Lá em casa as anedotas são todas assim:
“Mãezinha, tens a certeza que, como são as minhas primeiras regras, a última jurisprudência vai no sentido de o artigo 105º do Código do Trabalho servir, ao menos, para me acabar com as dores do cataménio?”
Vês, TT?
Isto não são só pinas coladas. Somos obrigados a “humorizar a Direito”.
Afixe,
Julgo que percebo a tua ideia. E é o que eu sempre pensei: os melhores “artigos” são sempre vendidos pelo caixeiro viajante do Direito, especializado nos ramos Suor e Lucro, amante da democracia da vida regulamentável e modelável em todas as áreas. Esse exemplo que apresentas é, parece-me, tanto instrumento causador de medos e incertezas entre a gente jovem em relação ao futuro, imprescindível à nova arte da manipulação mental do Zé, como é trave mestra onde assenta a economia do nosso pais e das relações modernas entre empregado e empregador, e, não esqueçamos porque aqui é que está o segredo da abelhinha, de manutenção doutras engrenagens paralelas, caso se torne necessário recorrer ao plano B das promessas revolucionárias com água no bico.
Portugal, orgulhosamente à cabeça, na Europa do Grande Clube, das diferenças entre os 20 pc das barrigas mais gordas e mais magras, sempre teve um jeitão para escrever leis ou copiá-las doutros senhores. E o rábula e que tais estiveram sempre na vanguarda dessa actividade “patriótica”.
Esta é a minha opinião. O Chico e o Manel terão as deles. Três não é fartura, mas sempre nos dá um certo conforto.
PS
Só por curiosidade, ainda gostaria de saber que tipo de danos físicos causaria a queda acidental, da altura dum terceiro ou quarto andar, de seis volumes como esse na cabeça duma pessoa com problemas de consciência. Duvido bastante que o atlas fosse recuperável mesmo com parafusos de titânio reforçado.
TT