Divulgamos uma carta do jornalista Hernâni de Carvalho dirigida a Soledade Martinho Costa a propósito do post de 12 de Maio desta última no Aspirina. Segue-se a resposta da autora.
Sra Dona SoledadeAconselharam-me a ler as letras que me dedicou. E aqui estou. Se de facto viu o programa da Júlia Pinheiro, devo dizer-lhe que terá, no mínimo, percebido várias coisas mal. Certamente por falta de capacidade de comunicação da minha parte. Afasto-me das incorrecções que aqui pôs na minha boca para lhe garantir que não acredito que a mova contra mim algum rancor. Nunca tinha ouvido falar na sua existência. Coisa de que lhe peço desculpa.
Em verdade, o tempo ajuda. Hoje, ao contrário do que se fazia crer há 2 meses, percebe-se que:
1 – os pais não foram inspeccionar os 3 meninos que abandonaram na casa;
2 – os pais estavam bem-dispostos num bar a mais de 50 metros da casa onde deixaram os meninos;
3 – do bar não se vislumbra a casa onde os Macann deixaram os 3 meninos;
4 – os pais rejeitaram os serviços que o hotel põe à disposição para acompanhamento de crianças;
5 – este comportamento dos Macann é crime em Inglaterra;
6 – poderia avançar com mais esclarecimentos, mas reconheço (tal como diz no seu simpático texto) que sou desastrado. Tão desastrado que, por muito que aqui viesse explicar, estou convicto, a senhora iria encontrar de novo coisas que eu não disse. E a culpa seria de novo minha.
Peço-lhe desculpa por não entender os exemplos que me deixou no texto (a culpa é de novo minha) e aproveito para lhe dizer que nunca tive dinheiro para ter casa, com piscina e muito menos no Algarve. De facto, eu sou mesmo doutros lugares a vários níveis. Peço-lhe desculpa pelo incómodo e agradeço-lhe a atenção.
PS. Não é meu hábito intrometer-me nestas conversas e comentários. Mas como a Júlia Pinheiro é aqui acusada de ter feito uma má escolha (ao convidar-me para o seu programa), entendo ser da mais elementar justiça vir aqui pedir desculpas à Júlia Pinheiro e agradecer à Dona Soledade ter-me apelidado de prata da casa. É bom sinal e fico orgulhoso disso.
Hernâni Carvalho
CARTA ABERTA A HERNÂNI DE CARVALHO
Hernâni de Carvalho:
[…]
1 – “Os pais não foram inspeccionar os 3 meninos que abandonaram na casa”. Não terá sido por julgarem as crianças em segurança? Estavam num quarto de um condomínio fechado (SPA?) e não, propriamente, numa tenda de campismo…
2 – “Os pais estavam bem-dispostos num bar a mais de 50 metros da casa onde deixaram os meninos”. E porque razão não deviam estar bem-dispostos? Pagaram caro essa boa disposição. Não passava pela cabeça do casal McCann que algo de terrível estava para acontecer. Será de bom-tom criticá-los? Estamos sempre a aprender e nunca aprendemos o suficiente, essa é que é a verdade…
3 – “Do bar não se vislumbrava a casa onde os McCann deixaram os 3 meninos”. Não faz grande diferença. Mesmo que a vissem, não viam o que se passava dentro do quarto…
4 – “Os pais rejeitaram os serviços que o hotel põe à disposição para acompanhamento de crianças”. O grau de segurança relativamente ao hotel e ao nosso país talvez fizessem com que não achassem necessária essa precaução…Da qual bem se arrependem, decerto.
5 – “Este comportamento é crime em Inglaterra”. Em Portugal também (artigo 138 do Código Penal). Chama-se “crime de abandono” (o que dá vontade de rir). Mas não é por isso que não se verificam dezenas de raptos de crianças em Inglaterra, casos que nunca foram resolvidos – além de crimes violentos sobre menores, sendo considerado o país com mais crianças desaparecidas a nível da comunidade europeia.
6 – “Poderia avançar com mais esclarecimentos, mas reconheço (tal como diz no seu simpático texto) que sou desastrado. Tão desastrado que por muito que aqui viesse explicar estou convicto, a senhora iria encontrar de novo coisas que eu não disse. E a culpa será de novo minha.”. Pois. Mas nem o meu texto é simpático (não o sabia tão mentiroso…), nem o Hernâni se reconhece como pessoa desastrada. Sejamos sinceros…
As coisas que você diz que não disse, vou eu, agora, enumerá-las aqui:
1 – A taxa elevada de desemprego no Algarve.
2 – Qualquer algarvio desempregado, a troco de dinheiro, poderia fazer o “trabalho” (rapto de Madeleine) e ter entregue a criança ao verdadeiro mandante.
3 – Sendo os pais das crianças ambos médicos e sabendo lidar com medicamentos… (insinuação de terem posto as crianças a dormir?)
4 – Quase todos os algarvios falam inglês, era fácil estabelecer conversa com Madeleine.
Nas palavras que me envia, acrescenta: “…nunca tive dinheiro para ter casa com piscina e muito menos no Algarve”. Teria sido por eu referir que passo vários meses do ano no Algarve? Provavelmente. Mas, caro Hernâni, não mencionei se a minha casa tinha piscina…Por acaso, tem: grande, relvada, com árvores, com flores. É precisamente na piscina que estou a alinhavar estas linhas. Não gosto de escrever directamente no computador. Mas quando quiser, terei todo o gosto em recebê-lo. E podemos, depois, ir até à piscina. É um local muito calmo e aprazível.
Soledade Martinho Costa
Sou juiz social no Tribunal de Menores de Lisboa desde 1993 e tenho uma perpsectiva muito própria sobre este assunto. Parece-me óbvio que na cronologia dos factos o primeiro crime é o dos pais da criança. Chama-se abandono. Ponto final. Quanto ao Hernani Carvalho nao vi mas ouvi dizer que não foi feliz na abordagem que fez do caso. Acontece aos melhores. De qualquer modo é um bocado chover no molhado. Não vale a pena. Passou…
Podemos ter muita pena dos pais McCann, e temos, mas porquê esquecer que houve negligência criminosa em abandonar crianças assim? É preciso dizê-lo sem receio, para alertar e para impedir que casos deste se repitam com raptos ou com incêndios, acidentes domésticos, etc, etc.
É sobretudo necessário dizê-lo alto e bom som quando os media britânicos se atarefaram a apontar todas as deficiências reais e presumidas, sobretudo presumidas, da investigação policial portuguesa.
A responsabilidade dos pais McCann não é presumida, é real.
Asco, nojentos. Asco. A polícia não ligou absolutamente nada e só passadas 12 horas decidiram pegar no caso. Bastaria terem dado o alerta imediato para as brigadas de trânsito para a possiblidade de captura ser óbvia.
E vêm-me agora estas bestas dizer que o crime foi dos desgraçados dos pais. Que fizeram o mesmo que hão-de fazer muitas destas bestas que agora atiram pedras aos outros.
Nojo.
A má-consciência transformada em agressão sobre as vítimas é das atitudes mais cobardes e porcas
“Podemos ter muita pena dos pais”
Não têm nenhuma pena dos pais. É apenas isto. Nenhuma. Quem atira pedras sobre o azar e o sofrimento alheio desculpando a incúria dos responsáveis está apenas a justificar-se por não ter absolutamente pena nenhuma.
Nem vergonha suficiente para ao menos ficarem calados.
Chamam a polícia, fica logo ali visto que a menina não podia ter saído pelo seu pé para dar um volta e não fazem nada. Nada. Esperaram 12 horas, até levantarem o cu das secretárias.
E o crime é dos pais? Onde esteve o MP que era o responsável pelo caso?
Quem foi o irresponsável que não se apercebeu que havia de ser rapto, quando agora estes animais acham que foi crime e que só algo de mau podia ter acontecido?
Porque é que a polícia não pensou o mesmo e não deu imeditamente o alerta?
Quem é criminoso, suas bestas que nem esta verdade referem
Que preferem esconder esta vergonha deste desleixo para chamar criminosos a um pai e uma mãe vítimas de tamanha tragédia?
Era eu. Estou em computador que não é meu, daí ter ficado sem o nick
E isto destina-se a esse Hernâni de Carvalho que ainda veio para aqui tirar satisfações.
Se quiser saber o meu nome ou que vá ao jornal dizer-lho na cara, esteja à vontade. Até pode fazer mais: pode publicar isto lá onde faz de jornalista.
Era um prazer que me dava.
A sorte dele até foi ter a Soledade com muitos cuidados na crítica. Porque se fosse comigo, tinha-lhe dito.
E aproveito agora para o dizer. É nojo. É nojo porque confunde os sentimentos das pessoas com a “política” e o “patriotistimo” face aos ingleses.
Questão que nunca devia ser confundida. Se fosse jornalista em vez de jornaleiro, percebia que há que ser racional e saber onde houve a falha.
E a falha foi esta: houve absoluta irresponsabilidade da polícia (que ainda por cima andava em greve por tretas) de dar o alerta imediato em se vendo que não era questão de litígio familiar.
Não fizeram nada. Voltaram para o seu postinho e ficaram quietos. À espera que uma menina de 4 anos que sai sozinha de casa à noite, voltasse pelo seu pé.
Ora se a polícia acha provável que uma criança tenha ido dar uma voltinha a meio da noite, como é que esta besta justifica que chame criminosos aos pais?
Por ser muito habitual entrarem ladrões pela janela para roubarem os filhos?
E se acha que isso é muito natural ao ponto de chamar crime a quem não se lembrou dos cuidados, o que chama então à polícia que ainda ligou menos perante os factos?
Suponho que só pode defender o fuzilamento público para a polícia, depois de ter atirado as pedras às vítimas.
e para o juizinho poeta que diz que não vale a pena: aprenda- vale a pena, vale a pena se formos verdadeiros e reconhecermos que houve incúria por não se dar alerta imediato.
Foi isto que também disseram os técnicos ingleses que cá vieram. Que sabem que nestes casos, o factor tempo é decisivo. E a polícia do Algarve já tinha dado prova de incúria pelos mesmos motivos no caso da outra menina- da Joana.
Já para não se falar no MP que é o responsável por um caso e que nunca deu a cara, nem se pronunciou.
E nem vamos então pegar naquele retrato robot que é de tal modo grotesco que até devia ter sido evitada a sátira e risota a que deu azo.
Como já na altura comentei, a propósito do post inicial de Soledade Martinho Costa, a primeira coisa que me ocorre dizer é: haja decoro (as piscinas não são para aqui chamadas). A segunda, é que não vi o tal programa nem conheço nenhum dos intervenientes da conversa. Posto isto, a verdade é que (e a verdade nem sempre é fácil de ouvir) os factos provaram ter havido negligência (e só um reparo a Soledade Martinho – os pais não estavam num SPA, estavam num empreendimento sem vigilância e sabiam disso). Quando vieram a público explicar que uma coisa destas não lhes passava pela cabeça, e que, aos deixar os filhos sozinhos, nunca poderiam ter imaginado que a menina fosse raptada, ocorreu-me aquilo que me parece uma evidência: crianças de três anos, e menos, não se deixam sozinhas naquelas circunstâncias (e tb. ficou provado que os pais não interrompiam o jantar para as vigiar, como se disse no princípio). Não por medo de que possam ser raptadas, mas porque as crianças podem acordar, ter medos, pesadelos, cair da cama, aleijarem-se… E não venham com diferenças culturais. Tudo o que referi se passa em qualquer língua. Como não sou católica, não me parece que a culpa seja para aqui chamada. Assim, do meu ponto de vista, não têm culpa, mas responsáveis são. Se fosse crente, diria «Deus lhes perdoe». Como não sou, só espero que a menina apareça e que a família se restabeleça. Sem que nada de irremedivelmente traumático lhe tenha acontecido. Só uma nota final: o sentimentalismo, a irresponsabilidade na procura de culpados e a vacuidade com que grande parte da comunicação social tratou este caso é de bradar aos céus. E foi preciso chegar à Holanda, para uma jornalista lhes fazer a pergunta que tinha de ser feita. Por muito dura ou cruel que seja. Não com certeza mais cruel do que aquilo que aconteceu à pobre criança.
Até porque mesmo entrando no campo dos cuidados e atenções que se deve ter com crianças no mundo de hoje (há uns 30 anos atrás isto nunca aconteceria) e eu penso que não se deve fazer o que fizeram os pais da menina- nunca o faria; o que não se pode é extrapolar que foi esse excesso de confiança o responsável pela tragédia.
Mais, não se pode atirar para cima dessa exigência pedagógica uma verdadeira incúria- esta sim, que deveria ser penalizada pelos responsáveis- o facto da polícia ter sido logo chamada e não ter ligado nada. Não ter actuado imediatamente. Nem secundariamente. Foram embora, “à espera”; a ver “o que dava”; não havia necessidade de “exageros nem de buscas imediatas. Não havia necessidade de alertar imediatamente a brigada de trânsito. E fizeram isto sem terem sequer a desculpa de terem sido chamados demasiado tarde ou de terem qualquer outro tipo de indícios face ao desaparecimento.
A responsabilidade é esta. Toda esta. O resto chegou demasiado tarde. Está visto que não havia de ter sido a menina a ir a pé até Espanha ou o raptor a dar umas voltinhas e a trazê-la de novo para casa. Mas foi assim que eles pensaram. Porque foi com esta lógica que não actuaram.
O senhor jornalista que aprenda pois se fosse protagonista de um azar destes, tenho a certeza que não usava os media para ferir as vítimas só por ter tido um “ataque” de patriotismo e nem referir este facto e nem ligar à incúria do tempo que demorou o lançamento do alerta.
E eu nem estou a falar da trampa do programa porque praticamente nem vejo televisão.
Nem estou a falar disso, porque, pelo que li, se fosse por aí, então o insulto ao jornaleiro é que ia doer.
Estou apenas a responder pela trampa que o sujeito aqui escreveu. Por mais nada. O resto nem vi, nem sei. Li isto e isto chega para lhe dizer que é um asco. Um nojo, uma trampa que só com um pano encharcado na cara.
Não é de jornalista, é de jornaleiros carroceiro.
Um animal que compara piscinas e nem uma palavra sobre a verdadeira questão, a saber: onde houve verdadeiro desleixo?
Na polícia que achou natural o desaparecimento ou nos pais que chamaram imediatamente a polícia quando viram que a menina tinha sido levada do apartamento?
Crime, a existir, comparando estes 2 comportamentos é de quem?
Quem é que seguiu a lei inglesa de considerar crime deixar sozinho, porque pode dar azo a rapto? a nossa polícia? foi ela? ou foi a nossa polícia que ainda achou mais que natural não só a falta de cuidado dos pais como o desaparecimento da menina?
Se queriam então entrar nessas merdas de o que se devia ou não devia fazer, vão ao Lutz ou aos “2 Dedos de Conversa” onde se chegou ao extremo inverso: fazer luxo nas faltas de cuidados porque sim, porque é de esquerda deixar-se os filhos à vontade que a eles também deixavam viajar sozinhos de combóio quando eram pequenos.
Até fizeram mais, andaram a fazer rábulas com raptos inventados aos próprios filhos. Que o menino tinha ido sozinho com um senho professor apanhar amoras e o senhor professor podia ser pedófilo. Umas merdas em tom oposto por imbecilidade oposta. Apenas para defenderem nem se sabe bem o quê. Eles chamam-lhe o problema de “asfixiar” os filhos com paranóias securítárias. Outra trampa idêntica à deste palhaço- vivem de palavras.
Mas a única questão que importa é saber-se o que aconteceu de errado na resposta policial. E foi esta- aconteceu de errado o mesmo que já tinha acontecido e que começa a ser uma constante da polícia: não ligaram.
Depois, quando ligaram, já era demasiado tarde. os peritos sabem, o tempo é tudo e o alerta imediato é a única forma de poder salvar alguém num caso destes.
Mas os jornaleiros disto não falaram. Preferiram a novela dos exageros que se seguiram. E ainda andam com ela. Agora este palhaço até mete luta de classes e piscinas.
Mas acaso fez ele investigação junto das entidades responsáveis? acaso entrevistou o MP e lhe perguntou o que fez, porque MP é que nunca se viu a dar a cara?
Fez nada. Aproveitou a desgraça alheia para ir para o palco e gozar direito de antena.
http://conversa2.blogspot.com/2007/05/negligncia-e-irresponsabilidade.html
http://conversa2.blogspot.com/2007/06/sddeutsche-zeitung-que-me-compreende.html
http://conversa2.blogspot.com/2007/06/negligncia-e-culpa.html
Isto é que é masturbação de cariz contrário e tão inapropriada quanto esta que foi referida aqui. E houve mais, basta seguir o cruzamento de links. Há sempre voyeurismo sórdido para todos os gostos
Parece que já ninguém conhece o silêncio por respeito. Se não é para fazer nada, não falem à custa de tragédias usando-as como rábulas.
Buscas costeiras 12 horas depois, por iniciativa própria;
Mandaram (polícia) a notícia cá para fora Retrato robot já existia mas não podia ser divulgado Dizia-se que estava de costas.
http://q3.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ae.stories/4963&user=56
Retrato robot quando foi divulgado:
http://bp3.blogger.com/_1-mCSi-cmiQ/RlY8dFNjZmI/AAAAAAAAAgE/w4XNgr-LlYY/s1600-h/s340x255.jpeg
……….
Alguem comentou isto aqui no Aspirina ou preferem sempre as tricas, particularmente com a Soledade?
Parlez vous franglais? From Rumormillnews.com, para por fim a esta conversa de chacha:
“Pedophiles are easy to blackmail and control. This is why pedophiles are put in high level military and government positions all around the world. They are controlled and used by people who have an agenda for world domination.
When the pedophile scandal broke in Belgium several years ago, Interpol first realized how many governments in Europe are massively infected with pedophiles.
Interpol called upon men who had been part of the SOG called Operation Clydesdale. During Operation Clydesdale, these men had been “recalled” by the head of their unit. “Recalled” means the team was ordered to end their mission before the mission had been successfully completed. Because of this, they had not been successful in eliminating ALL the pedophiles who had been identified and targeted. This meant the child snuff film-makers stayed in business, they merely changed names and countries.
The men who made up Operation Clydesdale soon discovered that United States government agencies were being controlled and run by pedophiles and their handlers. After the Operation Clydesdale team realized this, many of them were thrown in prison and charged with crimes that had nothing to do with the real reason they were in prison.
When they were freed, they were recruited by Interpol. As they began planning the world wide version of Operation Clydesdale, the one thing they insisted on was complete and total autonomy. They demanded that they answer to no one but their own group. They also demanded that once a P.E.T. (Pedophile Eradication Team) had been launched, it could never be recalled until the mission was complete.
In order to comply with the demands of the SOG, Interpol created a special unit, which they funded through Europol. This unit is so secret that only the men who have been part of it for over 20 years know all the different pieces and players.
Pedophiles and child porn rings have many different faces and purposes. Child porn and snuff films are only one small part of a larger whole. The entire picture has many different faces and aspects, each as horrible and vile as torturing a child to death on film for the sexual gratification on a pedophile.”
Há lá mais, para quem estiver interessado.
Delicioso, Chico. Repito: delicioso.
Eis mais um passo dado, e que passo, a caminho da Teoria de Tudo. Que não haja um nomezinho, e só uma vaga datação («several years ago»), que tudo bata tão, tão certo – nada disto perturba este espírito voluptuoso e exacto.
Concedido: um pedófilo é fácil de chantagear e de controlar. Como o é um bebedor, como o é um «jogador». E por força que haverá casos, mais ou menos organizados, da sua utilização para o domínio de algum sector ou região.
Mas isto que trouxeste aqui, Chico, não vai acabar conversa nenhuma. E menos ainda a conversa de chacha. Arranja outra coisa.
E outra concessão: o autor do escrito é brilhante.
Hernâni Carvalho:
Só uns pequenos detalhes. No seu escrito, diz “que nunca tinha ouvido falar na minha existência”. Pois. Nem eu na sua. Estamos quites. Não tem, por isso, de pedir-me desculpa. Portugal é pequenino mas, às vezes, até parece maior…
Quanto a tê-lo apelidado de “prata da casa”, melhor seria se fosse oiro. Mas prata também não é mau. Se fosse bronze seria pior…
Para finalizar, creia que não me passou despercebida toda a ironia que ressalta do seu texto. A começar por aquele “Sra. Dona Soledade”…
E como não costumo “ter rancor” por ninguém, aqui fica um abraço amistoso para si e outro para a Júlia Pinheiro.
Se era apenas para falar de descuidos tinham muitos outros exemplos. Quantas crianças não se perdem na praia e ouvimos pelos megafones a chamada às famílias? quantas? esse descuido até é mais propício a um rapto que arrombar uma janela e entrar em casa para roubar os filhos – por aí até podiam roubar com os pais lá e a dormir.
Quantos de vs. não tiveram já casos de miudagem que se perde assim, em feiras, em lugares públicos. O meu uma vez desapareceu na FIL. E estava a família. Não sei como foi. Em segundos já não estava ao nosso lado.
Claro que, como sempre foi muito “espertinho e nariz empinado”, o danado é que foi logo à cabine de som dizer que a família se tinha perdido dele.
E chamaram-nos pelos altifalantes. Quando lá chegámos estava recebeu-nos com um ar de desdém e um tom ríspido: “então, vs. perdem-se de mim?”
Isto acontece. Hoje em dia, por causa dessas taras sexuais e negócios afins não havia de lhe largar a mão.
Agora o que aqui foi feito não foi nada disto. Ninguém se lembrou de falar destes descuidos e chamá-los criminosos. Se os pais não tivessem sofrido a tragédia não havia jornalistas preocupados com desleixos destes. Nunca o vi a fazer reportagem nas praias quando chega a haver crianças perdidas um dia inteiro.
O que foi feito foi vergonhoso. Atribui-se a culpa (sim a culpa, que não é nenhum conceito religioso, é jurídico, ao contrário do que a outra veio para aqui dizer) aos desgraçados dos pais. Uma coisa seria falar de responsabilidade paterna e cuidados, outra de culpa.
E atribui-se-lhes a culpa, com esse porcaria de exemplo de que foi preciso uma jornalista holandesa dizer-lhes isso, quando, esse jornalista português, não falou sequer do que eu aqui falei- do verdadeiro desleixo policial pelo facto da polícia não ter dado alerta imediato.
A gravidade foi esta. E ai jurar que essa maltosa cretina que gosta de tricas e vem sempre atrás para picar as “soledades”, nem disto sabia.
Ia jurar. Porque sei o que é mentalidade de gentinha dada a tricas. Ficam-se semre pelo corriqueiro, pela novela, nem uma pergunta, nem uma interrogação técnica.
Mais, essa outra das tricas até disse que sabe que a polícia fez o que pôde.
Fez o que pôde, quando já pouco havia a fazer, porque a verdadeira incúria passou-se de início.
E nem vou falar da patologia de jornalistas atrás da polícia a perguntar-lhes “o que é que sentem”. Porque isso é que devia ser crime.
Esse jornalismo é que devia dar direito a mandá-los para casa fazer palavras cruzadas.
Tinha escapado isto-
– Se era para se falar de meros cuidados com as crianças, havia muito de que falar. Não se ia buscar um exemplo de bons, que não espancam os filhos.
Porque, se a questão também estava apenas no ser considerado crime deixar os filhos sozinhos em casa, então, não era pela consequência desse desleixo que se ia pegar- porque aí é houve maldade.
Aí é que houve espírito sórdido de uma espécie de justiifcação “nacional” contra a “incúria de uns estrangeiros”, porque a polícia é nossa.
Foi maldade de falta e carácter e foi esta. Depois da tragédia acontecer é que se vem reduzir tudo a um jornlismo sobre cuidados a ter com crianças.
Com milhares de crianças a brincarem sozinhas por todo o lado e perdidas dias inteiros por todo o lado.
Sem haver a tragédia que houve e a vergonha da incúria de polícia que houve.
Porco foi isto- atacar vítimas quando não se tem mais nada para fazer.
Por reactiva “nacionalista”. Porque, para reactiva nacionalista entre jornalistas havia muito que responder sem usar a tragédia dos outros como justiifcação de culpa.
Ah, Zazieziznha!
Quando é que um neurónio teu se apercebe de que tanto a inoperância da polícia como o descuido dos pais de Madeleine foram, ambos, uma realidade?
A tua precocupação de, no segundo caso, negar um crime (e nisso andas bem) tolda-te a visão.
Va lá, fais un effort, tu que até eras tão espertinha.
Eu contigo tenho dificuldade em dialogar porque a tua racionalidade anda sempre pelas ruas da amargura.
Se queres falar do assunto em termos técnicos o que mais tens por aí, pela blogosfera inteira, são técnicos a explicarem-te que o erro da polícia foi de uma gravidade que não é de ordem afectiva.
Mas, como v.s são poetas e só gostam das palpitações, questão técnica e “inconscientes colectivos galvanizados” por reactivas nacionalistas é tudo da mesma ordem.
Se é o descuido por si prórpio, então tinham mais era de dar o exemplo das crianças perdidas o dia inteiro na praia.
E disso ninguém falou. Porquê?
Porque não houve consequências trágicas como houve neste caso.
O que se fez foi isto- virar do avesso o natural sentimento de pena por quem é vítima transformando-o numa arma de arremesso contra os próprios.
De resto, deixei aí bem vincada a minha posição.
Se queres falar com anormais que defendem o inverso, e até fizeram luxo em serem assim, sem cuidados, tens os links.
Claro que já sabes que é maltosa de esquerda que também gosta destas reactivas para “ilibar” esses problemas de taras sexuais.
Claro, por isso é mais fácil chatearem-me a mim.
Mas comigo já sabem que não me queixo, chamo-lhes o que merecem:
uns são estúpidos e demonstram insensibilidade com as vítimas; os outros são isso tudo e ainda por cima ignorantes.
Porque nem sequer sabiam, tenho a certeza, que o caso até foi retirado à polícia por total desleixo na actuação.
Como não sabiam quem é que foi responsável pelo caso: GNR ou PSP; quem foi o irresponsável que não deu o alerta.
Que tipo de alerta foi dado e quando. Quando é que se avisou as brigadas de trânsito (nunca), Quando é que se notificou a polícia espanhola. Que fez o MP de Lagos, Que devia ter feito. Que é que foi dito cá para fora e o que é que foi ignorado.
Para que é que se diz que foi feito um retrato robot com a ajuda de umas 30 pessoas mas que não se pode ainda ver esse retrato que terá sido de costas. Para que serviu esta merda de informação.
Para que se mostrou depois essa anormalidade de retrato robot.
E muito mais. Mas as palpitações nunca dão espaço para estas perguntas racionais.
Perfere-se dizer que foram desleixados e por no mesmo pé de igualdade um desleixo deste tipo com uma verdadeira responsabilidade portuguesa.
Porque, mesmo que o dito desleixo dos pais fosse de ter peso, não o tinha no mesma ordem de responsabilidade de um país. Não foi nenhuma instituição de babysiters tuga que teve falta de cuidados. Essa falta é pessoal. Não diz respeito a deficiência portuguesa.
Mas as falhas e desleixos da polícia sim, são erros e foram erros que dizem respeito a instuições portuguesas.
E isso é que devia ser acentuado para que não se repetisse.
Não é o desleixo de pais que esse não se pode controlar.
Chegar aqui, a este raciocínio, não chegam os das palpitações.
Nem sequer esse primeiro juiz que se pronunciou. E isso é que é grave.
«O que foi feito foi vergonhoso. Atribui-se a culpa (sim a culpa, que não é nenhum conceito religioso, é jurídico, ao contrário do que a outra veio para aqui dizer)».
A outra sou eu. Mas, já agora, porquê tanta histeria?
Se era espertinha é suposiçãi tua. Nunca o disse,
Pelo menos sei o que é mau-gosto e sei o que é manter silêncio e não usar a tragédia alheia como masturbação intelectual.
Não fiz um único post acerca deste assunto. Nem quis seguir a novela pelos media.
Não tenho essa apetência voyeurista de quem também gosta sempre de ir ver os mortos dos acidentes na estrada.
Se respondi aqui foi porque calhou ver. Nem tinha dado pelo outro post.
Também nem respondi aos da novela contrária. Às feministas do womenage a trois, nem à Helena ou ao Lutz- porque aí, simm aí encontras quem diga que nem sequer houve falta de cuidado dos pais.
Mas a esses não tocas tu, nãó é?
Pois é. A zazie é sempre mais incómoda. Nem é anormal como os que fazem luxo em deixar os filhos sozinhos, justiicando que excessos de cuidado é que “asfixiam” as crianças (sic) e ainda por cima veio para aqui falar da polícia e das nossas responsabilidades numa coisa que era para tapar.
Esta zazie devia ser gira como jornalista. Ou como agente da PJ. Pela inteligência. Pela isenção. Pela perspicácia. Pela objectividade. Pela serenidade. Deixem-na trabalhar, que ela põe a Maddie em casa em três tempos.
Agora se há poetas que acham muito digno bater em vítimas de tamanha desgraça, façam favor, estão em casa.
Bater em quem perde uma filha nestas condições até pode ser matéria de inspiração poética, sei lá eu. Há gostos para tudo.
Eu só vim cá mandar umas traulitadas a um jornalista.
Por acaso sou racional. Tenho mesmo o vício da racionalidade mas o meu trabalho é mais com gárgulas.
Prefiro lidar com pedra e com artistas bem mortos. Completamente mortos. Medievamente mortos.
A estupidez do argumento enxofrado do FV foi apenas a confusão entre o que é do nível pessoal e o que é responsabilidade nacional.
Se estivesse em causa uma qualquer instituição que tomasse contas de crianças de um lado e do outro o desleixo da polícia, podia ser pertinente o que disse.
Porque havia instituições responsáveis.
Agora entre uma família estrangeira e uma polícia portuguesa- cuja lógica ainda foi mais permissiva que a da família “não há-de ser nada”; não vale a pena dar alerta já que a miúda há-de aparecer pelo seu pé”, isto sim, ísto é que foi imbecil.
Toda a responsabilidade legal dentro do tal quadro inglês em que até é considerado crime deixar crianças sozinhas, foi automaticamente neutralizada quando a polícia não só não se lembrou disso como ainda foi mais longe. É natural uma menina sair de casa sozinha a meio da noite.
Ele que responda a isto com um bocadinho de memória ram, que eu pagava para ver.
Não responde. Já respondeu- colocou em pé de igualdade de responsabilidade, quando a nossa até dá cobertura e ainda maior espaço para desleixo que a do casal.
Zazie,
Pedir-te calma é soprar contra o vento. Não irei por aí.
Mas eu esperava que tu pudesses reconhecer que houve DOIS ERROS. De muito diferente ordem, ok. De muito diferente gravidade, ok. Mas dois erros.
Esse, o meu «enxofrado» «argumento», termos teus.
Mas, ai, tu tens os teus fantasmas. E é contra eles que espadeiras, dia e noite, incansável.
E nisso metes, sempre, a Esquerda ao barulho, seja com o py, seja com a Maddie. Que invejável, cândido, mundo o teu! O Bush (para citar um tanto at random) não o arranja melhor.
Enfim, é um alívio que a palavra «histeria» tenha saído, neste contexto, da pena da Ana Cristina Leonardo, uma mulher.
Zazie, houve algum rapto na sua família?
Zé do Carmo Francisco:
Sei, de há muito, que “pertence ao Tribunal de Menores de Lisboa”. Só não sabia que do seu ponto de vista, este assunto “é um bocado chover no molhado”. Que o caso Madeleine “Não vale a pena. Passou”.
“Passou”, Zé!? Quando diariamente os canais da TV, os jornais e as revistas, falam e comentam este triste acontecimento!?
“Não vale a pena. Passou”!? Quando as buscas (erradamente tardias) e os interrogatórios continuam? Quando a nossa polícia e a de outros países conjugam esforços para tentar recuperar a menina? Quando as publicações estrangeiras e as pessoas em todo o Mundo diligenciam, por todos os meios, que este drama não caia no esquecimento, como aconteceu com outras crianças? Esta tomada de posição pode representar um acto de consciência e um alerta para casos futuros. Sim, porque as redes pedófilas continuam a existir…
Acha “Que não merece a pena. Passou”!? Quando a foto da pequenina Madeleine permanece afixada por aí, cá e no estrangeiro, nos automóveis, nos tires, nas paredes, nas montras? A olhar para nós. À espera (e bom será que o esteja) dos braços dos pais? Retrato em carne viva, muito mais para os McCann, que continuam a aguardar um milagre. Que continuam com esperança. Porquê castigá-los mais se perder um filho é o castigo maior que os pais podem sofrer? Será que nunca ninguém errou no que respeita aos seus filhos? Dou-lhe um exemplo, Zé: quando o seu filho Filipe ia sendo atropelado em Algés, estando ele num passeio junto a uma rua de grande movimento, porque é que ninguém o segurava pela mão, por precaução, sendo ele tão pequenino?
Todos erramos, mais cedo ou mais tarde. Os McCann também erraram. Parece-me muito mais que “chove no molhado”, quando os apontam, continuadamente, como os principais responsáveis pelo rapto da filha. Eu (o Zé conhece-me bem) não teria deixado as crianças sozinhas. Mas não podemos estar sempre a pensar no mal: somos humanos. E os McCann não pensaram. Quantas pessoas não cometem grandes descuidos com as suas crianças, com a sorte de nada lhes acontecer? Os pais de Madeleine tiveram azar… Lembre-se do seu neto Thomas. Tudo valeria a pena, se o caso fosse consigo. E passar, alguma vez passava, Zé?
Leia o post da Susana “Baby Blog”, publicado aqui no passado dia 7.
Também não voltei a este assunto por me ter apetecido. Voltei porque o Hernâni Carvalho assim mo obrigou.
Abraço, Zé (uma amizade de décadas não vai abaixo com dois comentários de blog)!
“Mas eu esperava que tu pudesses reconhecer que houve DOIS ERROS. De muito diferente ordem, ok. De muito diferente gravidade, ok. Mas dois erros.”
Não leste?
Não leste onde eu larguei os links de quem deu reactiva oposta dizendo que não houve descuido e faz o mesmo?
O que não consegues perceber é de outro nível e aí, a culpa há-de ser minha na dificuldade de escrita:
1- Não se podem colocar em paralelo erros de responsabilidade distinta.
motivos:
a) O erro dos pais pagaram-no eles pelo preço mais elevado. A pedagogia que se podia ter feito está feita, pela forma mais terrível. Não é erro de responsabilidade de instituição portuguesa ou inglesa
b) Esse mesmo erro pedagógico que agora é o único e foi o único que em que jornalista pegou (da forma mais perversa, com insinuações de os pais drogarem os filhos para os largarem a dormir) foi neutralizado pelo erro da polícia.
E volto a explicar. O erro da polícia não foi de outra ordem a não ser esta:
Não ligou. Por considerar natural, não só as crianças terem ficados sozinhsa em casa, como daí não vir “perigo ao mundo”.
Porque, mesmo tendo à frente uma janela arrombada, os pais a chamarem a polícia e a possiblidade de estarem perante um rapto, não só não encontraram qualquer outra pista que não essa, como tranquilizaram os pais e foram dormir.
Na prática o erro que tu colocas a par é isto- é um erro de uma instituição que não considera erro o que tu achas que existe e faz mais: vai-se embora e não faz o que devia fazer: alerta imediato.
Portanto, o que tal erro da polícia que ninguém aqui se lembrou de invocar é, verdadeiramente, um tácito acordo com a falta de cuidado dos pais.
E estes confiaram numa polícia que ainda foi mais desleixada que eles. Que só se moveu por isto dar barulho nos media.
Tivessem eles telefonado imediatamente para os jornais e para a tv a ver se a polícia não se lembrava de trabalhar…
Pois, é isto. E o mal dos media é que se estão pouco lixando para o nível das responsabilidades e preferem as novelas.
Quanto às “esquerdas” basta retribuir-te a perguna: porque tens sempre tanta necessidade de aparares as “esquerdas”.
Eu até expliquei o motivo- estás-m a atacar por questões que não consegues atacar quem fez delas um luxo e tens aí os links.
Quem andou por todo o lado a fazer manifestos de desreponsabilização familiar porque perigos existem e mesmo que o filho fosse violado nem ia perguntar não fui eu.
E isto tem uma ideologia. Se é a tua azar o teu.
Eu cá não sou de esquerda nem de direita. E esta merda só me levou a reagir por questão ética.
Por nojo da falta de ética que vi aqui escrita.
Se a ética é de direita, isso não sei. Não fui formada por ideologias. Sei onde elas aparecem à má-fila para viverem de palavras.
Eu não deixei por aqui poesia, limitei-me a racionalizar a questão.
Que estava uma vergonha de irracionalidade. isso estava. E essa irracionalidade já vinha do outro post.
Por outro lado, apareceu aqui alguém que se intitulou responsável como juiz em matérias desta questão. E deixou para aí um encolher de ombros e um desabafo que “agora não vale a pena, nem há nada a fazer”.
Eu acho que vale a pena. Há a fazer. Há a fazer exigindo que a polícia aprenda a lidar com a possibilidade destes casos. Que se podem repetir.
E a perceber que o factor tempo e o tempo de alerta é o factor decisivo.
De resto, também parece que as estatísticas contam que a possibilidade de aparecer não é nula. Pelo que, em matéria de expressão de sentimentos, os únicos que consigo nutrir são estes- que a menina apareça.
Sentimentos que se opõe à falta de vergonha que aqui foi expressa. No ataque às vítimas. Sem sequer serem capazes de conhecer o silêncio e o respeito pelo sofrimento.
Porque aprenderem com erro já aprenderam. Estes que não sofrem com o erro é que nunca aprenderão.
…….
brigada: vai para o caralho.
Pois é, o poeta é também precisava de aprender que os tachos precisam de se justificar e não é com encolher de ombros.
Mas por mim já fiz o que tinha a fazer. E desta vez até tive muita sorte de não ser censurada.
No Lutz nunca poderia criticar (ainda tentei) o que lá foi escrito em defesa do desleixo familiar. Fui banida da caixinha de comentários.
A esquerda é assim. E agora é que foi mesmo para enxofrar.
Zazie:
É a primeira vez que me dirijo a si numa caixa de comentários. Mas gosto de lê-la. É imparável. Frontal. Mais rápida do que um avião a jacto. Acredite que fico sem folgo! Atrevida nas palavras “pesadas” que usa (eu não sou capaz de escrevê-las, embora as pense de vez em quando, que não sou nenhuma santinha). Parece-me de carne e osso, sabe? É que nestes blogues há pessoas que mais parecem de plástico…
Quanto ao resto, concordo consigo em muitas das coisas que diz sobre o caso Madeleine. Mas há outra coisa. Tenho a agradecer-lhe o facto de ter vindo em minha defesa. Até hoje, aqui no “Aspirina”, foi a única pessoa que o fez. Embora haja sempre quem goste de “estar de bem com Deus e com o Diabo”…
Refere a Zazie que “…no “Aspirina” preferem as tricas com a Soledade.” E também a “…maltosa cretina que gosta de tricas e vem sempre atrás para picar as “Soledades”. Grata por isso. Já reparou, portanto, ultimamente, nas “perseguições”, irónicas e de péssimo gosto de alguns colaboradores aqui do blogue no que se refere à minha pessoa e aos meus textos. Há pessoas, como eu, que têm um certo jeito para criarem à sua volta uma espécie de séquito de despeitados ou de inimigos. Vá lá saber-se a razão…
Em quase todas as caixas o meu nome é comentado. Talvez queira dizer que pensam muito em mim. Motivos? Ignoro… “Falem mal, mas falem de mim”, não faz o meu género. Principalmente, quando se referem ao meu nome ou ao meu trabalho com maldade, despeito, grosseria, impertinência, mentiras. Dir-me-à que tenho bom remédio…Pois tenho, Zazie. E já repeti aqui, vezes sem conta, que não necessito de blogues . É mais um vício, talvez… (Que, felizmente, pode ter cura).
Bons comentários, com a garra indomável do costume. Quem não deve, não teme. É mesmo assim!
Abraço!
Folgo, Soledade?
“Até hoje, aqui no “Aspirina”, foi a única pessoa que o fez. Embora haja sempre quem goste de “estar de bem com Deus e com o Diabo”…
Soledade, não foi por si em particular. É feitio ou defeito.
Não gosto de assistir a cobardias nem a putice de tricas. E isto por aqui cobardes não faltam e para tricas é uma coelheira.
Eu não gosto de ver bater em quem está sozinho. Não suporto isso. Consigo é todos os dias, lá vem a mongalhada para bater na Soledade.
Por acaso nem sabia quem era,mas dei agora uma espreitadela e vi que tem um excelente trabalho no estudo das tradições.
Assim como vi que não é propriamente uma garina como estas garinas que nem isso sabem ser.
E depois é assim, se uma pessoa tem uma vida limpa e não precisa de se vender a ninguém, que aproveite a liberdade para correr a porcaria a pontapé.
É mesmo esse o meu grande projecto de vida: correr a porcaria a pontapé
“;O)
Beijinho. E nunca se queixe neste meio virtual. Dê-lhes porrada que eles acobardam-se.
Além do mais, a Soledade reagiu por uma grande verdade de sensibilidade. Porque soube ver onde estava a nojeira, a má-fé.
Aquela da suspeição de serem médicos e por isso… poderem saber maneiras de adormecer os filhos.
Bem, essa dava direito a processo por calúnia e difamação. E houve mais. Houve mais nojeira de jornalistas que dava direito a processo.
Já para não falar na boataria que também li, nesses tais blogues de que deixei os links, que “até dava ideia que ela, a mãe, mais parecia como a da Joana. O mais provável era ser caso idêntico de morte de filha”.
Isto, porque o nosso jornalismo é assim, como se viu, só serve para dizer o que qualquer ignorante diz por “palpitações” e má-fé. Sem ética e sem trabalho.
E esta maltosa nem isso vê. Só se preocupam em deixar “boa imagem”. E, como disse e muito bem,”uma no cravo e outra na ferradura”.
O resto nem conta, é mesmo mogalhada estúpida.
Ana Cristina Leonardo:
Não estava, minimamente interessada em dirigir-lhe, sequer, uma palavrinha. Mas mudei de opinião. Você merece…
Então, “haja decoro (as piscinas não são para aqui chamadas.), escreve você. Pois bem. Em primeiro lugar, quem falou em piscina foi Hernâni Carvalho, como se pode ler acima, no texto assinado por ele (de um modo, aliás, proletário e recalcado, não sei porquê…), Por mim, limitei-me a responder-lhe e a fazer-lhe um convite. A minha piscina é, realmente, um verdadeiro óasis!
Depois, minha cara, outra vez a palavra “decoro”!? Embora diga que já a utilizou no seu primeiro comentário, sabe que fico com dúvidas? Será que você tem o decoro que tanto apregoa? Não me parece…Não sei quem você é, nem estou interessada em saber. Agora que me ataca sempre que pode, é uma verdade. Porque será? Será por não tê-la convidado para a minha piscina, como fiz com o Hernâni? Se calhar, adivinhei…
Como a palavra “decoro” (ao contrário do que diz), possa ter a ver com limitação de vocabulário, aqui ficam umas dicas para futuras aplicações, quem sabe, para comentários que me queira dirigir, (tiradas da Net, por não ter à mão o meu dicionário de sinónimos): decência; moral; compostura; dignidade…Por agora penso que cheguem. Mas é só pedir. Outra coisa: menina, não me chateie!
Soledade, de repente, não sei porquê, desenvolvi uma obsessão pela tua piscina. Porque acredito, e piamente, no que disseste: “É um local muito calmo e aprazível.” Para mais, tiveste a generosidade de indicar ser ela grande, ter árvores, relva e flores (isto, à volta, espero). Seja como for, e visto que somos colegas de blogue, será que poderei ir lá com uns amigos dar umas cacholadas, num próximo dia de canícula?
(muito sonhas, Valupi)
zazie dá azia.
É assim mesmo.
Como dizia a minha avó, para espantar a matilha nada como bater com umas tampas de panelas.
a matilha só ataca por junto. Sozinhos não são nada
“;O)))
Cara Soledade, só uma palavrinha: prefiro o mar às piscinas. Mas, já agora, porque palavra puxa palavra, e não é que esteja a fazer-me convidada, a sua é ecológica ou daquelas que tresandam a lixivia? E, mesmo, mesmo para terminar, já que aqui estou e se dignou a dedicar-me um post… Deixe-me só expor-lhe uma dúvida que me assalta: a Soledade queixa-se tanto do Aspirina B, porque é que não muda, por exemplo, para o Buscopan? Confesso que ia sentir a sua falta: a sua prosa é tão, tão, irreal, que às vezes, assaltada pelo spleen, me lembro de si. É quando penso: deixa lá ver que disparate terá dito Soledade desta vez. E depois leio-a, rio, e fico melhor. Vê? Apesar de não gostar de mim, eu acho-a tremendamente terapêutica.
não tenho tempo – nem tempo… – para ler todos os comentários, pelo que posso estar a repetir alguém.
parece-me evidente que os maccaan foram negligentes, não se deixa crianças a dormir a esta distância sem vigilância, isto é do senso comum. nem ao menos um intercomunicador, que agora há aos montes?
soledade, com certeza as crianças estavam muito bem nas caminhas delas. também já passei muitas férias no algarve com as minhas e se estiverem a dormir fico perto delas. bares? nada feito. quem tem filhos tem responsabilidades.
alguém falou de inglaterra e dos raptos que lá há. precisamente, em inglaterra, passaram a aparecer muitas das crianças a partir de uma alteração no processo: o alerta é imediato. pelo que a zazie tem razão ao acusar o procedimento policial. a demora é regra, no entanto. que deveria ser alterada.
Zazie, Zazie, Zazie,
Lê, por castigo, três vezes o que escreve a Susana. A mim não me percebeste, mesmo centrando-me eu no essencial, quando te disse que era preciso RECONHECER os dois erros: o da polícia e o dos pais. Que mais não fosse, por uma questão de pedagogia social.
Se também não a perceberes, à Susana, eu simplesmente desisto de ti.
eu então sou prático: sigam a pista de quem ganhou mais com o caso, caro Watson
Tu não chegas lá, Venâncio. Tu não consegues chegar lá porque nem te atreveste a criticar o texto do jornalista.
Se o tivesses feito percebias.
1- o Jornalistas não falou uma única vez naquilo que tu, agora, depois de eu ter falado, já reconheces ser o grande descuido com responsabilidades institucionais
2- o jornalista fez pior, centrou-se nas vítimas para as castigar com mais recriminações.
Nessas recriminações fez pior, lançou a suspeita que o casal, pelo facto de ser médico podia ter drogado as crianças. Só por esta difamação gratuita coloca em causa a sua profissão e faz mais, arrisca um processo judicial porque uma difamação dá direito a isso.
3- Ora bem: isto é que foi a tal “trabalho do jornalista” acerca do qual tu não disseste nada. Nem agora, nem antes.
Eu pronunciei-me sobre isto e sobre o conformismo do v. poeta-juiz por uma razão muito simples que essa é que tu não atinges:
Qualquer crítica pública, nos media, acerca de um caso que correu (e corre mundo) feita por um profissional de jornalismo, que finalidade tem?
Tem a finalidade de dar um desabafo como poderia dar a vizinha do 5º esquerdo ou a porteira?
É para isso que um jornalista serve? é para isso que as críticas servem? para desabafos?
Resposta: não, para isso basta-nos a conversa de mercado, a historieta de rua, a fabricação e efabulação do boato.
As críticas, para terem razão de ser, devem servir objectivos.
Um jornalista ou um juiz, ao pegar nestes casos, não pode colocar-se no lugar do Zé dos Anzóis a inventar historietas, só porque lhe deu para aí.
Se fala publicamente, tem de ser responsável e aflorar todas as questões.
Fez isso? fizeram isso? alguém se preocupou em entrevistar, em investigar o desleixo policial? sabe-se quem foi o responsável? há processo? teve consequências essa irresponsabilidade? o público foi informado?
resposta: não. Preferem-se as inventonas, os encolher de ombros, as reactivas “patrioteiras”, as novelas que vendem e pior, prefere-se agora bater nas próprias vítimas como se assim é que se esconjurasse o mal.
Porque é que é errado bater em vítimas sem falar dos responsáveis da polícia?
Não atinges, não consegues entender- a polícia é nossa, não é a primeira vez que tem estes desleixos, somos responsáveis pelas nossas instituições. O próprio juiz, se é juiz, devia acentuar isto, porque isto é que é da ordem do Estado, da ordem das nossas responsabilidades efectivas. Aqui é que se deve aprender, para não haver mais erros, desculpados por nem se falar nisso, por se meter o lixo para debaixo do tapete e se viver de novelas.
Agora a responsabilidade dos pais:
Uma crítica à polícia já se viu que tem uma utilidade prática. Mais, é obrigação das instituições apurarem responsáveis. Isto não é o da Joana onde um erro da polícia é comparável a um descuido ou um azar privado.
Porque é que é errado colocar isto em pé de igualdade?
Já exliquei: em primeiro lugar porque é eticamente um nojo bater-se em vítimas que sofrem; em segundo, porque essa crítica não tem, nem poderá ter um resultado prático social com qualquer paralelo em relação à polícia.
Pergunto-te: acaso está em marcha um processo de penalização popular para todos os pais que deixam os filhos sozinhos em casa como forma de evitar raptos?
É isto que se deve fazer para evitar um rapto? Tem alguma lógica esta desproporção de crítica inoperante porque se fica pelo desabafo de rosnadela impiedosa?
Mais: o que nem tu, nem ninguém aqui percebe é que usam um raciocínio falacioso.
Eu explico. V.s não fazem a correlação técnica entre o rapto, a polícia que vai dormir sobre o assunto e as formas de evitar um rapto, ou de conseguir ainda salvar uma criança nestas situações.
V.s cometeram um erro lógico tremendo.
Deduziram que é muito perigoso deixar-se sozinhas as crianças a dormir. Pelas razões que são óbvias, e essas sim, fazem parte das etatísticas:
porque pode haver um incêndio, por exemplo; porque podem sentir-se mal e não estar lá ninguém.
Ora o que aconteceu não foi um incêndio, nem a pedagogia para evitar raptos é a mesma que combater incêndios.
V,s deduziram do perigo de incêndios com crianças sozinhas, a probabilidade de serem raptadas.
E aí é que está o erro todo. Porque, se é para fazer correlação entre raptos e cuidados com crianças, há muitos outros exemplos com os quais vs. nem se preocuparam.
A saber:
deixá-las brincar sozinhas num espaço aberto. Perdê-las na praia, por exemplo.
Por isso mesmo, para que a crítica aos pais fosse revestida de alguma justiificação prática, nunca seria em cima de uma tragédia. Seria como forma pedagógica de se perceber que o mundo mudou.
Que uma criança a andar de bicicleta sozinha na vida, corre mais perigo de ser raptada por um tarado para a vender para negócios de pornografia ou para a matar, que deixá-la sozinha a dormir, com a casa bem trancada.
E aqui é que pergunto: quantos de vs. já se tinham dado conta de que até isto- brincar na rua já é um perigo?
O meu sempre andou sozinho a dar voltas de bicicleta no bairro. Hoje não poderia deixá-lo ter esse prazer. E muito mais, indo pelo estritamente racional, em termos de cuidados para evitar um rapto de criança, nem sei o que é que é sensato e o que entra no grau da probabilidade aleatória.
Agora uma coisa é certa: o rapto da menina foi feito por arrombo de janela porque, de dia, não conseguiam apanhá-la sozinha. Porque estava sob vigilância familiar.
Donde, a única questão lógica que relacione estarem em casa sozinhos e rapto- até é mais esta: a janela não tinha protecção. O andar não era alto. A facilidade de se entrar em casa era grande, incluindo para o mais provável- para um assalto, não para um rapto. Que rapto deste modo, que se saiba é a primeira vez que acontece- é mesmo o modo mais difícil de fazer.
o que só pode dizer que foi preparado e que tinha como alvo uma criança escolhida, por ser particularmente bonita. Para raptarem facilmente qualquer criança, como o estúpido do jornalista disse, por causa do desemprego, o que mais tinham eram putos na rua, deixados ao acaso. Não era esta menina, bem cuidada, bem vigiada, excepto neste detalhe de ficarem a dormir enquanto os pais jantavam fora. Foi mesmo a única aberta que lhes encontraram.
Conclusão: atacar estes pais serve para se educar o povo a cuidar dos filhos?
É por aqui que há crime de abandono em Portugal?
Serve este caso para pedagogia em relação a crianças? é paradigmático? fora isto, Portugal é um paraíso de cuidados infantis?
Responde, se fores capaz. Porque eu é que já desisti.
Não vais ser capaz de responder porque na tua cabeça e na dos outros se mantém a confusão entre descuido e incúria de causa/efeito.
Eu explico-te. Vs, tiveram necessidade de recorrer ao exemplo do fogo por isso mesmo.
Caso tivessem os pais deixado qualquer coisa ao lume, ou probabilidade de incêndio fosse por electricidade mal protegida, ou quejandos, e desse descuido tivesse resultado uma morte, isso sim, Aí havia matéria criminal para considerar que entre a morte (ou ferimento) de uma criança e a falta de cuidado familiar, houve relação directa- e eles tinham culpa por negligência.
Este é que é o conceito jurídico da responsabilidade e culpa.
Mais, se tivessem chegado a casa e nem fossem ao quarto verificar nada, ou pior, se nem chamassem logo a polícia para se iniciarem as buscas por quem deve- pela GNR ou PSP (não pelo povo, como fei feito muito depois) aí sim, também havia culpa e negligência em quadro legal.
Mas eles chamaram a polícia. E esta é que lhes terá mentido, porque deu conta do caso, fez investigação ali e não retirou pista para mais nada a não ser para o óbvio: a menina estava em casa, foi arrombada uma janela e raptada de casa por um estranho.
E, perante esta constatação a policia foi dormir sobre o assunto.
Ponto final. Foram horas e horas sem fazer nada. As horas suficientes para o raptor fugir sem ter ninguém atrás dele.
E era disto que o jornalista devia ter falado. Era acerca disto que o juiz se devia ter proporcionado. Porque houve incúria que devia dar direito a processo disciplinar. E não houve processo, não se falou disto nos media. Escondeu-se esta falta de profissionalismo, nem se aprende com erro mas faz-se pior: atá há jornalista que é capaz de ir para a tv com efabulações de sociologia barata e com o despudor de um desavergonhado, lançar suspeição de as crianças serem drogadas pelos pais.
…………
E agora sim. Se não entenderes e ainda continuares para aí armado em sonso, a fingir que és burro, digo eu: não vale a pena.
Não é disto que falas, nem estás preocupado em entender nada. Hás-de estar a fazer o frete de dar uma no cravo e outra na ferradura.
A Susana foi mais sensata que a imbecilidade que andava por aqui e que já tinha sido despejada no outro post.
Mas tocar na calúnia do jornalista ao dizer que os pais possivelmente drogavam os filhos, nada. Ninguém percebe nem quer perceber a gravidade disso.
E já nem vou falar na questão ética. Porque essa, que era a principal já ninguém sabe em que consiste.
Respeito e silêncio quando não se tem nada para fazer ou resolver na prática, é coisa que já ninguém percebe.
Respeito pelo sofrimento alheio, idem. A tv faz disto novela, fala-se do sofrimento dos outros como se fosse mais uma encenação de teatro, de actores.
E a racionalidade, a exigência por trabalho jornalístico decente e proveitoso é coisa que ninguém exige.
O mundo reduziu-se a este gigantesco palco de encenações, intrigas, voyeurismo, e fala-baratos.
síntese:
Não houve correlação directa entre deixar os filhos a dormir enquanto iam jantar e a ocorrência de um rapto.
Houve relação directa entre o desleixo e não actuação imediata da polícia e a não captura do raptor.
O primeiro é de ordem pessoal, acerca do qual não existem responsabilidade de instituição nem de nenhum país; o segundo é de ordem de responsabilidade de instituição em que existem reponsáveis que não foram punidos pelo facto.
o primeiro foi penalizado com a dor dos pais:
o segundo está impune, pode repetir-se (já foi repetição em relação ao caso da Joana) e dele ninguém falou.
Um jornalista, se o é, o mais que tinha de fazer era mostrar aquilo que a população não sabe nem pode fazer. Entrevistar e inquirir acerca destas responsabilidades impunes.
Para ir para lá lançar boatos e inventonas podia ter mandado a porteira (caso a sua porteira fosse uma mulherzinha mal-formada e sem pingo de decência e pudor na cara).
a tua tosquice está toda nesta frase:
“por uma questão de pedagogia social.”
Pedagogia social. Que lindo! que ribombante! como soam bem as palavras vazias.
Pedaogia social, cuja forma melhor de se exprimir consiste em andar a achincalhar um casal que sofre pelo erro e a lançar supeições e boatos que até drogavam os filhos.
Meu caríssimo escritor Fernando Venâncio- tens planos para dar ao governo para fazer essa pedagia social, começando por aí: por educar estrangeiros em não deixarem os filhos sozinhos em casa?
Porque, para pedagogia social acerca de riscos e desprotecções a crianças, foi preciso isto para te lembrares?
Não tens ideias para mais pedagogias para o pacote?
Não queres dar instruções ao jornalista para ir paras a praias ou para casa de cada português ver como falham as “pedagogias” a este nível. Que o resto, tirando isto, é paraíso?
Ou será que eras capaz de fazer estas pedagogias com a polícia que era a única que as podia ter aplicado ao casal, quando chegou ao recinto?
Podias dizer à polícia que uma janela arrombada não foi por uma criança de 4 anos. Poderias dizer à polícia que, em dando conta disto, das duas uma:
ou aplicava ali a lei inglesa que o jornalista invocou e levava os pais para interrogatório, considerando que houve negligência, ou não fazia nada disto.
Porque não é um jornalista nem o povo que pode “fazer pedagogia” privada num meio de um caso de rapto”- não deveria ser.
Ou então, podias fazer como bom tuga, seguir o exemplo do poeta-juiz e o justiceiro-boateiro do jornalista:
Fazias como a polícia fez. Fingias que tomavas conta do caso e dizias à família que ias actuar imediatamente e ias para casa dormir sobre o assunto.
Doze horinhas quieto que nem um rato, partindo dessa outra pedagogia que o poeta-juiz e o caluniador-jornalista são capazes de entender, já que a esconderam:
Que isso não é nada. Criança a sozinha em casa, que desaparece a meio da noite com vestígios de janela arrombada, é para mais tarde. Há-de ter ido dar uma volta.
Espera-se mais umas horas e depois logo se vê se vale a pena fazer alguma coisa”.
E mais, até andas a ser manhoso dando a entender para quem nunca lê tudo, que eu acho que não houve descuido dos pais.
Porque finges que nem vês os links que eu deixei daqueles esquerdalhos que fazem luxo em dizer que é assim mesmo.
Que não há puta de pedagogia nenhuma: o que há é paranóia securitária da “direita” e má-fé por causa da parnóia dos pedófilos.
E fazem luxo e fizeram-no em declarar que ainda se descuidam mais com os filhos porque assim é que eles estão preparados para a vida. Porque assim é que se deve fazer para não os “asfixiar” com cuidados excessivos.
E estes, os que disseram isto, que eu tentei criticar, são os que me banem das caixas de comentários.
A tua única preocipação com estes foi eu ter-lhes chamado “esquerda”.
Porque, pelos vistos, a esquerda é uma senhora tua amiga e tu à senhoras que dão pelo nome de “esquerda” não admites um insulto.
A sô dona Esquerda pode estar tranquila, tem um FV pronto para qualquer desagravo.
Zazie,
É tremendamente difícil falar contigo.
Fala-se-te na conveniência de RECONHECER que os pais erraram [e eu não gosto de meter biografia, mas talvez devas saber que sou pai de duas meninas], saltas tu logo com a história do jornalista que bateu, que caluniou, que achincalhou (tudo termos teus). Ora, eu estou (estive) a falar CONTIGO, não com o jornalista. Percebes? Fazes bem em bater nele, mas não tornes suspeitos de conivência com o jornalista aqueles que não o fazem. Essa atitude é, tipicamente, a do fundamentalista, a do moralista à outrance.
Ora bem. Penso que, se tanto o casal inglês como a polícia portuguesa reconhecessem que erraram, isso certamente nos motivaria a todos a agir melhor daqui em diante.
Atenção: não estou a falar da CULPA que tiver havido, mas do ERRO que de certeza houve. A culpa castiga-se, o erro reconhece-se.
a este propósito lembro-me de um senhor que protesta vida fora com uma estrada mal feita onde a falta de visibilidade lançou um veículo para cima do dele. a sua filha foi projectada e morreu. o que nunca é referido é que a criança não levava cinto. tinha o hábito de o tirar, como o fazem todas as crianças, e a isto os pais não reagiam com suficiente autoridade. os meus levaram tanta ensaboadela que só se atreveram a tirá-lo uma vez. compreendo os pais: numa sociedade onde a culpa anda à solta preferem atirá-la para cima dos engenheiros, da junta autónoma das estradas, dos sinalizadores, do outro condutor, não se martirizando com mais uma pena. a outra já chega.
mas o que importa é mesmo a responsabilidade e a pedagogia. se o dito pai reconhecesse a falta de cinto de segurança poderia fazer mais alguma coisa na prevenção. a culpa, aqui sim, é de nós todos, que temos a mania de condenar.
quanto à polícia, sim.
mas é um problema de regras aplicadas, não de incúria pontual. a haver incúria (que a há) ela é institucional. o que acontece é que há tantos casos de crianças que desaparecem para aparecerem horas depois sem intervenção da polícia, que a regra é deixar passar algumas horas. claro que não concordamos. discordar será concordar com um aumento significativo do número de agentes nas nossas forças policiais.
A culpa dos McCann já foi castigada pela pena máxima, não é preciso castigá-los mais. Mas tiveram culpa. Sim, erraram, mas nesse caso tinham a opção de não errar.
zazie, dás azia.
Susana, subscrevo.
Zazie,
Não percas tempo comigo, que sou, está visto, um caso perdido.
Lê a Susana. Reflecte. E, se quiseres, responde-lhe.
Esqueci-me de assinar o prévio.
E tu, respondeste-me em quê?
O que há a responder à Susana.
El que me pergunte:
Susana:
Acaso eu deixei aí escrito que é assim que se deve tomar conta dos filhos?
Acaso leste os postes que eu dei como exemplo máximo da justificação da falta de cuidado?
Leste a Helena? leste o Lutz? leste a comparação que eles fizeram entre o seu tempo de crianças e o de hoje?
Leste as rábulas das fucktall e shyz do womenage a trois?
Leste a rábula da Helena que fingiu que o próprio filho tinha sido raptado por um vizinho pedófilo, só para justificar que nunca se preocuparia com uma saída do filho com um desconhecido?
E que se fosse violado, até podia ser pelo padre? que ela nunca lhe perguntou nada nem pensa em perguntar?
Se houver azar, houve?
leste?
Leste que é a isto que o FV me quer colar?
Percebes tu a diferença gigantesca em falar em cuidados e em lançar calúnias de uso de drogas para adormecer os filhos?
Quem é que neste blogue aflorou a responsabilidade da polícia?
Foi o FV?
Onde?
Fui eu, e mais ninguém. Se ele agora diz que existem 2 responsabilidades (sem sequer perceber que são absolutamente distintas e que uma absolve a outra) foi por que eu falei nisso.
Para ele havia o boato do jornalista e bico calado. Mais nada.
Veio meter-se na conversa, por motivos que me ultrapasam.
Tirando apenas este. É um cavalheiro e sabe desagravar uma senhora. Desde que essa senhora seja a sua amiga, a SÕ Dona Esquerda.
De resto, se não percebem, esqueçam. Não são obrigados a saber a diferença entre um desleixo que é causa de um acto e uma falta de cuidado que não é causa de nada.
O código explica, qualquer jurista sabe; o resto é porteirice e perda de tempo e com ela não me vou preocupar mais.
O que disse e digo tem um único destinatário, o resto só posso agradecer a condescencência dos donos do blogue em não me censurarem as palavras.
Qures ver como eu respondo à Susana, como já tinha respondido no outro exemplo do fogo?
A) Susana: o uso do cinto de segurança é obrigatório porque existe uma correlação entre ele ou a falta dele, e as consequências de um acidente.
O cinto minimiza a sua ocorrência.
Se as crianças tivessem sido vítimas de um desleixo em que essa correlação fosse assim, de causa/efeito, estava de acordo.
E até a nossa lei prevê punição para casos de negligência.
Por exemplo: algo ao lume, dexados sozinhos em casa e um incêndio.
Não foi desta ordem o que ocorreu.
O que ocorreu não entra sequer nas estatísticas de formas de evitar raptos.
Porque a falta de cuidado em deixar fechado não é acompanhada da probabilidade de alguém arrombar a porta e roubar uma criança.
Melhor, esta probabilidade é ínfima comparada com a probabilidade de qualquer criança ser raptada desde que esteja em recinto público sem ser acompanhada pela mão, por adultos.
Pergunto: Susana, neste quadro de probabilidades de rapto o que é que retiras como não sendo responsabilidade criminal (como o jornalista disse)
1- Crianças que vão sozinhas para escola
2- crianças que brincam na rua
3- crianças que se afastam dos pais para andarem em brincadeiras, incluindo de bicicleta
4- crianças que vão para a praia com os pais e se perdem, às dezenas, todos os anos e são chamadas pelos altifalantes
5- crianças que vão nadar para rios.
6- crianças que viajam sozinhas
7- crianças a quem se larga a mão em qualquer recinto com muita gente: ex: centtro-comercial, supermercado, feira (como aconteceu com o meu quando era miúdo)
8- Crianças que são deixadas a dormir por pouco tempo, dentro de um apartamento de luxo no Algarve, com os pais a jantarem ali ao lado.
Destes pontos todos faz-me o favor de explicar onde estão as maiores probabilidades de rapto.
De rapto- não é de acidente de fogo, nem de sinto de segurança.
B) Depois disto, pergunta a ti própria e responde-me:
1- a nosssa polícia actuou tendo em conta estas normas de seguranças que vs, acham as determinantes em termos pedagógicos?
2- irem para casa, dando tempo ao raptor de fugir (com a fronteira ali mesmo ao lado) é forma idêntica de exigência por parte de autoridades que não podem ser desculpadas
3- se um raptor precisasse de cobertura o que é que mais lhe convinha:
a) que a polícia desse alerta imediato para a brigada de trânsito e houvesse auto-stop, ou que a polícia achasse natural uma menina arrobar uma janela e ir passear sozinha a meio da noite, não fazendo nada e dando-lhe tempo de se pirar?
Por último. Não tenciono perder mais tempo com isto.
Para leituras interessantes tenho o Dragoscópio. Com um post magnífico acerca da palhaçada da democracia eleitoral.
Por aqui está feito o que era para fazer e nem era para Venãncios cavalheiros a defenderem as Sô Donas Esquerdas, nem para Susanas que nunca meti ao barulho.
Passem bem. E difamem quem quiserem e batam em desgraçados que sofrem e atirem as culpas para quem já aprendeu que chegue com o erro, porque só demonstram que são pessoas altamente dignas de exemplo.
Por mim dispenso-as.
Das duas uma: ou há má fé; ou há excesso de estupidez.
Entre uma outra venha o diabo e escolha. Nunca tive pachorra para incapacidades de raciocínio.
Que se traduzem em confundir uma responsabilidade de negligência de causa/efeito; com um cuidado geral que não tem correlação de causa/efeito com o ocorrido.
Para o Anonymous, azia há-de ser coisa que teve a tua mãezinha quando nasceste que nem nick consegues arranjar.
Até os animais domésticos têm nome.
Por aqui está feito o que era para fazer e nem era para Venâncios cavalheiros a defenderem as Sô Donas Esquerdas, nem para Susanas que nunca meti ao barulho.
Passem bem.
E difamem quem quiserem e batam em desgraçados que sofrem e atirem as culpas para quem já aprendeu que chegue com o erro, porque só demonstram que são pessoas altamente dignas de exemplo.
Por mim dispenso-as.
E mesmo para que fique em destacado.
De toda esta merda a grande gravidade que dava direito a ser movido processo por difamação e boato, foi a insinuação que os pais, pelo facto de serem médicos, até saberiam como deixar as crianças a dormir
Isto é caso de tribunal.
Quem não percebe isto, escusa de vir com merdas de “pedagogias” e outros papos e ainda menos com comparações descabidas de cintos de segurança.
O que há por aqui e mete nojo, mete asco, é a cobardia das matilhas a protegem-se mutuamente e atacarem, sem dó nem piedade, sem escrúpulo de qualquer espécie, pessoas cujo erro já foi pago da forma como nem ao maior inimigo se pode desejar.
Pois estes pedagogos cheios de humanismo não encontram melhor maneira de serem úteis que batendo em quem está caído e ainda fazendo pagar a dobrar a perda de uma filha.
Puta que vos pariu, que em situação idêntica não era isto que gostavam que vos fizessem na tv. Que vos difamassem publicamente, que ainda usassem o vs. sofrimento para fazer uns fretes a um sem-vergonha de um jornalista. E que, nem por um segundo, percebessem que há alturas para tudo. E não é para cima de estrangeiros que se vai abrir campanhas de combate à pedofilia, atacando-os como culpados.
Puta que vos pariu! A todos!
cinto de segurança.
Esta merda consegue-me irritar e o melhor é nem perder tempo a vir cá ver.
Mete-me asco a cobardia e poltranice.
Mete-me nojo a sonsice de quem se faz de estúpido.
Irrita-me demasiado nem haver um único argumento lógico que permitisse considerar errado tudo o que eu esvcrevi-
1- Que se resumiu nisto. O jornalista foi porco, cometeu uma difamação que dava direito a processo;
2- as responsabilidades do casal não são da ordem das instituições para que o Estado lhes dê a resposta que devia ter dado em relação à responsabilidade da actuação da polícia que foi a grande culpada pelo tempo dado ao raptor para ter tempo de fugir.
3- Para gente que virou o bico ao prego e faz luxo em faltas de cuidado como reactiva à paranóia dos media têm aí o Quase em Português e a Helena dos Dedos de Conversa.
Isso também eu critiquei. Porque isso é que é irracionalidade de reactiva oposta, fazendo do desleixo uma justiifcação de qualquer má-consciência que o caso também lhes provocou à tabela.
zazie,
1. em todas elas há irresponsabilidade. no entanto, em algumas, pode haver vantagens para as crianças, enquanto não há qualquer vantagem em ficarem sozinhas em casa. há exemplos que dás em que se pondera a relação entre os riscos e os benefícios. não falei em responsabilidade criminal. não sei se há. no entanto soube de um caso, há dois anos, em que a assistência social retirou duas crianças, mais velhas, a uma mãe que as deixava em casa ao fim da tarde porque não tinha quem as acompanhasse enquanto trabalhava.
uma distracção, no entanto, não é o mesmo que um gesto deliberado. assim, não é o mesmo perderes de vista por um instante uma criança na praia que deixá-las num apartamento de piso térreo enquanto estás a 50 metros. a primeira é involuntária.
2. eu não disse nada disso. discordo dessa regra policial, como se percebe pelo que escrevi.
tens muito braço, mas não se dá a torcer.
a parte pedagógica é cada um assumir a sua responsabilidade. até nós, nesta discussão.
não me interessa a questão do jornalista isto ou aquilo. a segurança das crianças é o único interesse, aqui, para mim.
1. Susana, sempre a considerá-la.
2. Quem é Zazie?
3. Por que é que Zazie grita tanto?
4. O que é feito de Soledade?
5. Teremos perdido o Norte nesta conversa, eu, incluída?
Pelo menos a uma das perguntas posso responder: Soledade está… na piscina.
Óbvio, cara Ana.
Susana:
Leste o que eu disse acerca dessas questões laterias?
És capaz de encontrar um escreito meu, aqui ou noutro lugar que negue isso que acabas de dizer?
Porque motivo coloquei eu os links de quem acha que é natural deixar sozinhos os filhos em casa?
Porque terá sido, Susana?
Porque terá sido que eu mostrei que essa era a reactiva oposta, irracional e escapatória de quem também não é capaz de racionalizar a questão?
Leste o que a Helena e a Shyznougoud escreveram?
Leste como elas dizem que estão fartíssimas de deixar os filhos sozinhos e vão continuar a estar e que isso é que é normal?
……..
Simplesmente a enorme diferença.
Não foi disso que o jornalista falou.
O que ele fez está aqui escrito e o que eu chamei e volto a chamar nojo, foi o ataque aos pais, apenas por isso.
E mais. a difamação que dava direito a ir para tribunal: a especulação dizendo que sendo médicos podiam ter drogado as crianças.
…..
Por último: o que tu não és capaz de explicar e muito nenos o FV, é que não é num contexto televisivo com recriminação a quem já aprendeu que esse cuidado também deve existir que se faz qualquer pedagogia.
Porque, tinhas de me explicar, assim como a todo o público, a toda a população que pedagogia era essa e em que moldes ida ser feita, e para quê.
O que nunca seria era a forma para desculpar a incúria oficial e muito menos para atribuir culpa, de causa/efeito peranto o ocorrido.
Já tentei explicar que, em termos jurídicos existem acções que podem ser consideradas culpas por negligência quando essa negligência tem relação directa com o ocorrido.
Essas estão estipuladas por lei.
Tu deste o exemplo do cinto de segurança/efeito desastre de automóvel.
Se não levavam cinto há incriminação por negligência e ilegalidade nas consequências do desastre.
Exemplo 2:
No caso de estar algo ao lume ou algum aparelho eléctrico ligado e uma ausência dos pais, em havendo incêndio há culpa de quem deixou os filhos sujeitos a essa consequência: há relação de negligência com ligação de causa a efeito.
No caso de rapto existirão tantas e tamanhas possibilidades de ligação entre negligência que basta uma criança ser deixada sozinha na rua ou ir às compras, ou andar de bicicleta, ou ir para a escola.
Quero fazer salientar que o rapto não foi consequência da negligência dos pais deixarem em casa os miúdos. Nunca nenhum tribunal os poderia condenar como condenaria se tivesse havido algo deixado ao lume, ou aparelho eléctrico e incêndio.
E ainda seria mais óbvio se não usassem cinto de segurança e houvesse acidente de automóvel.
Ou seja: aquilo que tu dizes é que essa falta de cuidado aconteceu e depois houve o rapto. Isso sabemos nós e sabem, ainda melhor, eles.Que nunca mais deixarão filhos sozinhos em casa.
Mas, nada disto se inscreve em pedagogia contra raptos.
Increver-se-ia, quanto muito, em pedagogia de cuidados com crianças.
E, para isso, há formas mais vastas e abrangentes e muitos mais cuidados a ensinar à população.
Sendo que nunca, por nunca, se chamaria forma de pedagogia, o aproveitamento de uma tragédia para fazer recriminações públicas às vítmas.
E mais, para se aproveitar para dissertar sobre teorias de conspiração e lançar a caçúnia, o boato, a difamação gratuita que até drogavam os filhos.
Percebido agora?
Eu até me senti um tanto irritada porque tu, de facto, és uma pessoa delicada comigo e até creio que sabes porque motivo reagi assim. Pertenci aos “Radicais pela Ética”, uma familiar tua também. E aí existem questões de partilha que nunca, por nunca poderiam ser coniventes com uma porcaria feita pelo jornalista.
De resto só para dar uma achega: se v-s agora dizem que houve 2 negligências, contam até 2, graças a mim.
Se eu não falasse da polícia, desde Maio que andavam a contar apenas até 1.
Nunca por aqui vi post a falar das responsabilidades da polícia, essas sim, oficiais, portuguesas, impunes, não referidas e de ligação causa/efeito – directa com a facilidade de fuga do raptor.
Para corroborar o que disse, deixo aqui um link.
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/kCJB3CQHZ5CQWflyYPVraQ.html
……….
E agora sim, acabaram-se as minhas explicações.
Pelo menos creio que tu já percebeste que não sou eu quem acha que bué de fixe deixar os filhos sozinhos a dormir.
Quando quis dizer isso fui banida dos comentários.
……..
Mas mesmo esse disparate não tem a visibilidade nem a responsabilidade de um jornalista aproveitar-se da tv para lançar uma calúnia e recriminações maldosas.
………..
Se isto fosse mero paleio de algum bloguer, nem perdia tempo.
Nem tinha dado pelo outro post onde se referia o tal jornalista Hernâni.
Vi este e disse-lhe a ele, a mais ninguém, o que tinha a dizer.
Sendo que assumi a responsabilidade pelo que escrevi e estou pronta a sustentá-la ao vivo ou da forma que bem entender.
O meu mail está online, basta notificarem-me.
Sou passada mas não faço nada de forma gratuita só para defender “as minhas damas”.
Abç para ti.
Só uma nota. Eu não tenho e dar braço a torcer nem mudar o tema do “debate” para aquilo que v.s querem porque o debate era apenas o que está no post.
O que o jornalista disse e o que a Soledade escreveu.
Mais nada.
Percebeste?
“não me interessa a questão do jornalista isto ou aquilo”
Se esta questão não te interessa, então tu é que vieste para post fora da questão.
Porque a questão do post é esta e epenas esta e exclusivamente esta.
Perceberam todos?
Eu não vim aqui falar de cuidados infantis. Eu vim aqui chamar vergonha ao facto de um jornalista ir para a tv recriminar os pais sem falar na polícia e lançando suspeitas deles terem drogados os filhos.
Foi isto. Tu é que estás fora do post.
Não sou eu que tenho de dar braços a torcer porque nem o jornalista apareceu a pedir batatrinhas nem o poeta-juiz me disse qualquer coisa.
E foi a estes 2 ,apenas a estes 2, por terem cargos com responsabilidade que me dirigi.
Entendido de uma vez por todas ou é preciso mais macacada para desviar as atenções.
calúnia e outras gralhas. Não vou emendar agora, escrevi de jacto porque já perdi demasiado tempo com esta treta.
E perdi porque o FV se meteu ao barulho, quando no outro post e mesmo neste, nunca se tinha pronunciado.
Devo ter este efeito, pelo menos acordo o FV.
Para aprender a diferença entre responsabilidade da polícia e a dos pais, só com um cursinho de direito e outro de lógica nos intervalos.
Olha, “pedagogia pública” para não deixar filhos sozinhos em casa em férias no Algarve está feita.
Não podia ter sido feita “pedagogia” maior. Ninguém se vai esquecer disto nos próximos tempos.
Podem é continuar a ser espancados, maltratados, violados pela família; deixados ao abandono; à solta nas praias e a morrerem bebés na praia à torreira do sol; podem morrer crianças a nadar em rios, podem morrer na praia por falta de vigilância, podem morrer atropelados em passadeiras ao irem para a escola e mil e uma outras formas de descuido.
E pode, qualquer pessoa, ser alvo de rapto de filho, bastando para isso que ele saia da sua presença onde quer que esteja.
E para este mundo é que nenhum de nós estava preparado. Nenhum. E as causas, essas é que são outras. Mas disso nem vou falar e muito menos aqui.
Pode também a polícia, continuar a achar que até actuou “muito mais rapidamente do que é costume” (sic) porque o PGR nisso não tocou. Limitou-se a dizer que “é um caso muito difícil de se descobrir”.
Zazie, há muita coisa para a qual não estamos preparados. Não estamos preparados, por exemplo, para deixar morrer um filho atropelado numa passadeira, pegando no exemplo que dá.
Mas estamos certamente preparados para não deixar um filho pequeno no quarto a dormir enquanto vamos ao restaurante. Isso chama-se negligência muito grave e não se faz, absolutamente, seja aqui, seja na China. Não tem nada a ver com a história da passadeira. Estranhamente, nem a zazie nem a Soledad conseguem entender isto. Ou então é porque não é de bom tom criticar aqueles pais, como diz a Soledad.
Eu tentei mas, ou me apagam os comentários ou tenho o IP banido. Isto porque as pessoas são tão aldrabonas que já me estão a querer fazer passar por “não crítica” de deixar filhos sozinhos em casa. Apenas porque não sou caluniadora e não bato em desgraçados que já pagaram o preço mais alto pelo facto.
Aqui fica com o que se podem entreter. Têm aqui muita pedagogia a fazer:
“ href=http://conversa2.blogspot.com/2007/05/negligncia-e-irresponsabilidade.html
“Já sabia que sou uma mãe muito má, muito má, muito má, mas ignorava ser tão irresponsável e negligente.
Se penso na quantidade de vezes que deixei os meus filhos a dormir e fui a casa dos vizinhos, ou num instante comprar leite, ou até, cúmulo dos cúmulos, jantar no restaurante do hotel…
E afinal: sou só eu e aquele casal inglês, ou fazemos todos o mesmo?
Faz sentido exigir dos pais que não abandonem os seus filhos por um minuto sequer, em caso algum, em momento algum?
Digam lá, a sério: alguém acredita nisso?
Mas desde quando, e porquê?
Na minha infância, não era assim que se tratava das crianças. Muito menos na infância dos meus pais.
Admito que morressem mais crianças devido a acidentes vários, acredito que houvesse ainda mais pedófilos (a começar pelo vizinho, o pai da amiga, … haverá alguma mulher da minha idade que não tenha uma história dessas para contar?).”
Mais outro: http://conversa2.blogspot.com/2007/06/sddeutsche-zeitung-que-me-compreende.html
”Crianças superprotegidas
Big Mother is watching you
Parque de aventuras? Nem pensar. A tendência para reduzir o espaço lúdico dos filhos, de forma a protegê-los melhor, acentuou-se com o desaparecimento da Madeleine.
Será que vão encontrar a menina? Os pais vão conseguir alguma coisa? Estas foram as reacções iniciais. Todos compreendiam a crise que os pais da pequena Madeleine estavam a atravessar.
Depois veio o golpe. Com toda a força. Como é que os McCann ousaram deixar os filhos sozinhos num apartamento de férias. É verdade que estavam num restaurante a apenas 50 m do apartamento, e que vigiavam as crianças de meia em meia hora. É o que eles dizem. Mas muita coisa pode acontecer em 30 minutos. Um incêndio. Um acidente. Tudo. E depois, estas ondas mediáticas. Quem pensam eles que são?
Outros exemplos para aplicarem a pedagogia a ver se com estes são capazes:
http://www.haloscan.com/comments/zelec/7646379461729977632/
O ponto intermédio entre a confiança (nos nossos filhos e nos outros) e a desconfiança é dificílimo de achar.
Já é complicado viver com essa porção de insegurança diária. Mas se as coisas correm mal e o pessoal vem com a conversa de “então não podia ter previsto isso?” e “estava-se mesmo a ver que isto ia acontecer!”, dá-me vontade de lhes dizer que prognósticos só no fim do jogo.
Num caso destes, as críticas alheias são insuportáveis.
Eu costumava meter os miúdos na cama, deixar o baby-phone na vizinha, e ir dar uma voltinha com o marido. É negligência?
Nunca aconteceu nada de mal, e só aconteceu bem à nossa relação.
Fará sentido andar agarrado aos filhos, desde que nascem até aos 10, aos 12, aos 18, por medo dos pedófilos, das baby-sitters assassinas, dos vizinhos sei-lá-quê, das más companhias?
Sobretudo tendo em conta os custos para o desenvolvimento das crianças e para a normalidade da vida do casal e da família.
Helena | Homepage | 14.06.07 – 1:14 pm | #
________________________________________
Ainda bem que não o apagaste! Assim sentimo-nos menos só. Já somos três: tu, eu e o casal inglês.
Esperemos que não nos leia o Luís Villas-Boas, psicólogo eminente e director do Refúgio Aboim Ascensão, senão os nossos filhos ainda acabem nesta instituição.
Lutz | Homepage | 10.05.07 – 10:44 pm | #
E mais:
http://quaseemportugues.blogspot.com/2007/05/safety-second.html
”Porquê conto isso tudo? Porque alguém criticou os pais da Madeleine por tê-la deixado sozinha em casa. Quantas vezes alguém fez algo semelhante? Eu já fiz. Quantas vezes aconteceu uma tragédia? Claro que para os pais da Madeleine já não há consolação. Mas recuso-me de retirar daí uma lição generalizada: A de que não se pode deixar os filhos fora dos olhos nem um minuto…
Vivemos obcecados com a segurança. E com cada risco que eliminamos através de uma medida que reduz a liberdade e a autonomia – a nossa e a dos nossos filhos – ainda mais, encontramos um novo perigo que não nos deixa descansar até também termos tratado dele.
Assim, – admito – no computo geral, poupamos algumas vidas, evitamos algumas tragédias. Estatisticamente, os meus filhos estarão mais seguros. Mas pelo que preço?
Leiam também os comentários:
http://www.haloscan.com/comments/arqlutz/2657815729618989505/
e aqui este comentário da Susana (com quem não me entendo em muitas coisas mas que não é imbecil como vs e percebe o que está errado em críticas do género das que vs, defendem:
“O que há de errado na censura aos pais não é só uma falta de pudor pelo sofrimento deles e uma falta de sentido da oportunidade para fazer juízos. É principalmente o plano baralhado de prioridades valorativas. É principalmente a bagunça de ideias. Evidentemente, se os pais tivessem encomendado uma pizza, nessa noite nada teria acontecido.
Mas isso não os torna mais responsáveis, nem mesmo se aligeiraram as coisas quando ponderaram até que ponto seria seguro deixar os miúdos sózinhos.
E mais nestas:
http://womenageatrois.blogspot.com/2007/05/news-report.html
e têm razão quanto ao circo, ainda que não tenham razão quanto à defesa da falta de cuidados:
mais aqui: http://womenageatrois.blogspot.com/2007/05/este-post-no-sobre-criana-desaparecida.html
“Não entendo, nem aceito, que se construam redomas onde elas crescem. Lembro-me bem do espanto (e indignação?) que provoquei quando, tinha a minha filha mais velha 7 anos, deixei na escola dela uma autorização que lhe permitia sair de lá sozinha. Foi um “ai jesus, que ela é muito pequena” que me deixou estupefacta. Sabia a filha que tinha e sempre defendi que educar para a “autonomização” é o caminho a seguir.
Como é que eu posso exigir responsabilidade a miúdos se não os responsabilizo por nada?
Já não há putos de rua e tenho pena porque os dias em que cresci, solta, na rua foram fundamentais para a minha construção como pessoa. Quando discuto com amigos este tema (e faço-o frequentemente) ouço, inevitavelmente, a cantilena do costume “Os tempos são outros e muito mais inseguros que quando eras pequena.”. Isto não me convence… O que me parece é que estamos em presença de dois fenómenos que, aliados, são o terreno ideal para a paranóia. Por um lado há uma espécie de ânsia de tudo dominar, de tudo controlar: vide as inúmeras traquitanas usadas para criar “casas seguras”, almofadam-se os cantos das mesas, tapam-se fichas eléctricas, colocam-se pisos anti-derrapantes and so on… chamem-me inconsciente, mas esta mania de fazer desaparecer, a qualquer custo, o mais pequeno risco parece-me quase contraproducente. É mais importante educar para evitar o risco ou criar ambientes sem risco?
”Fundamental ler sobre este tema dois posts, um do Lutz, do Quase em Português, e outro da Helena do 2 Dedos de Conversa (e criarmos um clube de pais irresponsáveis e inconscientes, não?)”
O que resta:
O que eu disse: nada do que o jornalista fez tem desculpa. A insinuação de que os pais drogavam os filhos é difamação que dá direito a processo judicial. E devia apanhar com ele em cima, para não ser um caluniador barato e um varatojo de pacotilha.
………….
Porque, se era para conversa de treta entre bloggers eu nem me tinha dado ao trabalho. E aqui nunca li um único post a criticar nada, incluindo isto.
Para o que cá vim já está aí a bold dito e reptetido à exaustão. Que a mim não me fazem de parva. A mim não conseguem enredar para paleio mole de “pedagogias” quando este post se dirige a um jornalista e à merda que ele fez usando a tv.
Foi isto e a ele, mais ao juiz-poeta indiferente e balofo que me dirigi.
Zazie, toda a gente já deixou os filhos “abandonados” durante um minuto. Não é disso que está a falar, mas sim de uma coisa um bocadito mais séria. E não, nem toda a gente faz o mesmo que aquele casal inglês, tenho pena de te decepcionar. Quanto ao resto, essa coisa do ai eu já fiz pior e etc, faz-me lembrar um sketch dos monty pithon ;). Eu tenho uma melhor: um dia levei o meu filho de três anos para o meio da serra da arrábida e deixei-o lá durante três dias. Ganhei eu ;)
http://www.youtube.com/watch?v=GqNGhcdtMbc
;)
Esta a tentar falar comigo?
A propósito do meu insulto ao jornalista?
Esqueça: os insultos não são para conversa e eu não vim aqui para conversar com ninguém.
Só fui obrigada a repetir tudo porque há sempre colaboracionistas prontos a confundirem tudo a ver se coisa se diluiu na nhanha e nem se nota a poltranice
Fique bem, estou a comer sushi
“:OP
Além do mais, não tenho o hábito de entrar em cenas pessoais na blogosfera.
O FV ficcionou essa aproximação e achou que eu era uma tremenda de uma talibã fundamentalista.
Terá as suas razões. Vá por ele. Fique ao largo
Sou uma talibã badalhoca mas só com quem eu escolho
Até porque haverá raptos que era capaz de apoiar…
Estou a pensar num mega-rapto à Assembleia Nacional, por exemplo.
Até era capaz de entreter a polícia com um pouco de sapateado, não havia de ser preciso alarme por tão pouco.
………….
by the way: parece que v. foi mais um que confundiu aquelas citações com o que eu penso.
Aquelas citações são precisamente o oposto do que eu penso.
Mas como é maltosa oposta ao que eu penso noutras tretas políticas, nem me deixaram dizer-lhes isso, lá nos blogues deles.
Estou banida dos comentários
ehhehe
Por isso é que larguei aqui os ovinhos para a brigada de sensibilização das massas se dedicar à pedagogia.
Eu cá é mais insulto a melros que vão aos programas de tv para dar tangas a donas-de-casa.
Isso e juízes-poetas. Curto muito juízes-poetas que nem sabem do que se está a falar.
Antes de um juiz-poeta, só mesmo um poeta-hortelão. Um grande bacano qui a foutu le blogue en l’air
grande rábula aquela dos 4 yorkshire men
Vendo-me sempre por uma boa piada
Isto de Soporífero pink do regime, com vitamina C, já vai em brigada de puericultura
“:OP
zazie, só agora. com certeza: tens razão em relação à polícia. apenas não é incúria pontual, é regra. é cumprir o protocolo. o protocolo está mal? claro. já a mãe do rui pedro, menino desaparecido há quase 10 anos, o vem dizendo.
do resto, mantenho: os pais foram negligentes. não é bem feito. não procuraram o que lhes aconteceu. mas o que aconteceu à filha é ainda pior do que aquilo que lhes aconteceu a eles. isso é que não podemos esquecer. e eles eram responsáveis pela filha. falas da hipotética situação de uns pais deixarem filhos em casa com o lume aceso. pois bem: pais deixarem filhos sozinhos, e já nem falo na menina, mas até nos dois mais novos, seja em que circunstância for, lume aceso, apagado, no banho, a dormir; é irresponsável. é o acidente por definição: imprevisível.
Susana:
Continuas sem perceber o contexto desta questão.
Eu vou explicar com calma e pela última vez, porque tu mereces (como diz o reclame, ehhehe)
1- Este post e a minha reacção insere-se num contexto bem preciso.
A saber-
houve um jornalista que aproveitou um convite e foi para a tv falar ao acaso, de forma gratuita, para a qual nem precisava de ser jornalista, inventando mais explicações mirabolantes acerca do rapto e fazendo ainda algo pior (não foi o único)
Num assomo estúpido de patriotismo decidiu contrapor às críticas dos jornalistas ingleses, a culpa do próprio casal no rapto. Alegando, entre outras gincanas (como a de substituir a vigilância pelos amigos do casal, pela não vigilância dos pais) algo de gravidade enorme que dá direito a processo judicial:
Alegou que os pais não só eram os grandes culpados do rapto por negligência (nunca, por nunca mencionou a actuação da polícia) como, dado o conhecimento que tinham pelo facto de serem médicos, o mais certo era drogarem as crianças para as conseguirem ter a dormir. Como ele disse, nunca conseguiu, de modo natural, ter os filhos dele a dormir a essas horas.
Susana: tudo o que eu escrevi limitou-se a ser uma resposta a isto .
Mais, se tivesses tido cuidado e atenção, tinhas reparado que eu, logo no meu primeiro comentário, tive o cuidado de dizer, que por mim nunca deixaria crianças sozinhas em casa, como aliás nunca deixei. (esta era uma questão secundária em relação ao que me levou a atacar o jornalista.
Se também tivesses tido o necessário cuidado (não tiveste porque chegaste tarde e o FV já tinha feito o trabalhinho de desviar as atenções para alterar o meu ponto de vista)
também tinhas tido o cuidado de reparar, que eu, mesmo passada e a escrever em directo, por dar com isto de raspão, ainda me lembrei de ir buscar exemplos dos outros, dos que, entrando no que não era a grande questão do rapto, também tinham ido para as “palpitações” emotivas e defendido uma espécia de luxo na negligência familiar, como resposta a algo que também os incomodou – com toda a razão- a imbecilidade sem pudor da imprensa e dos media em atacarem vítimas.
2- A questão acerca de um rapto, para ser dita no maior megafone que existe – a tv, tem de ser feita com toda a ética, com saber e com pertinência.
Não pode nunca ser pretexto para achincalhamentos e lançar de calúnias sem qualquer sustentação.
O que esse jornalista fez foi apenas da segunda ordem, falou que nem uma mulherzinha intriguista, estúpida, mal-formada e boateira.
……….
Agora a questão secundária. Os pais ou os cuidados com crianças.
Antes de mais- perceber-se que é secundária, no contexto de uma investigação em que não foram incriminados.
Perceber-se que é secundária, no contexto de um rapto por resolver, levado para a tv, sem ser para informar mas para fazer ajuste de contas.
Perceber-se que é secundária pelas motivações.
Passo a concretizar:
Estes casos, quando são excessivamente mediatizados, mexem com as pessoas, ao nível das emoções e da reacção do seu inconsciente. Mexem com o inconsciente colectivo.
Entra em jogo, a nível de pulsões, uma série de escapes em que colectivamente se pretende “aliviar medos, más-consciências por espelhos pessoais; mau estar por suspeição de que houve culpas oficiais de não actuações da polícia; e, acima de tudo, costuma acontecer, por efeito de defesa, quando as pessoas não têm uma forte formação moral, uma inversão do sentimento de empatia com a dor do próximo, numa agressão justificativa dessa dor do próximo que não podem minimizar.
Chama-se a isto, mudar a compaixão em ataque.
Não foi isto que fez o povo do Algarve; não foi isto que fizeram dezenas, centenas de gente de povo que acompanharam lá, in loco, o casal inglês. De tal forma que eles reconheceram e toda a gente reconhece essa boa capacidade de compaixão e ajuda, por bom sentimento, que o povo português é capaz de dar, melhor do que qualquer psicólogo contratado para o efeito- o efeito, que também é moderno e oficioso, de ser hábito dar solidariedade e apoio psicológico a quem sfre em situações extremas como esta.
Situação extrema porque é angústia permanente por nem saberem o que fazer entre uma esperança que não se concretiza e um desespero que não tem corpo para luto.
Ora o que o jornalista fez foi o oposto desta compreensão. Foi o mau exemplo que nem o povo precisa- porque, felizmente, ainda tem a formação moral, que ele não tem.
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O resto, o que tu dizes, aquilo para o qual o FV quis desviar, não entra aqui. Não entra neste contexto.
Entraria no contexto dos outros debates que eu deixei aí como exemplos. Com links, com passagens, com posições.
Que não são as minhas nem nunca seriam. Se as deixei, foi precisamente para se perceber o perigo das “emoções” em cima dos acontecimentos, e o perigo das reacções de pulsão do nosso sub-consciente.
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Se na altura nada disse; n se não fiz um único post sobre o assunto, tendo apenas tentado responder a uma das maiores imbecilidades dos comentários do Lutz e da Helena (que aí deixei) foi precisamente por ter por hábito calar-me a afastar-me daquilo que é emoção e que pode ser apenas voyeurismo patológico.
Ou seja, por uma questão de sanidade mental, nunca embarco em histerias de massas. E nunca abro a boca sobre questões emotivas e tragédias se não tenho nada mais a dizer e se nem vou fazer nada com isso.
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Fica portanto explicado o motivo pelo qual não vale a pena tentares enredar-me para aquilo que está fora deste post.
Se tivesses feito um teu, acerca de cuidados genéricos sobre crianças, por exemplo, ou se tivesses até pegado nessas afirmações como exemplo, que eu aí deixei, tudo bem, era capaz de comentar, porque também eu quis responder a essa reacção parva por parte deles. E só não ficou online porque, num caso foi apagada, no outro estou banida dos comentários.
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Ainda assim, só como úlitmo esforço de racionalidade (tenho mesmo este vício de ser racional, objectiva, medir prioridades, situar as questões, ver os contextos e o peso das questões ou a parcialidade que lhes querem retirar para não se comprometerem com o que há para comprometer) ainda te deixo de novo, o exemplo lógico que, por acaso (ou não) a Susana Bês -com a qual, aliás, nem tenho mais nehuma sintonia neste aspecto- mas que serve para corroborar a minha tentativa de vos explicar o v. erro lógico.
Ou seja, não concordo com a Susana na perspectiva que ela por lá escreveu, mas a Susana não é estúpida e soube entender o que o FV não entendeu. Aquilo que o levou a dizer que “desistia” de mim.
A Susana tem racionalidade idêntica à minha, escreve bem e pensou, precisamente o mesmo que eu- aflorou o erro lógico como eu o aflorei aqui (na altura nem tinha reparado nisso, reparei apenas ontem ao copiar os comentários)
Aqui fica de novo repetido e a bold:
“O que há de errado na censura aos pais não é só uma falta de pudor pelo sofrimento deles e uma falta de sentido da oportunidade para fazer juízos. É principalmente o plano baralhado de prioridades valorativas. É principalmente a bagunça de ideias. Evidentemente, se os pais tivessem encomendado uma pizza, nessa noite nada teria acontecido.
Mas isso não os torna mais responsáveis, nem mesmo se aligeiraram as coisas quando ponderaram até que ponto seria seguro deixar os miúdos sózinhos.
Traduzido: a relação causa/efeito directa não existe. Existe uma relação temporal que é lida de forma aleatória pelas pessoas: “o plano baralhado de prioridades valorativas”: “evidentemente que se os pais tivessem comprado uma pizza nessa noite nada teria acontecido”
Ou seja, não há desleixo equiparado a desleixos sem pensar consequências como o exemplo de que te socorreste (com mero argumento ad baculum) dos pais de bairro degradado a quem tiraram os filhos e que também deixavam os filhos sozinhos em casa, sem quererem saber”
Estes ponderaram a questão- preocuparam-se com ela, delegaram a vigilância em amigos.
Mais, não pode ser daqui retirada a menor comparação com falta de cintos de segurança e consequências de desastre de aviação; assim como não se pode equiparar esta sequência aleatória entre os pais não estarem lá e o rapto ter ocorrido. Poder-se-ia considerar responsabilidade associada a consequências de acidente, como eu disse, se tivesse havido negligência de outra ordem, como a de algo ao lume ou aparelho eléctrico ligado, cujo efeito tivesse provocado incêndio e as crianças tivessem sido vítimas dele por estarem fechadas e sozinhas.
Fora isto mais nada, Susana. Lamento muito mas comigo não vais ter oportunidade neste contexto de conversar de mais nada.
Porque o contexto é este- o da gravíssima actuação de um jornalista que lançou um boato de ordem criminosa sobre um casal que já pagou por todos os possíveis desleixos que terá cometido na vida.
E por outro motivo Susana. Eu não “empurrei” nenhum membro do Aspirina para se pronunciar sobre o jornalista.
Falei por mim, sozinha, assumi o que disse, não pedi ajuda.
Façam-me v.s um favor: não me tomem por parva_ se não “os têm” para lhe dizer o mesmo que eu disse, então não virem a cena ao contrário, falando apenas de uma questão para que não se note que acerca da outra é que não têm coragem.
Porque eu não gosto de dar nas vistas e fazer luxo em ser uma pessoa altamente civilizada com crianças, ou que sempre fui uma excelente mãe, quando se trata de desviar a falta de coragem para dizer aquilo que também sempre fui_ alguém que é capaz de insultar seja quem for, quando vir que seja quem for foi miserável.
Não me escudo .E muito menos preciso de rábulas de “cuidados infantis” para me escudar do que quer que seja.
Paciência. É assim a vida. Há gostos para tudo e interlocutores para tudo. Comigo, para falinhas mansas, poltranices, desvios e “ águasfervura” não contem.
Como disse a Susana Bês (com a qual nem me entendo, mas que não é burra) há que saber traçar prioridades e atender aos contextos.
Não costumo dar “o barço a torcer” como tu disseste. Porque não se trata de braço a torcer mas de rendição, quando me apercebo que é assim que outros se rendem por substituição.
desastres de viação e outras gralhas
Para que não haja oportunidade para outros desvios:
Quando disse que a Susana Bês escreve bem não estava a compará-la comigo.
Eu escrevo com o pés.
A única comparação que pode existir dis respeito ao uso do raciocínio. Aquele que levou o FV a dizer que comigo não vale a pena.
Talvez com ela. Ela raciocina como eu, explicou o erro lógico como eu, mas não não sou eu.
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Assim como entrei em solidariedade com a Soledade que se apercebeu de 2 aspectos muito graves:
1- o jornalista lançou inventonas sem escrúpulos pelo sofrimento dos pais, só para falar ao acaso
2- O jornalista lançou uma supeição gravíssima que dá direito a processo por difamação, ao insinuar que os pais drogavam as crianças para poderem jantar fora ou ir para o bar
O que está a bold, mais uma vez, é a única questão que conta neste post com a resposta por escrito de um jornalista.
bom, zazie, mas eu concordo contigo nessa parte relativa ao jornalista. e se é verdade a insinuação de que os pais os teriam sedado, essa insinuação é maldosa e abusiva. e na falta de misericórdia que é vir culpar os pais pelo sucedido. só há um verdadeiro culpado: o raptor. depois há responsabilidades dos pais (sim, todos sabemos que os nossos filhos podem ser raptados, molestados, etc, é uma das razões para não os deixarmos sozinhos.) e uma responsabilidade maior da polícia como instituição, das políticas, dos investimentos orçamentais (podes ir por aí fora), porque a polícia tem a obrigação de nos proteger e defender, como os hospitais de nos salvarem, se tal for possível.
e compreendi sempre o que dizias. se fores ver a minha entrada nesta discussão, verificarás que não falei a discordar de ti, mas de um comentário da soledade. só mais adiante te respondi a duas questões objectivas em relação às quais tu me interpelavas. não vejo no que disse uma discórdia entre nós.
a bold devia te ficado o ponto 1 e 2
É esta e apenas esta a questão. Podem vir com as fosquices que quiserem que daqui não me demovem.
Ok, Susana, ficamos então entendidas assim.
Se reparaste eu também apenas repeti da Soledade o que ainda agora deixei nesses 2 pontos.
As outras dezenas de comentários devem-se a tentativas goradas de me colocarem na boca o que não disse.
Inté.
Houve uma questão de que ninguém falou e eu até deixei passar um tanto de propósito e um tanto por não ter visto o primeiro post.
O jornalista disse o que disse, impunemente, no maior meio de comunicação social, fez dali tribuna para lançar uma suspeição criminosa, bem encartado com a sua “profissão” e reagiu de um modo muito engraçado à muito pertinente crítica da Soledade num pequeno meio como um blogue.
Mandou uma carta aos “donos” do blogue para ser colocada de forma bem destacada.
ahahahahaha
Nem veio aos comentários. Quis logo destaque igual.
Tudo bem. Por isso também nem tocava nos donos do Aspirina porque percebi que estavam a dar “espaço” para tudo.
Eu aproveitei o mais pequeno dele, aqui a cave. A que não tem a menor comparação com o destaque de uma tv- que nunca foi usada para pedagogia.
É assim: há sempre contextos, poderes, contra poderes, e uma diferença enorme nos megafones que cada um pode usar.
Quanto mais não fosse, por este detalhe (que não é de somenos) a Soledade estava de parabéns.
Fez muito bem em usar a tribuna, por pequena que seja.
Se assim não fosse, não era a tv nem os jornais que nos davam espaço para contraditório.
(por isso é que toda a conversa de nhanha e de “tapar” me irritou tanto. Para forcinhas ao que “já vai por si” não precisamos)
zazie, só agora vi este. aqui também te precipitas, porque quem publicou a carta de hernani carvalho foi a própria soledade…
E quem fez o favor de a passar a resposta dele para primeira página foi o FV
Pois é, falaram tanto e agora é que se vê a verdade a vir à tona. Criticaram tanto a polícia mas ela sem fazer alarido está a chegar à verdade. Pais irresponsáveis, negligentes desde o príncipio. Agora vocês, que fizeram comentários ignorantes, engulam o que disseram em defesa dos maccan e contra a polícia portuguesa.Que grande sapo!!!
Quem acha que e’ normal deixar uma crianca de 3anos sozinha juntamente com dois bebes de pouco mais de um ano precisa de fazer um exame ao cerebro.O sofrimento deles nao e’ nada em comparacao aquilo que a menina podera’ estar a passar,isto nem sequer levando em conta as ultimas noticias que a mae podera’ estar envolvida no desaparecimento ou morte da menina.A policia judiciaria nao actuou com a rapidez devida,mas a maior negligengia foi da parte deles.Uma vez que tinham a vantagem de usufruir do chilcare do hotel e decidiram nao o fazer.Outro ponto que sempre me intrigou foi a falta de emocao do casal,eu vejo cansaco no rosto deles mas nao vejo o desespero que eu sei que sentiria se algo semelhante acontecesse a’ minha filha.No entanto embora nao me veja como a mae do Ano,jamis deixaria a minha filha sozinha a’ noite num pais que mal conheco para ir para jantaradas e copos com os amigos …Quem nao quer responsabilidades nao devia ter filhos…
É uma grande História, esta do rapto!
Aínda estamos nos primeiros capítulos!
kem e a dona soledade????o sr hernani na minha opiniao esta correcto.se eu deixasse uma crianca em casa para ir sair naturalmente ja ma tinham tirado,certo?se calhar estes pais quando foram jaNTAR A CRIANCA JA ESTAVA MORTA….SE ACONTECESSSE ALGO DO GENERO A UM FILHO SEU A SRA O QUE FARIA?EU QUERIA LA SABER DA COMUNICACAO SOCIAL,A MIM DAVA-ME UMA COISINHA MA….TENHA PACIENCIA MINHA SRA.
Então agora já não há soledade nem zazie para falar dos novos desenvolvimentos?!
Criticaram tanto a polícia portuguesa, que poderia talvez ter sido mais célere…
Mas ainda assim nada disto teria acontecido caso não houvesse a negligência dos pais da Maddie…
Aliás… agora para além de abandono, porque tal como muitos disseram não se abandonam 3 crianças com idades inferiores a 3 anos, caso eles sejam culpados de homicídio por negligência ainda mais terrível é todo este caso… O circo mediático que criaram em torno do rapto da maddie… a manipulação da comunicação social… a descredibilização da nossa polícia… o facto de terem contratado detectives privados, quando cá em portugal é ilegal, para “investigarem” o caso… As lágrimas de Kate McCann quase 6 meses… parecem tudo tão orquestrado para desviar as atenções deles… visto todas, ou quase todas, as pessoas terem achado estranho a ausência de lágrimas… Eu sei que há pessoas que são menos expressivas… que não demonstram tanto o que sentem… mas nesta situação, acho que qualquer pessoa choraria… mas pronto… é só a minha humilde opinião…