloqueavam a vista aos visitantes…
    Mas de alguém que foi de mala com rodinhas para o Sahara… nem sei bem o que esperar.:-)

  33. Pelo menos ouviu de viva voz qualquer coisa sobre a Coreia, nisso leva vantagem sobre mim. Já agora se quiser explicar a história da almôndega, esteja à vontade.

    Percebo pelo que diz que um “regime vampiresco é aquele que faz os seus cidadãos passarem fome para que a tal “tecnologia” possa ser aplicada a misseis e aos palácios”.

    Mas a sua explicação ainda me deixo mais confusa: o que é que a tecnologia tem a ver com a produção de bens de alimentação? Ou o que o LR pretendia era que a Coreia do Norte descurasse a sua defesa contra o invasor americano que ainda está estacionado do lado de lá da fronteira?

    Mas pelo menos o LR admite que por lá haverá pelo menos educação, dado que admite que tem “tecnologia”.

    Sobre o nazismo nem é preciso ir à Alemanha, há uma vasta literatura sobre o assunto, de todos os quadrantes ideológicos.

    Agora sobre a Coreia do Norte que literatura é que há? A made in américa ou a made in france? A da CNN ou a da BBC? E acha-a suficiente?

    Repito-lhe o que lhe disse antes: No último Congresso o meu partido deliberou que “Embora com graus e aspectos diferenciados, deve ser valorizado na resistência à nova ordem imperialista, o papel dos países que definem como orientação e objectivo a construção de uma sociedade socialista – Cuba, China, Vietname, Laos, RDP da Coreia.
    Para além de apresentarem profundas diferenças entre si, estes países constituem importantes realidades da vida internacional, cujas experiências é necessário acompanhar, conhecer e avaliar, independentemente das diferenças que existem em relação à nossa concepção programática de sociedade socialista a que aspiramos para Portugal, e de inquietações e discordâncias, por vezes profundas e de princípio, que nos suscitem.”

    Então perguntei ao NRA “Porque é que então teríamos a China no sapato?” Agora acrescento: e a RD da Coreia, porque é que a teríamos no sapato?

    Se o meu partido não se revê nem na organização do Estado nem na organização do partido da RD da Coreia, mas se de facto ela existe, consideramos que é importante conhecê-la e não diabolizá-la à priori, como o LR faz, por mero seguidismo acéfalo.

    E sobre o artigo do Demétrio eu não disse que era encomiástico. Li-o há dois ou três anos no Público. Não faço ideia se está on-line. Mas já vi que nem vale a pena procurá-lo, já que já está numa de o desdenhar. Aliás, como é hábito, começa já a levantar a desconfiança, para acautelar. Terá que convir que não é a postura mais séria numa discussão.

  34. Caro Nuno, ainda bem que nos entendemos.
    No caso do comentário do Francisco não será a prática de “os fins justificam os meios…” que diz não existir no bloco?
    De resto, e que fique claro, não sou militante mas tão só alguém interessado, não glorifico qualquer dos regimes mencionados, nunca os visitei… Agora não os coloco no centro de qualquer eixo do mal… Pena é que enquanto nós “ladramos” uns com os outros, o passe a “cavacada”…

  35. Alguém explica ao João que a pequena politica é, para alguns, o mais importante…
    O comentário do Francisco fez-me lembrar a forma como o Jornal Público reagiu à morte do Dr. Luís Sá, colocando-o como intelectual de referência, muito mal tratado pelo partido, quando afinal o jornal Público tinha “jogado fora” o Luís porque as opiniões que ele tranmitia eram as do PC…

    os fins só justificam os meios se os meios forem coerentes com os fins…

    E o Francisco, naquele comentário, para além de não ter usado esssa coerência, foi “garoto”… até pelo momento escolhido…

  36. Caro José:
    A atitude do Francisco até pelo momento escolhido é tudo menos garotice. revela premeditação. Revela também que foi aquele o momento para desferir um “golpe” que já não poderia ter uma resposta cuidada. Os militantes comunistas em causa, apesar das divergências que manifestaram, o João mais que o Lino, não se inscreveram no Bloco. Mas o respeito que nos devem pessoas que já não nos podem responder devia impedir este tipo de comentários… Não vi o Professor Doutor Francisco Louçã a utilizar este tipo de jogadas com os adversários da direita. Quando faltam argumentos…

  37. João: não só não s inscreveram no BE como ambos morreram comunistas e afirmaram-se como tal até ao fim – e ambos sabiam a doença que tinham. E o Louçã levava a declaração preparada de casa. E muito bem esteve o Jerónimo em manter a declaração e não lhe ter dado troco. Foi uma pulhice o que o Louçã fez, na mira de ganhar uns votitos.

  38. Margarida,
    Com quem aceita que a Coreia do Norte pode ser coisa boa e um país a caminho do socialismo, realmente não há muita discussão possível. E olhe que é mesmo verdade: já ouvi histórias reveladoras oriundas de gente do seu partido.
    Acha que o que eu faço à Coreia do Norte é “diabolizá-la à priori”? Mas andará toda a gente a escrever e filmar mentiras sobre esse paraíso? Tenha ao menos um pouco de respeito pela inteligência de quem nos lê, já que não o tem pelas vítimas do “seu” Grande Líder…

  39. LR: Insiste em pôr-me na boca coisas que eu não disse. Onde é que eu disse que “era coisa boa”?

    E já agora quem é “toda a gente que anda a escrever e a filmar” de que fala? Possívelmente os mesmos que eu vi, em reportagens na ARTE, na CNN, na BBC, do Liberation, do Le Monde, da Times, and so on…tudo da mesma linha ideológica, não é verdade? Se estiver errada, esclareça-me então, s.f.f.

    E sobre o “líder” é coisa que se usa mais no seu partido do que no meu, não é verdade. De facto quem não pensa como você é logo rotulado. Tolerância, abertura de espírito, distanciamento, reflexão, disto nunca provou, pois não? Pois se se sentem os maiores da cantareira…

  40. Deixe lá a Coreia e o seu “reizinho”, ou como lhe queira chamar, mas as discussões consigo, LR, são discussões em denota uma ortodoxia que lhe fica mal. Já todos dissemos que a Coreia não é um paraíso, nem sequer um modelo a imitar, nem sequer quero ir à Coreia, mas quero discutir a forma como o debate foi preparado, em que os argumentos, da vossa parte, são apenas esses… e isso, a juntar à garotice, é pouco, muito pouco… porque esses são os argumentos que toda a vida ouvi de outras bocas…
    Sabe, vou-lhe ser franco, não sou militante do PC, nunca fui, se calhar nunca serei… Mas parece-me redutor centrar a discussão numa matéria onde o PC não tem a opinião mais fácil de defender, seria muito mais cómodo ser como vós, que não têm passado, nem futuro… Assumir os erros do passado e do presente, pensar globalmente, sem “pré-conceitos” que não sejam os de uma axiomática de igualdade e justiça são a minha forma de reflectir politica… O resto, esse tipo de argumentos recordam-me outros elementos do bloco, que nos idos anos de 90 quando estávamos na 5 de outubro, frente à policia de Dias Loureiro e nos empurravam, digo bem empurravam de encontro às barreiras, e logo de seguida, quando vinha a carga policial, estavam bem longe… Mas isso são outras histórias…

    O que quero apenas dizer é que não fica bem dizer, como o Nuno disse, e acredito que o tenha dito sentido isso como verdade, que o Bloco é um partido onde os fins não justifcam os meios e depois tenham uma atitude à “Jorge Coelho” ou “José Socrates”… Sim porque aquela atitude final no debate é reveladora de um estilo que afirma não ser o vosso… E já tinha havido disso com o Paulo Portas na questão dos filhos…(no debate das legislativas) E isso é feio, apesar de eu também não gostar do gajo, isso não é politica é canalhice. Porque como diz o Nuno, não vale tudo, e o Francisco não o fez inocentemente… O Francisco, pela sua imensa inteligência, não precisa destas merdas, nem da china, nem da Coreia… Porque sabe perfeitamente que, ainda que o Jerónimo ganhasse, esses continuariam a não ser os seus modelos…

    Sejam criativos, deixem as cassetes da direita…

  41. Margarida,

    Com que então, você topa a mesma linha ideológica na “ARTE, na CNN, na BBC, do Liberation, do Le Monde, da Times”… fabuloso. Já agora, indique-me, para que eu possa iluminar a minha galeria de ígnaros preconceitos, uma fonte mais credível e de ideologia de “confiança”.
    Enquanto anda à procura, deixo-lhe aqui outras pistas: informação do World Food Programme sobre a fome na Coreia do Norte. Um resumo da situação dos direitos humanos, da Amnistia Internacional. A ficha desse país a caminho do “socialismo” da Human Rights Watch. E acho que já chega; não a quero chocar com demasiadas revelações brutais de uma só vez.

  42. João,

    A minha insistência com a Coreia do Norte tinha como alvo apenas a Margarida, que teima em ver na má imagem daquele pesadelo em forma de país apenas uma manobra de desinformação do capitalismo transnacional.
    Eu também vou ser franco: não sou militante do Bloco, ao contrário do Nuno. Mas não tenho pejo em declarar-me simpatizante, embora por vezes crítico. Quanto ao debate, já aqui deixei escrito que não o vi mas que a tal frase de Louçã, a ter sido como aqui foi reproduzida, me parece infeliz. Eu não tenho qualquer drama em reconhecer um erro dele; e palpita-me que também ele os reconhece com alguma facilidade.

  43. Não precisa o LR de se preocupar muito mais em procurar fontes de informação credíveis nas ONG’s. Já agora faltou-lhe também mencionar as do George Soros. Também as conheço. Mas entendamo-nos: nunca pus em causa a existência ou não de fome na Coreia. Nunca me manifestei a favor ou contra a organização do Estado ou do partido da Coreia. Manifestei-me isso sim contra o seguidismo acéfalo contra os eixos do mal bushianos e com as manobras de associarem tudo o que é negativo ao meu partido. E quanto às semelhanças ideológicas entre os media que mencionei nas questões fundamentais para o império, e que o LR não encontra, presumo que não os tem acompanhado concretamente no “tratamento” da questão coreana, como também não os terá acompanhado na questão dos Balcãs…

  44. Caro Luís mais errada do que a frase é a prmeditação… isso é que é feio, muito feio, porque é pensado, maquinado… Porque prova que a história de que no bloco os fins não justificam os meios é “conversa”… aquela boca, como a boca para o Paulinho das Feiras, sobre filhos e tal e coisa, também não é muito bonita…
    Isso não encaixa no combate politico, é garotice, ou melhor dizendo, tu sabes o que é, mas acho que já chega deste assunto…vamos arregaçar as mangas e dar luta ao adversário cavaco…

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