A coisa já não é recente. Passa-se no longínquo 1993. Recente é a recordação dela.
O bloguista Jorge Candeias lembrou, aqui abaixo, na nossa caixa de comentários, certo texto de Francisco José Viegas, na Ler, de que era director (foi-o durante dez anos), texto crítico que FJV intitulou «A bosta do trimestre» e tinha por pretexto uma Antologia de ficção científica, O Atlântico tem duas margens, de autores brasileiros e portugueses. Hoje, por sua vez, Jorge Candeias designa por «texto merdoso» o de Viegas.
Fica a gente pasmada. Vamos ao número 23 da Ler (suba ao sótão, ou peça a um amigo atento ao mundo… e aproveite para ler aí, também, a minha entrevista ao célebre escritor holandês Gerrit Komrij, que reside na nossa Beira Baixa), e vemos Viegas achar «defeituosos, sem graça, mal escritos» alguns dos contos antologiados. Faz, ainda assim, referência a «excepções (e assinaladas, do lado português)».
Compare-se este, talvez útil, e decerto simpático, apontamento de Viegas com a crítica que, do mesmo livro, faz o próprio Jorge Candeias (pode achá-la no seu blogue), onde damos com apreciações (cada uma referida a um texto diferente) como «um conto com algum interesse», «um conto muito esquecível», «um dos piores do livro», «bastante fraco», «não é dos melhores», «não está particularmente bem escrito», «longe da sua melhor forma», «pouco ou nada de relevante traz», «não é dos melhores». E, apreciando o conjunto, Candeias diz que «não chega a poder ser considerado bom».
Não conheço a Antologia. Mas algo me diz que tanto Jorge Candeias como FJ Viegas têm suma razão. Só não atino é com o que haja de «merdoso» na crítica de Viegas e de, por isso, tão intensamente inteligente na de Candeias.
Caro FV,
não é o n.º 22, é o 23. Mas ainda bem q se enganou, porque o 22 tem um excelente dossier sobre “Sexo e Literatura”.
Fernando.
Tive a sorte de depois trinta e cinco anos a American Express me ter oferecido com pagamentos 4 copias do pintor Holandês Cornelius Krieghoff pintadas em 1850,da collecçâo privada de K.R.Thomson.Ele viajava entre New York e Qc,o museu é pérto da minha casa e mostra a paisagem nesses anos ainda com casas da época,por dire que eles compraram por 24 dollares New Yorque! Nos devido a classe politica seja éla monartica,ou républicana somos obrigados a viver na diaspora.Escandalo atras d’escandalo vaidade atras de vaidade;estamos a perder o pouco de reconheçênsa que tinham pelo o nosso pais.A Saudade acaba por ser uma palavra vâ,com falta de semso,e o fado nada mais é que um entretimento para o turista
Caro Rui Almeida,
Muito obrigado. Está feita a correcção.
Que bom saber que há pessoas que guardam coisas assim!
V.s são mesmo tugas. Nunca conseguem falar claro, caramba.
Está mais que visto que o Jorge anda biurço por o Ferndinand não recomendar um livro dele.
Não era agora preciso tanto ziguezague para lhe mandar a alfinetada.
Afinal, não passou de uma não crítica literária do FV, que recomenda outras críticas que não recomendam o mesmo livro.
“:O))
Tá bem. Se fossemos atrás ainda éramos capazes de dizer que estarão bem uns para os outros e preferíamos apenas ler os grandes clássicos
eheheh
Foi uma maldade pascal mas aqui vai um chuac.
Faz-me tanta confusão estilo fracncíu dos punhos de renda e das bicadelas por baixo da mesa
“;O))
Estive a ler melhor e estava a ser injusta com o Jorge.
Ele gosta mesmo de ficção científica e passa-se quando se vende a ideia que isso nem é literatura.
Quanto ao crítico Viegas, bem…
eu cá só leio clássicos e por isso nem preciso de críticos
“:OP
Mas é uma coisa maluca este post.
O Ferdinand faz um post sobre literatura que não leu para defender uma crítica má ao livro que destaca, com a finalidade de chatear o Jorge Candeias que nem é figura da ribalta.
Mais valia perder uma tarde a ler um livrinho do rapaz e depois pronunciava-se.
O Viegas é que não há-de sentir a competição na não crítica literária.
“:O)))
Ao menos eu, escrevo com os pés, mas tenho o dom de saber o que é mesmo bom.
Não é para qualquer um
Por exemplo: uma “urçandade”- não se coloca uma vírgula entre o sujeito e o predicado como acabei de fazer
eheheh
Ó Zazie,
Então o livro comentado é do Jorge Candeias? Desculpa, não tinha reparado.
Mas digo-te mais. Não tinha sequer reparado na própria existência do livro, até o Jorge nos vir lembrar dela, aqui na caixa de comentários, há uma semana ou isso.
Se tu parasses um instantinho a ver o mundo à volta, tinhas visto que não é do livro em si que estamos a falar (e por isso não vou lê-lo, para mais com dois tão veementes desaconselhos…), não é pois o livro o centro da questão, e das atenções, mas a maneira como críticos falam dum livro.
Percebeste até aqui? Óptimo, então já não podes manter que o Ferdinand ‘não gostou’ dum livro do Candeias. Certo? E também não vais pensar, menos ainda sugerir, que o Ferdinand anda debitando opinião sobre um livro que não leu. Certo, ainda?
E agora já percebes, também, que eu não me exprimo por enigmas. Estou simplesmente a falar de outra coisa… Que te escapou, como tanta coisa nos escapa.
“Então o livro comentado é do Jorge Candeias? Desculpa, não tinha reparado.
Eu disse isso, ó Ferdinand.
Ora volta lá a ler o que eu escrevi e toma lá mais uma beijoca
E uma Santa Páscoa ou Santo Êxodo, conforme for o caso
………
lê lá isso com calminha que vais ver que eu escrevo com os pés mas sou clara.
Tu fizeste um post sobre um livro que não leste para dizer que houve mais dois críticos que o leram e acharam mal.
Sendo que um deles è VIP e foi criticado pelo Jorge e o Jorge não é VIP e nunca mais tem direito a uma crítica literária tua
Ficou mais claro assim?
Ou é preciso voltar a dizer que, para qualquer leitor, isto é uma mera picardia por causa de umas coisas noutra caixinha de comentários?
E olha que não me costumam passar muitas coisas ao lado.
Costumo é fazer vista grossa por ver até o que não quero.
O que não foi o caso. Apenas deixei uma brincadeira à custa de um post tão patusco.
Um livro destacado por um crítico que o não leu, apenas para chatear um blogger que não gosta do FJV
Zazie, Zazie.
Tu podes dizer que, na tua frase Está mais que visto que o Jorge anda biurço por o Ferdinand não recomendar um livro dele, não está dito – estritamente falando – que o livro em causa é do Jorge Candeias. Mas é assim que nós, pobres humanos, te lemos.
Mas, pronto. Está esclarecido.
Agora onde tu metes o pé na poça é, lá está, no juízo de intenções. Eu não conheço nada da pessoa Jorge Candeias. Mas parece-me desaforo supor que ele se ressentiria por eu nunca me ter ocupado de livros dele. Pobres de nós – críticos e autores, alguns autores críticos, outros ainda críticos autores – se estivéssemos a remoer-nos por certo tipo não escrever a nosso respeito.
Nós somos menos parvos do que tu suspeitas. Sabias?
Mesmo sem se chegar estes detalhes do recado, o post lê-se assim:
– Ora aqui está uma antologia de ficção científica, que eu nunca li, mas houve, pelo menos duas pessoas que o leram e disseram que era merdoso e uma bosta.
E um deles nem gosta do outro, por isso já podem ver a trampa que há-de ser.
Foi uma não-crítica literária sob efeito do risus pascalis
“:O))
Não está nada, Ferdinand
ahahah
Eu disse é que mais valia leres um livro do rapaz e fazeres-lhe uma crítica para ele não te chatear tanto
“:O)))
e picaste-te
ahahaha
Nunca pensei que te fosses picar. mas, de facto este post é uma coisa maluca.
Porque perdeste tempo a não falar de um livro, apenas para responder a umas tretas da caixinha de comentários.
E depois dirigiste a não crítica literária à atenção- pelo menos do Jorge.
Está visto. Para os leitores não valia a pena chamar a atenção acerca de uma coisa sobre a qual nem te pronunciaste porque não leste
“:O))))
Descontrai lá um pouco e não te leves a sério apenas por uma brincadeira
Zazie,
[A malta não sabe, mas eu gramo-te mesmo. E isso sem nunca nos termos visto. Como convém.]
A tua síntese, a tua «moral da história», que colocas na minha boca («Ora aqui está uma antologia de ficção científica, que eu nunca li, mas houve, pelo menos duas pessoas que o leram e disseram que era merdoso e uma bosta. E um deles nem gosta do outro, por isso já podem ver a trampa que há-de ser») é absolutamente desvairada. Mas, esteticamente, de grande qualidade. Deixemo-lo assim.
Eu também gosto muito de ti há uma data de anos
Beijocas
Acredita que foi puro reflexo porque desatei a rir ao ler o post.
Tenho um sentido de humor um tanto gumby mas não leves a mal.
Só tentei emendar um niquinho porque também curto muito o Jorge e não queria que ele ficasse chateado.
Sou uma desastrada
“:O.
ehhe
bisou, Ferdinand
Voçês dois sâo uns amorosos
ora, ao menos aqui é com beijokas
Desculpem a ignorância, mas quem é o Jorge Candeias?